O Meu Nome é Vermelho Livro
de Orhan Pamuk
Sobre
o LivroOrhan Pamuk é o grande vencedor do prémio Nobel da literatura 2006. A Academia Sueca não lhe poupou elogios: «na procura pela alma melancólica da sua cidade natal descobriu novos símbolos para o confronto e entrelaçamento de culturas». Um dos mais reconhecidos romancistas, Pamuk tem o seu trabalho traduzido em 45 línguas. Nos seus livros, os leitores são levados a submergir num labirinto de histórias e crenças, onde as personagens com as quais nos identificamos podem a qualquer momento tornar-se estranhas, avançando noutra direcção, para outra vida ou outra cultura. A sua cidade de origem é uma referência incontornável no percurso literário do Nobel, um local onde os leitores de todo o mundo podem viver outra vida com o sentimento de que aquele lugar também lhes pertence.
Em O Meu Nome É Vermelho, inicia-se uma viagem até Istambul, do século XVI onde um iluminista da corte aparece morto no fundo de um poço. A partir daqui desenrola-se uma história que pode ser lida não só como um mistério, mas também como uma história de amor. A narrativa desenrola-se em torno das investigações deste homicídio, sendo contada alternadamente por diferentes personagens, a maioria humanas, mas também por animais e objectos. Um romance exótico onde se espelha a tensão entre Ocidente e Oriente.
José Guardado Moreira, Expresso
«É um romance encantatório.»
José Riço Direitinho, Público
«Magnífico».
Observer
«Nós, no Ocidente apenas podemos sentir gratidão pela existência de Pamuk, que actua como uma ponte entre a nossa cultura».
Daily Telegraph
«Uma narrativa encantadora».
Publishers Weekly
«Uma história de amor maravilhosa».
Frankfurter Allgemeine Zeitung
«Fabuloso, desconcertante, excitante…é um romance maravilhoso, sonhador, apaixonado e ilustre, exótico de uma forma original e excitante».
Spectator
«O desdobramento do material narrativo é impressionante e não podia ser mais suculento».
El Pais
Estou a ler este romance e a gostar muitíssimo. Orhan Pamuk é um autor que não desilude!
Dá-se um assassinato nesta novela histórica. A personagem Negro volta a Instambul para resolver este assassinato que está relacionado com um livro. Depara-se com o conflito entre religião, amor e arte. É uma caminhada contada na 1ª pessoa até ao assassino, mas em cada capítulo surge um novo narrador com um diferente ponto de vista, o que torna o mistério mais intrigante.
Uma obra que nos mergulha na cultura oriental otomana, fazendo-nos perder nos meandros das ruas estreitas de Istambul enquanto vivemos por dentro as experiências dos vários personagens, em busca do deslinde de um assassinato que lança a trama desta obra monumental, e nos seduz com uma visão cuidada sobre um mundo que nos é estranho e paradoxalmente demasiado próximo, esgrimindo de forma muito bela os traços mais vincados na natureza humana, desde a paixão, a cobiça e a intriga. Uma obra do Prémio Nobel da Literatura de 2006 a não perder.
Esteve muito tempo esgotado e comecei agora a ler, esta magnifica obra, tal como todas as outras deste meu autor favorito, não posso ainda tecer um comentário definitivo pois vou ainda no principio e já se adivinha uma trama tipicamente "Pamukiana" Adoro. Não quero levantar o véu da trama mas inicia com um ponto de vista totalmente inesperado. Fantástico. Estou ansiosa por todas as paginas que se seguirão.
Finalmente, devido a contingências várias, completei a leitura desta obra, quase três anos após ter iniciado a leitura. Um dos fatores que terá atrasado esta leitura e não displicente foi o fato de ter mais tempo para saborear a intriga, o romance, a trama, as frases, palavra a palavra do manancial escrito. De fato, para mim, foi uma das melhores obras que me foi dado ler nos últimos tempos. E sobre ela o que poderei dizer mais que é uma delícia? Pouco ou nada, tudo o que acrescentar venha só lhe retirará valor… Poderei dizer que estamos perante uma obra que representará para a Turquia e o Oriente o que representou para o cânone literário ocidental "o nome da rosa" de Umberto Eco. E as afinidades são algumas. Apenas afinidades. Também esta obra coloca em confronto duas visões do mundo: a (pretensa) visão de Deus e o modo de ver profano, humano. Quando todo o Ocidente europeu vivera o choque renascentista, se humanizou e se prepara já para enfrentar as Luzes, temos uma Istambul, capital do império Otomano, que se prepara para as celebrações do milénio (em anos lunares) da Hégira e cujos pintores se encontram perante o desafio a aceder a uma nova pintura, humana, como se pratica no Ocidente e lhes chegam notícias sobretudo através dos contactos com Veneza, e o apelo da tradição que manda pintar do mesmo modo, a visão de Deus, as coisas mundanas. É um conflito duro, de levar à morte e perante o qual ninguém pode ter certezas sobre nada. E é quanto a mim a principal dádiva que este romance fresco nos oferece: a dúvida. Dúvida de como devemos dirigir a nossa vida, dúvida nas escolhas culturais a fazer, dúvida até perante o objeto do amor e que se ama. Alegremo-nos, os tempos dos bons romances estão de regresso. jaime crespo