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O Evangelho segundo Jesus Cristo

de José Saramago

Livro eBook
editor: Porto Editora, julho de 2016
«O Evangelho segundo Jesus Cristo, dizia, é o romance que gerou mais polémica e é a causa de ter mudado a minha residência de Lisboa para Lanzarote, em Espanha. É um livro que não projetei, porque jamais me havia passado pela cabeça escrever uma vida de Jesus, havendo tantas e sendo tão diferentes as interpretações que dessa vida se fizeram, destrutivas por vezes, ou, pelo contrário, obedecendo às imposições restritivas do dogma e da tradição. Enfim, sobre o filho de José e Maria disse-se de tudo, logo não seria necessário um livro mais, e ainda menos o que viria a escrever um ateu como eu. Simplesmente, o homem põe e a circunstância dispõe e aqui está o que me impeliu a uma tarefa cuja complexidade ainda hoje me assusta.»
José Saramago, in A Estátua e a Pedra

Caligrafia da capa por SEBASTIÃO SALGADO
Novidades Saramago 10 anos

Há 10 anos sem Saramago

Dono de uma escrita que encanta e de uma personalidade forte e controversa (sobretudo em assuntos políticos e religiosos), Saramago continua a dar-nos perspetivas únicas e inúmeros temas para conversas inflamadas.
Reunimos 12 factos curiosos acerca do autor que pode mudar a sua vida e a forma como olha o mundo. «Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter; ter deve ser a pior maneira de gostar.» UM José Saramago, o primeiro e único autor de língua portuguesa a receber o Prémio Nobel da Literatura, escreveu mais de 40 títulos, entre os quais romances, contos, poemas, crónicas, peças de teatro, ensaio e um diário em diversos volumes – os Cadernos de Lanzarote. DOIS Nasceu numa família de «camponeses sem terra» (segundo o próprio), em 1922, no Ribatejo. Deveria ter recebido o mesmo nome que o seu pai, mas o funcionário do Registo Civil resolveu acrescentar-lhe a alcunha por que a família do escritor era conhecida na aldeia: Saramago (uma planta usada como alimento pelos pobres em épocas difíceis), e assim ficou José de Sousa Saramago. TRÊS Só por volta dos 13 anos é que passou a viver numa casa (bastante pequena, aliás). Até então, a sua família tinha sempre partilhado habitação com outras, devido a dificuldades económicas. QUATRO Aos 19 anos pode finalmente comprar livros pela primeira vez. A biblioteca pública de Lisboa foi, por isso, fundamental na sua formação. Foi aí, em longos serões, que desenvolveu o gosto pela leitura, guiado apenas pela curiosidade e pela vontade de aprender. CINCO Fez estudos secundários a que, por dificuldades económicas, não pode dar continuidade, mas recebeu depois diversos doutoramentos Honoris Causa: pela Universidade de Nottingham, Inglaterra; pela Universidade de Santiago, no Chile; pela Universidade de Coimbra, Portugal; e pela Universidade de Charles de Gaulle-Lille III, em França. Em 1995, foi-lhe ainda atribuído o mais alto galardão da literatura lusófona, o Prémio Camões. SEIS No ano do nascimento da sua única filha, Violante, em 1947, publicou o primeiro livro, A Viúva, que, por decisão editorial, acabou por sair com o título Terra do Pecado. Na mesma época escreveu também Claraboia, mas depois esteve 19 anos sem publicar, por achar que não tinha nada para dizer que valesse realmente a pena. SETE O seu primeiro emprego foi como serralheiro mecânico. Posteriormente trabalhou como desenhador, funcionário administrativo, diretor de uma editora, jornalista, crítico literário e tradutor. No final de 1975 resolveu dedicar-se à escrita a tempo inteiro, depois de ter sido demitido do cargo de diretor-adjunto do Diário de Notícias por razões políticas. Segundo o próprio, “já era hora de saber o que poderia realmente valer como escritor.” OITO Nesse mesmo ano instalou-se no Lavre, para documentar a situação dos camponeses sem terra. Assim nasceu o romance Levantado do Chão (1980) e o seu tão caraterístico modo de narrar. Capa do livro Levantado do Chão, de José Saramago NOVE Toda a década de 80 foi dedicada ao romance e particularmente fértil: publicou algumas das suas obras mais importantes, como Memorial do Convento, O Ano da Morte de Ricardo Reis, A Jangada de Pedra e História do Cerco de Lisboa. DEZ Em 1986 conheceu a jornalista espanhola Pilar del Río, com quem casou dois anos depois. ONZE O seu estilo e temas foram sempre incómodos. Mudou-se para a ilha de Lanzarote, nas Canárias, em 1993, na sequência do veto do governo português à apresentação do seu romance O Evangelho Segundo Jesus Cristo ao Prémio Literário Europeu. DOZE Depois de uma carreira literária invulgarmente longa, Saramago, um dos maiores escritores em língua portuguesa de sempre, morreu a 18 de junho de 2010, em Espanha.   Fonte: josesaramago.org    

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Livros que ficam connosco muito tempo

Têm tantas páginas que demoram um bocado. Não é coisa pouca prender o leitor umas dezenas de páginas, e a partir das largas centenas é que já não é mesmo para todos. Aqui vão alguns exemplos.

  Em busca do tempo perdido São sete volumes, e como largá-los? De nenhum outro escritor se pode dizer que obcecou os leitores com uma descrição sobre queques. As madalenas de Proust ganharam espaço na cultura e, depois de as vermos molhadas em chá como recordação da infância, não dá para se tirar a beleza às coisas. Neste longuíssimo monumento da produção literária francesa, Marcel Proust vai ao fundo das coisas e das memórias. A tarefa de quem fala sobre Em busca do tempo perdido é, pardon mon français, lixada como o caraças. Não é que haja bem uma história, um fio condutor, um enredo. Não é que haja um tema com meia dúzia de considerações à volta. Não é que haja a vida de uma personagem concreta a acontecer à nossa frente. Há tudo isto e nada disto em concreto. Sobretudo, há episódios da vida, o tempo a avançar sem que se saiba para onde ou para quê, e alguém a tentar dar sentido ao mundo. E do mundo faz-se literatura, como de literatura se fez o gesto de molhar meia dúzia de bolinhos em chá. QUERO LER!








  O teu rosto amanhã Tudo o que veio das mãos de Javier Marías tem peso de ouro. E estes três lingotes não só demoram a serem lidos como ainda se arrastam – e alegram por nos terem vindo parar às mãos. A cabeça de Javier Marías é transformadora, e por isso o pobre leitor não tem como sair incólume. O Teu Rosto Amanhã tem várias centenas de páginas de maravilha, e logo à cabeça há um narrador que avisa: «Não deveria contar nunca nada.». E não precisa de mais nada para querermos que ele conte. O mundo abre-se a partir daí, e vamos da intimidade do casamento à Guerra Civil Espanhola. Como poucos, Javier Marías soube usar as feridas sociais para construir gente, e para que essa gente desse eco, via leitura, a dúvidas e a angústias. A cada linha, há mais do que enredo – há uma reflexão sobre esta coisa lata que é a condição humana. QUERO LER! O pintassilgo Comecei a ler, e para largar foi um dia de juízo. O problema é que, em 896 páginas, é mesmo preciso fazer duas ou três pausas. Um cético pensa se algum autor terá tanto para escrever ao ponto de precisar de dois quilos de papel, mas depois de conhecer Theo Decker não há ceticismo que aguente. Theo tem 13 anos e ali está no centro do mundo – conhecido por Nova Iorque – com a mãe. O romance tem início com o fim da vida desta última, num acidente no Metropolitan Museum. Sem mãe, e tendo já sido abandonado pelo pai, acaba na casa da família de um amigo rico. A nova vida é um sopapo, a falta da mãe é dois ou três. Em pleno luto, vai ganhando espaço uma pintura que a mãe lhe mostrou, e que se vai impondo. É por essa pintura que, em adulto, Theo começa a lançar cartas no mundo do crime. Ao longo de quase 900 páginas, o leitor tem acesso não apenas aos Estados Unidos contemporâneos, mas também à dor da perda como contexto emocional de alguém. QUERO LER! Pornopeia Tanto tempo a aguentar Zeca pode ser uma prova árdua, mas vamos a isso? Eu fui e recomendo. Zeca é um CR7 invertido – o que procura é o prazer imediato. Ao longo do texto, lá se vai o protagonista desfiando como uma espécie de hedonista permanente. Sem dinheiro no bolso, vive como tanta gente, a improvisar todos os dias, e chega a um ponto em que o improviso estanca: que há de ele fazer com a nova tarefa em mãos, uma campanha sobre embutidos de frango? Sem saber por onde começar, afunda-se na vida para entreter: um bocadinho de droga, outro de álcool, outro de um corpo qualquer. Começa ali uma viagem feita voragem, uma espiral de sexo e estupefacientes. O ritmo é de andar à roda, por isso as 584 páginas ainda têm um efeito estonteante. Dá para passar muitas horas sentado no sofá, mas a cabeça ganha nervos. QUERO LER!

O Evangelho segundo Jesus Cristo

de José Saramago

Propriedade Descrição
ISBN: 978-972-0-04682-6
Editor: Porto Editora
Data de Lançamento: julho de 2016
Idioma: Português
Dimensões: 142 x 210 x 28 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 448
Tipo de produto: Livro
Coleção: Obras de José Saramago
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 978972004682613
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
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Obra de arte

MF

Acho que têm de inventar outro prémio mais importante que o Nobel da literatura porque este livro não merece estar ao lado de todos os outros livros. Este livro merece o seu único prémio, a sua única estante onde possa ser sempre idolatrado. Deus está no céu e este livro está na terra. Aconselho a todos os amantes de literatura a lerem.

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Excelente obra de saramago

Diogo S

Apesar de ateu e de não deter qualquer conhecimento sobre a história bíblica, este livro motivou-me a pesquisar por todas as referências mencionadas. super cativante!

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Uma visão diferente por Saramago

Ana

Este livro, certamente, será o mais polémico de Saramago. Foi essa mesma polémica gerada que me impulsionou a sua compra. Saramago reinventa toda a história em torno de Jesus, chegando a realizar a sua humanização com recurso a uma linguagem repleta de ironia. É um livro interessante, mas longe de ser o melhor do escritor.

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Saramago

TL

Saramago é um autor obrigatório na literatura portuguesa. Este livro traz-nos uma visão disruptiva e rica para a cultura portuguesa sobre o evangelho, questiona o posicionamento que a igreja trouxe à vida de Jesus e à concepção de Deus. Pessoalmente discordo desta visão de Deus mas não deixa de ser importante olhar para ela e reflectir sobre isso.

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O Evangelho segundo Jesus Cristo

LG

Livro essencial da obra de Saramago, com a escrita riquíssima nos recursos estilísticos e que está acessível a muito, muito poucos escritores. Os diálogos entre Deus e Jesus constituem os momentos altos do livro.

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Perspectiva pessoal sobre o livro de José saramago " O Evangelho segundo Jesus Cristo "

José do Nascimento Linhares

Tema difícil e de grande arrojo pessoal para o escritor José Saramago. Tema difícil e delicado como a religião e, neste caso a religião católica. Não fiquei indiferente às críticas da Igreja Católica em Portugal e seus apaniguados e seguidores, a nível político foi barrado por todos os meios. Foi um privilégio, foi das leituras mais fascinantes. José Saramago, não acredito que não tenha investigado e lido bastante para se abalançar a um projecto de tão grande alcance e simultaneamente, de melindre para muito boa gente. Ele reinterpreta a vida de Jesus Cristo, de maneira ficcional, de maneira remanseada, de acordo com a sua própria forma de ver o mundo, ou seja, uma maneira crítica, irónica, pessimista, mas sobretudo, muito lúcida e muito coerente. Foi um privilégio!

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Que livro!

J.H.

Ficção sobre tema controverso. A religião e a ironia aliam-se a uma escrita incomparável de um dos melhores escritores de sempre. Fantástico livro.

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Polémico, mas sempre interessante

JC

Embora toda a polémica em torno deste livro, a reformulação das histórias, que foram ou não sendo contadas de geração em geração sobre a bíblia, é o que cativa a nossa atenção para este livro e o torna comico, ao mesmo tempo que original, pelo facto de ser uma versão realista ou mundana da vida das personagens.

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Polémicas à parte

Luís M Nunes da Silva

Já iniciei a leitura, mas confesso que não acabei de ler o livro na íntegra. Até onde fui, e não fui muito longe, o nosso Prémio Nobel, José Saramago, não merecia, de todo, a polémica que o livro suscitou. É lamentável que o livro não fosse considerado uma obra na Assunção de um prémio literário, porque merece.

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Genial

Rita

Fascinante! A todos os níveis! Recomendo a crentes e não crentes. Saramago ousa narrar a vida de Jesus de uma forma especial, bem inserida naquela época e na cultura judaica. É uma visão diferente da mesma história. Deste lado, sentimos alegria, medo, conforto, tristeza, abandono, luto, mas também momentos de profunda comoção. Saramago conhece o ser humano em toda a sua fragilidade e em toda a sua beleza. As personagens, que não são novas, parece que renascem para esta narrativa. Genial. Sem dúvida, dos melhores livros que li na vida.

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Excelente livro

Deborah Cattani

Além de ser um ótimo escritor, Saramago foi o melhor crítico da sociedade pós-moderna.

José Saramago

Prémio Nobel de Literatura, 1998

Autor de mais de 40 títulos, José Saramago nasceu em 1922, na aldeia de Azinhaga.
As noites passadas na biblioteca pública do Palácio Galveias, em Lisboa, foram fundamentais para a sua formação. «E foi aí, sem ajudas nem conselhos, apenas guiado pela curiosidade e pela vontade de aprender, que o meu gosto pela leitura se desenvolveu e apurou.»
Em 1947 publicou o seu primeiro livro que intitulou A Viúva, mas que, por razões editoriais, viria a sair com o título de Terra do Pecado. Seis anos depois, em 1953, terminaria o romance Claraboia, publicado apenas após a sua morte.
No final dos anos 50 tornou-se responsável pela produção na Editorial Estúdios Cor, função que conjugaria com a de tradutor, a partir de 1955, e de crítico literário.
Regressa à escrita em 1966 com Os Poemas Possíveis.
Em 1971 assumiu funções de editorialista no Diário de Lisboa e em abril de 1975 é nomeado diretor-adjunto do Diário de Notícias.
No princípio de 1976 instala-se no Lavre para documentar o seu projeto de escrever sobre os camponeses sem terra. Assim nasceu o romance Levantado do Chão e o modo de narrar que caracteriza a sua ficção novelesca. Até 2010, ano da sua morte, a 18 de junho, em Lanzarote, José Saramago construiu uma obra incontornável na literatura portuguesa e universal, com títulos que vão de Memorial do Convento a Caim, passando por O Ano da Morte de Ricardo Reis, O Evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a Cegueira, Todos os Nomes ou A Viagem do Elefante, obras traduzidas em todo o mundo.
No ano de 2007 foi criada em Lisboa uma Fundação com o seu nome, que trabalha pela difusão da literatura, pela defesa dos direitos humanos e do meio ambiente, tomando como documento orientador a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Desde 2012 a Fundação José Saramago tem a sua sede na Casa dos Bicos, em Lisboa.
José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou postumamente, a 16 de novembro de 2021, José Saramago com o grande-colar da Ordem de Camões, pelos "serviços únicos prestados à cultura e à língua portuguesas", no arranque das comemorações do centenário do nascimento do escritor.

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