Poesia de Álvaro de Campos

de Fernando Pessoa

editor: Assírio & Alvim, março de 2002
Álvaro de Campos é o protagonista do «drama em gente» que, segundo Pessoa, o conjunto da obra heterónima constitui. Alberto Caeiro e Ricardo Reis são os dois planetas mais importantes dos muitos que gravitam em volta dessa estrela central. Impossível compreendê-los sem entender as relações que os reúnem e opõem. E também que Campos é o «fingidor» não só das dores e emoções que Pessoa «deveras sente» mas também das que se «esqueceu de sentir», como ele próprio disse. Viveu em seu lugar a vida de que ele se absteve — por «incompetência», escreveu. Catarticamente, encarnou a loucura e a homossexualidade cujo espetro perseguia Pessoa. E, como o seu criador, desdobrou-se em vários outros, sincrónica e diacronicamente, ao longo da sua vida. Morreram juntos.

Poesia de Álvaro de Campos

de Fernando Pessoa

ISBN: 978-972-37-0677-2
Editor: Assírio & Alvim
Ano: 2002
Idioma: Português
Dimensões: 147 x 205 x 40 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 672
Tipo de produto: Livro
Coleção: Obras de Fernando Pessoa
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Poesia
EAN: 978972370677212
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
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O da mansarda

Maria Jorge Vilela

Álvaro de Campos é o heterónimo de Fernando Pessoa mais atrevido. É também brilhante porque, para além dos temas serem inesperados, a tabacaria por exemplo, são da condição humana. Do Álvaro de Campos só se pode dizer que é incrível. Esta antologia é completa.

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Desmascarar Pessoano

Manuel Pinheiro

Uma compilação indispensável para aqueles que se desejam aprofundar no universo Pessoano. A obra Álvaro de Campos surge como um desvendar do seu criador, tirando-lhe a máscara ao longo da vida. Desta forma Pessoa torna-se honesto a partir do heterônimo, honestidade essa que lhe é desconfortável mas que deu resultado àquela que é a maior obra poética do século xx

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Excelente organização

Sónia C.

Esta edição apresenta a obra de Álvaro de Campos numa organização que facilita a sua obra e que está perfeitamente explicada pelo prefácio de Teresa Rita Lopes.

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O heterónimo por excelência

José Vieira

Neste livro, coordenado pela prestigiada pessoana Teresa Rita Lopes, encontramos informações deslumbrantes e deliciosas acerca deste heterónimo que sempre quis "sentir tudo de todas as maneiras". O exemplo disso é o facto da indecisão de Pessoa em relação a Caeiro, o Mestre, e Campos. A certa altura, o autor de Mensagem atribui as odes sensacionistas a Caeiro, sendo que mais tarde as entrega ao engenheiro naval, revelando as dúvidas que Pessoa teve, o que nos leva a um novo patamar da heteronímia, visto que o Mestre, pastor de rebanhos-sensações, foi flutuando até encontrar o seu recanto. Um livro obrigatório, com poesias deste que é o Heterónimo por Excelência!

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Poemas do Álvaro

Dário N.

Os seus poemas vão desde o muito ao pouco compreensível, sendo até mesmo um enigma pra quem os lê! Consegue-se ter uma visão bastante realista da sua sociedade e época!

Fernando Pessoa

Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa literatura, conhecido mundialmente. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século xx. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como «correspondente estrangeiro». Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada Negreiros e outros, a revista Orpheu, que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.
Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista Orpheu (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, Mensagem (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos.

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