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A Educação do Estóico

Barão de Teive

de Fernando Pessoa

editor: Assírio & Alvim, outubro de 2001
Esta obra inédita de Fernando Pessoa é uma surpreendente crónica pessoal e único manuscrito atribuído ao seu semi-heterónimo Barão de Teive. Pessoa descreve a escrita deste, comparando-a à de Bernardo Soares, nos seguintes termos: "[…] são ambos figuras minhamente alheias - escrevem com a mesma substância de estilo, a mesma gramática, e o mesmo tipo e forma de propriedade: é que escrevem com o estilo que, bom ou mau, é o meu. Comparo as duas porque são casos de um mesmo fenómeno - a inadaptação à realidade da vida e, o que é mais, a inadaptação pelos mesmos motivos e razões. Mas ao passo que o português é igual no Barão de Teive e em Bernardo Soares, o estilo difere em que o fidalgo é intelectual, despido de imagens, um pouco, como o direi?, hirto e restrito. […] O fidalgo pensa claro, escreve claro, e domina as suas emoções, se bem que não os seus sentimentos […]." Criado para receber e carregar o fardo insustentável da lucidez de Pessoa, o Barão de Teive acaba por sucumbir aos conflitos que o habitam e suicida-se. O seu legado é um pequeno caderno que nos dá conta das grandes questões objecto da sua reflexão (e agentes do seu sofrimento): a inviabilidade do binómio moral/inteligência no indivíduo, os entraves ao relacionamento com o sexo oposto, a dor que advem do exercício da razão, a falácia do sonho, "a impossibilidade de fazer arte superior". Natural dos EUA, Richard Zenith vive desde 1987 em Lisboa, onde trabalha como escritor, tradutor e investigador. Especialista na obra de Fernando Pessoa, realizou uma versão inglesa do LIVRO DO DESASSOSSEGO, organizou e traduziu FERNANDO PESSOA & CO. - Selected Poems (Grove Press, 1998) e foi responsável pela mais recente edição do LIVRO DO DESASSOSSEGO em língua portuguesa (Assírio & Alvim).

A Educação do Estóico

Barão de Teive

de Fernando Pessoa

Propriedade Descrição
ISBN: 978-972-37-0520-1
Editor: Assírio & Alvim
Data de Lançamento: outubro de 2001
Idioma: Português
Dimensões: 146 x 209 x 8 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 112
Tipo de produto: Livro
Coleção: Obras de Fernando Pessoa
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Memórias e Testemunhos
EAN: 9789723705201
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
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Excertos perfeitos de um livro que nunca chegou a existir

João Pinho

Este livro conta com um conjunto de pensamentos soltos do Barão de Teive sobre o tema do Estoicismo. Por um lado, é frustrante pensar na obra que poderia ter surgido se o autor a tivesse terminado. Por outro, como qualquer estoico sabe, a morte é uma das muitas partes incontroláveis da vida e não vale a pena ficar frustrado por um livro que nunca o chegou a ser. Mesmo assim, Pessoa não precisava de muito mais do que um parágrafo para materializar a sua arte literária e este livro é o exemplo perfeito disso.

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Uma educação concerteza

Maria João Nunes

Tendo em conta que estou a frequentar a cadeira de Estudos Pessoanos, este livro foi um objecto de estudo muito importante! Barão de Teive é o último heterónimo criado por Fernando Pessoa, e neste livro encontram-se textos seus reunidos.

Fernando Pessoa

Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa literatura, conhecido mundialmente. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século xx. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como «correspondente estrangeiro». Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada Negreiros e outros, a revista Orpheu, que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.
Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista Orpheu (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, Mensagem (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos.

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Mensagem

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