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Cem Anos de Solidão

de Gabriel García Márquez

editor: BIS, setembro de 2018
«Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo.»

Com estas palavras - tão célebres já como as palavras iniciais do Dom Quixote ou do Em Busca do Tempo Perdido começam estes Cem Anos de Solidão, obra-prima da literatura contemporânea, traduzida em todas as línguas do mundo, que consagrou definitivamente Gabriel García Márquez como um dos maiores escritores do nosso tempo.

A fabulosa aventura da família Buendía-Iguarán com os seus milagres, fantasias, obsessões, tragédias, incestos, adultérios, rebeldias, descobertas e condenações são a representação ao mesmo tempo do mito e da história, da tragédia e do amor do mundo inteiro.
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Cem Anos de Solidão – o realismo mágico de Márquez no pequeno ecrã

«Quando as pessoas veem um filme baseado num livro, querem que ele seja uma ilustração fiel do livro. Mas uma adaptação cinematográfica é a transposição que o público se recusa a aceitar».
Esta foi a resposta que o escritor Gabriel García Márquez deu quando o questionaram sobre o facto de vários cineastas não terem conseguido adaptar com sucesso o seu universo literário ao ecrã, segundo a BBC News Mundo (11/12/2024). No caso de Cem Anos de Solidão, o desafio era ainda maior: como adaptar ao formato televisivo uma obra cujas personagens, quase um património de um país, têm os rostos que cada leitor, da Colômbia e de toda a América Latina, lhes atribuiu ao longo de quase 60 anos? A adaptação implica, em si, um novo processo de criação capaz de espelhar essa espécie de inconsciente coletivo, algo de uma grande complexidade.
Márquez preferia que os seus leitores continuassem a imaginar as suas personagens, razão pela qual se negou a ceder os direitos da sua obra-prima. Outras obras do autor foram adaptadas ao cinema durante a sua vida: Ninguém Escreve ao Coronel (1999), Memória das Minhas Putas Tristes (2011), O Amor nos Tempos do Cólera (2007) e os contos Neste Povo Não Há Ladrões e A Viúva de Montiel, entre outras. E, em 1987, Gabo dissera que acreditava ser possível produzir uma série com vários capítulos baseada em Cem Anos de Solidão. Foi assim que, em 2018, dois filhos do escritor venderam os direitos de Cem Anos de Solidão à Netflix, e, passados vários anos de trabalho, a primeira temporada está aí para contar a saga dos Buendía.
É uma adaptação muito cuidada, com produção e atores colombianos e filmada na Colômbia. Um dos grandes desafios foi o facto de no romance haver poucos diálogos, levando a um grande trabalho para ententer como as personagens falavam e comunicavam entre si. O projeto incluiu a construção da aldeia de Macondo de raiz, no sul da Colômbia, além de uma pesquisa detalhada sobre os costumes e tradições da Colômbia entre finais do século XIX e inícios do século 20. Sempre com o objetivo de recriar o mais mais fielmente possível o mundo de Cem Anos de Solidão, a série dá vida, de uma forma subtil, sem recurso a efeitos especiais, às famosas cenas de realismo mágico do livro, como a levitação do padre ou a chuva de flores amarelas quando José Arcadio Buendía morre. Tudo para engrandecer a experiência de ver esta obra-prima nesta versão do ecrã. O diretos de cinema e filho do escritor, que foi produtor executivo da série, garante que, se fosse vivo, «Gabo estaria a assistir à série, sem dúvida».

Data de estreia/ Plataforma: 1ª temporada – 11 de dezembro de 2024/ Netflix. VEJA AQUI O TRAILER DO FILME

Cem Anos de Solidão

de Gabriel García Márquez

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896605155
Editor: BIS
Data de Lançamento: setembro de 2018
Idioma: Português
Dimensões: 123 x 194 x 19 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 384
Tipo de produto: Livro
Coleção: BIS
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789896605155
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Leitura intensa e envolvente

Ana Moura

“Cem Anos de Solidão” é uma obra-prima que nos transporta para o fascinante universo da família Buendía em Macondo. Gabriel García Márquez combina realidade e fantasia de forma brilhante, criando uma narrativa rica em simbolismo e emoção. A leitura é intensa e profundamente envolvente, com personagens memoráveis e temas que exploram o amor, o tempo e a solidão. É um livro que exige atenção, mas recompensa o leitor com uma experiência literária única e inesquecível.

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Uma das mais belas histórias que tive o prazer de ler!

Paula Mendes

Sou uma fã incondicional de Gabriel García Márquez desde que li Amos nos tempos de cólera, que se mantém um dos meus livros favoritos de sempre. Entretanto já li outras obras do autor, mas Cem anos de solidão mantinha-se constantemente nos meus desejos. Este ano ganhei coragem e lancei-me na sua leitura e que prazer que foi. Esta é uma história com tudo, drama, tristeza, dor, alegria, ironia, incestos, amores proibidos, desgostos amorosos. Não há nada que não caiba neste livro com um enrede riquíssimo que só uma mente como o Gabo poderia ter criado. Recomendo muito a todos a leitura deste livro!

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Um essencial para a estante

Ana

Nesta obra somos hóspedes que acompanham a linhagem geracional da família Buendía. As consequências do tempo em Macomdo e herança do infortúnio da família são dois pilares fulcrais do enredo. Escrito com mestria pelo Gabriel García Márquez.

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Solidão

Monica

Um clássico que certamente valerá a pena ler. Uma família que por 100 anos vai vivendo num ciclo de solidão. Personagens diversas com histórias diversas, mas com a solidão por ponto comum, embora vivida de forma diferente por cada um deles. Um livro que tive muito gosto em ler.

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Obra Prima

Guilherme Marinho

Tenho a agradecer por existirem artistas como o Gabriel García Márquez que sabem da tamanha importância de evitar que cada história, seja da América Latina ou não, por menor que seja, deixe de ser lembrada. E, para isso, basta contá-las: seja pela música, pelo cinema ou pela literatura. Afinal, a arte está aí para isso: espremer dela, da impassível História, maravilhosos relatos da vida humana.

Gabriel García Márquez

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1982

Escritor colombiano nascido a 6 de março de 1927 em Aracataca, um pequeno entreposto do comércio de bananas. Desde logo deixado ao cuidado dos seus avós, um coronel na reserva, ex-combatente na guerra civil, e uma apaixonada pelas tradições orais indígenas, estudou na austeridade de um colégio de jesuítas.
Terminando os seus estudos secundários, ingressou no curso de Direito da Universidade de Bogotá, mas não o chegou a concluir. Fascinado pela escrita, transferiu-se para a Universidade de Cartagena, onde recebeu preparação académica em Jornalismo. Publicou o seu primeiro conto, "La Hojarasca", em 1947. No ano seguinte, deu início a uma carreira como jornalista, colaborando com inúmeras publicações sul-americanas. No ano de 1954 foi especialmente enviado para Roma, como correspondente do jornal El Espectador mas, pouco tempo depois, o regime ditatorial colombiano encerrou a redação, o que contribuiu para que Márquez continuasse na Europa, sentindo-se mais seguro longe do seu país.
Em 1955 publicou o seu primeiro livro, uma coletânea de contos que já haviam aparecido em publicações periódicas, e que levou o título do mais famoso, "La Hojarasca". Passando despercebida pelo olhar da crítica, a obra inclui contos que lidam compassivamente com a realidade rural da Colômbia.
Em 1967 publicou a sua obra mais conhecida, o romance "Cien Años De Soledad" ("Cem Anos de Solidão"), romance que se tornou num marco considerável no estilo denominado como realismo mágico. Em "El Otoño Del Patriarca" (1977), Márquez conta a história de um patriarca, cuja notícia da morte origina uma autêntica luta de poder.
Uma outra obra tida entre as melhores do escritor é "Crónica De Una Muerte Anunciada" (1981, "Crónica de uma Morte Anunciada"), romance que descreve o assassinato de um homem em consequência da violação de um código de honra. Depois de "El Amor En Los Tiempos De Cólera" (1985, "Amor em Tempos de Cólera"), o autor publicou "El General En Su Laberinto" (1989), obra que conta a história da derradeira viagem de Simão Bolívar para jusante do Rio Magdalena. Em 2003, as Publicações D. Quixote editam, deste autor, "Viver para Contá-la", um volume de memórias de Gabriel García Márquez onde o autor descreve parte da sua vida.
Gabriel García Márquez foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1982.
Morreu a 17 de abril de 2014, aos 87 anos, em sua casa na Cidade do México, ao lado da mulher Mercedes e dos seus dois filhos.

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