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Quando Lisboa Tremeu

Livro de Bolso

de Domingos Amaral

editor: BIS, março de 2012
Lisboa, 1 de novembro de 1755. A manhã nasce calma na cidade, mas na prisão da Inquisição, no Rossio, irmã Margarida, uma jovem freira condenada a morrer na fogueira, tenta enforcar-se na sua cela. Na sua casa em Santa Catarina, Hugh Gold, um capitão inglês, observa o rio e sonha com os seus tempos de marinheiro. Na Igreja de São Vicente de Fora, antes de a missa começar, um rapaz zanga-se com a mãe porque quer voltar a casa para ir buscar a sua irmã gémea. Em Belém, um ajudante de escrivão assiste à missa, na presença do rei D. José. E, no Limoeiro, o pirata Santamaria envolve-se numa luta feroz com um gangue de desertores espanhóis.
De repente, às nove e meia da manhã, a cidade começa a tremer. Com uma violência nunca vista, a terra esventra-se, as casas caem, os tetos das igrejas abatem, e o caos gera-se, matando milhares. Nas horas seguintes, uma onda gigante submerge o Terreiro do Paço, e durante vários dias incêndios colossais vão aterrorizar a capital do reino.
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Entrevista a Domingos Amaral

Domingos Freiras do Amaral (Lisboa, 1967) é um escritor de romances com um crescente número de fiéis leitores em Portugal, país que tanto o inspira. Trabalhou como jornalista e cronista e foi diretor das revistas Maxmen e GQ, até ao dia em que decidiu tornar-se escritor, seguindo as pisadas da mãe, Maria Roma. A sua estreia como autor deu-se em 1999 com Amor à Primeira Vista, ao qual se seguiu O Fanático do Sushi.

Mais de uma dezena de romances depois, e com um sucesso nacional consolidado no género do romance histórico, Domingos do Amaral prepara-se para lançar o seu novo livro, As Sete Marias que Matavam Franceses , passado na altura da segunda invasão napoleónica do nosso país.

Para marcar esta ocasião, recuperamos uma entrevista que o autor concedeu à Wookacontece na altura do lançamento do livro que o antecedeu, Napoleão vem aí!. Nela, Domingos Amaral revela-se-nos como um escritor que mergulha intensamente nas épocas das suas histórias e ficamos a saber que a fase de criação, que antecede a escrita, é a que mais prazer lhe dá enquanto escritor.

DOMINGOS AMARAL EM ENTREVISTA AO WOOKACONTECE
  Foi diretor da revista Maxmen e em tempos disse que esse período correspondeu aos 7 anos mais divertidos da sua via profissional. Ainda é assim?
Sim, é. Trabalhei em várias atividades, jornais, televisões, escolas, universidades, editoras e esse período foi particularmente divertido porque a revista era muito divertida – era um produto de entretenimento, de boa disposição, um jornalismo light. Tínhamos uma equipa só com cerca de 10 pessoas, mas a verdade é que nos divertíamos imenso a fazer a revista e foi um período particularmente bem-sucedido, pois a revista teve muito sucesso na altura.



Qual é a melhor parte de ser escritor? E a pior?
Eu gosto imenso de escrever livros e, provavelmente, se eu vivesse nos EUA e vendesse 40 milhões de exemplares, era só isso que faria. Infelizmente em Portugal não é possível uma pessoa viver só da escrita, mas é aquilo que me dá mais prazer intelectual fazer na vida. É aquele lugar em que eu me sinto totalmente realizado. A escrita é uma atividade muito solitária, em casa ou num sítio em que consigamos estar concentrados. As épocas mais divertidas da minha vida foram aquelas em que eu trabalhava com muita gente à minha volta e isso é mais interessante do ponto de vista da convivência. Embora a escrita exija muito essa disciplina e essa solidão, o momento de criação é aquele de que eu mais gosto na minha vida profissional. Decidir que livro é que vou escrever, que tipo de pesquisa tenho de fazer consoante as épocas em que se passem as histórias, inventar ou criar as personagens principais do livro, desenvolver a ideia de enredo e depois partir para a escrita propriamente dita, capítulo a capítulo em que se vai avançando na história. Eu construo o enredo antes de começar a escrever. Essa fase que precede a escrita propriamente dita dá-me imenso prazer.



Quando começou a escrever Napoleão vem aí! já sabia quem era o assassino de Ana?
A ideia de Napoleão vem aí! surgiu do facto de Napoleão Bonaparte ter de facto planeado vir a Portugal. O general Junot, comandante das tropas francesas em Portugal e que exercia o poder no país na altura, chegou a mandar preparar o Palácio de Queluz para a receção ao imperador. Durante umas semanas houve uma excitação generalizada em Lisboa a esse propósito. A personagem principal do livro, a Ana, tinha um deslumbramento pelos franceses, como uma grande parte da nobreza portuguesa e das famílias de Lisboa, ao contrário dos cerca de 12 mil portugueses que partiram com D. João VI para o Brasil. Logo no primeiro capítulo, Ana morre. Eu já sabia como é que a situação de Ana, casada com Miguel que é um político opositor dos franceses, ia acabar.



O que é que o romance histórico tem de mais apelativo em relação a outros géneros de romance?
A sensação que eu tive ao longo da vida enquanto escritor de que os meus romances históricos saíam melhor do que os romances da atualidade, ou seja, as histórias que escrevi passadas na época medieval ou na época do terramoto criaram universos mais ricos do que aquelas passadas no presente. Talvez porque a vida no presente é muito parecida com a nossa. Provavelmente até ao final da minha vida vou escrever livros que, na sua grande maioria, serão romances históricos. O público também gosta deste género e há essa dupla satisfação.



Enquanto escritor, tem algum período histórico favorito?
Não. Acho que a História de Portugal tem muito períodos históricos importantes e imensas figuras interessantes. Eu descobri o romance histórico com a Segunda Guerra Mundial, que é uma época muito interessante e rica. Já escrevi 3 romances históricos nessa altura, bem como no início da fundação de Portugal. Agora voltei ao princípio do século XIX, uma época que estou a gostar de descobrir e sobre a qual não há muitos romances históricos em Portugal.


  Em As Sete Marias que Matavam Franceses Domingos Amaral dá continuidade a Napoleão Vem Aí! Estes romances históricos implicam uma grande pesquisa. Mas certos detalhes [do livro Napoleão vem aí!], como a leitura da sina nas entranhas de peixes, são curiosidades históricas ou detalhes romanescos?
A leitura da sina nas entranhas de pescada acontecia de facto em Portugal na altura. Essa época foi particularmente rica em fenómenos ligados a algum misticismo, talvez como consequência do sentimento de orfandade que se gerou na população com a fuga da família real e da corte para o Brasil, que alimentou ainda o sebastianismo. Eu transpus essa realidade para algumas das minhas personagens.


A personagem do mascarado, o Príncipe de Salmo, é inspirada nalguma figura histórica do exército francês?
Os regimentos napoleónicos contratavam muita gente de várias regiões europeias, uma espécie de mercenários, para fazerem parte do exército. Há relatos de uma dessas figuras como sendo das mais violentas e facínoras, que é o Príncipe de Salmo, na qual a minha personagem se inspira. Há um fundo de verdade nessa personagem do livro.


O romance Napoleão vem aí! acaba com a palavra «continua» …
Na primeira invasão francesa, Portugal esteve ocupado cerca de 10 meses. Este livro termina em 1808, quando os franceses saem de Lisboa. Logo em fevereiro de 1809, dá-se a segunda invasão, seis meses depois da retirada das tropas napoleónicas. Muitas das coisas que pareciam resolvidas, podem começar a mudar.


De todos os livros que escreveu, há algum que tivesse sido mais fácil ou mais difícil de escrever?
Não sinto que o grau de dificuldade seja muito diferente nos aspetos de desenvolvimento da história e de criação das personagens. Onde eu acho que claramente há algumas diferenças é na pesquisa. Quanto mais nós nos afastarmos da nossa época, mais difícil se torna perceber como é que as pessoas viviam. É claro que os seres humanos sempre fizeram coisas que vão continuar a fazer, mas a maneira como pensavam e agiam era diferente.


Onde é que gostaria de escrever o próximo romance?
Eu apaixono-me pelas ideias. De repente começo a interessar-me pelas invasões francesas e fico apaixonado pela época, começo a ler tudo sobre ela. Quando estou concentrado numa época, não quero saber das outras, senão arrisco-me a distrair-me. Quando terminar este projeto, vou à procura de histórias.


Há algum livro que tenha lido ultimamente e pelo qual se tenha apaixonado?
Não sou aquele tipo de escritor que só lê escritores consagrados e grandes obras da história mundial. Também gosto de ler, às vezes, pequenas coisas sem grande valor literário mas que têm uma função de entretenimento. Há autores que podem não escrever tão bem do ponto de vista linguístico, nem ter uma originalidade especial, mas que sabem agarrar o leitor. E isso é importante perceber quando estamos a escrever. Os leitores de romances, são pessoas que já leram muito e nós temos que usar algumas fórmulas e truques para os mantermos interessados. Uma vez um escritor perguntou-me: «Sabes por que é que eu faço capítulos pequenos?» e acrescentou: «É porque as pessoas que estão a ler na cama, à noite, adormecem rapidamente mas, pelo menos, leram um capítulo»..

Quando Lisboa Tremeu

Livro de Bolso

de Domingos Amaral

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896602055
Editor: BIS
Data de Lançamento: março de 2012
Idioma: Português
Dimensões: 123 x 189 x 21 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 432
Tipo de produto: Livro
Coleção: BIS
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789896602055
e e e e E

Muito Bom

Luana Magalhães

Dos livros mais cativantes que já li. Recomendo.

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esperava um pouco mais deste autor

MRH

apesar de saber que se tratava de um romance, estava à espera de maior rigor histórico. há inclusivamente um personagem (o inglês) para o qual é preciso ter muita criatividade para conseguirmos aceitar a sua forma de estar/falar. Poderia ter mais uma estrela, não fosse o drama de telenovela que entretanto adota..

e e e e e

Grande narrativa

Nuno Miguel

Uma abordagem ficcionada e empolgante ao terramoto de 1755. Le-se muito agradavelmente.

e e e e E

Mais uma agradável leitura

Nuno Miguel

Outro livro e outra grande história baseada nos acontecimentos de 1755. Recomendo

e e e e e

Um dos melhores livros que já li!

Um Blog entre Bibliotecas.pt

(...)...Que aventura, sinto que a história se entranhou em mim de todas as maneiras possíveis e imaginárias, e agora faz parte de mim, para sempre......(...)Uma descrição brutalíssima do que decerto é o verdadeiro inferno na terra... Repleto de mexeriquices medievais portuguesas, humor, tragédia, romance e sarcasmo. A mais profunda decadência humana, mas também as provas de humanismo e heroísmo, um estado de sítio que eleva o pior ou o melhor das pessoas...(...)

e e e e e

Glorioso

Patrícia Chaves

Fantástico como o autor envolve história com ficção/acção/romance. Para quem é apaixonado por Portugal, para quem gosta de descobrir, de aprender e de se divertir, aconselho vivamente.

e e e e E

Sentir um terramoto ...

Isabel

A escrita envolvente de Domingos Amaral. Mais um romance em que nos embrenhamos na vida dos personagens, com um terramoto à mistura! Para ler de uma acentada!

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Um livro que me faz olhar e entender a cidade de Lisboa de forma diferente

Carla Sarmento

Apesar da simplicidade do desenrolar da história, este livro cativou-me. O escritor conseguiu descrever um acontecimento brutal no quotidiano do nosso país, que infelizmente se repete em várias partes do mundo, mas com centenas de anos de diferença e de diferentes capacidades e conhecimentos para a sua resolução. Assim se aprende história e se percebe a cidade de Lisboa. Vou relembrar este livro e esta história em cada dia 1 de Novembro.

e e e E E

Quando Lisboa tremeu...

SR

Confesso que esperava mais deste livro, pelo marco importante da história de Lisboa que tem como base. Os relatos descritivos são até bastante marcantes e conseguem transportar-nos para a realidade da destruição que se viveu na época, mas infelizmente os diálogos deixam muito a desejar.

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A História em Romance

Filomena R.

Um livro que nos apaixona e prende desde a primeira frase. Uma forma muito agradável de despertar o leitor para acontecimentos da História de Lisboa. Excelente.

Domingos Amaral

Domingos Amaral nasceu a 12 de outubro de 1967, em Lisboa. É pai de quatro filhos, três raparigas e um rapaz. Formado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa, onde é atualmente professor da disciplina de Economia do Desporto (Sports Economics), tem também um mestrado em Relações Económicas Internacionais, pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Durante muitos anos foi jornalista, primeiro no jornal O Independente, onde trabalhou durante 11 anos, tendo depois sido diretor das revistas Maxmen, por sete anos, e GQ, durante quatro anos. Atualmente, é administrador da Escola Ave Maria e comentador na SportTV.

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