Livro do desassossego
de Fernando Pessoa Organizador: Richard Zenith
Sobre
o LivroLeitura recomendada para o 12.º ano de escolaridade.
Publicado pela primeira vez em 1982, quase meio século após a morte de Fernando Pessoa, o Livro do Desassossego é uma obra-prima pouco convencional, resistente às habituais classificações literárias. A palavra desassossego refere-se à angústia existencial do narrador, sim, mas também à sua recusa em ficar quieto, parado. Sem sair de Lisboa, este viaja constantemente na sua maneira de ver, sentir e dizer. Ler este livro, repleto de emoção e observações penetrantes, é uma experiência estranhamente libertadora.
A presente edição procura, na medida possível, respeitar a visão que o próprio autor do Livro nutria para a sua publicação. Inclui todo o material explicitamente destinado à obra e alguns textos adicionais que com quase toda a certeza lhe pertencem e cujo estatuto conjetural é, de qualquer modo, assinalado. A transcrição dos originais, constantemente melhorada ao longo dos anos, é a mais apurada de todas as edições feitas até à data. A introdução do organizador traça a evolução do Livro que ocupou Pessoa durante mais de vinte anos, propondo-nos novas linhas de leitura.
Visite a página especial dedicada a Fernando Pessoa.
É um livro sobre as sensações de um homem que encontrou o contraponto da vida mecanicamente vivida, do cansaço e da poesia, descrevendo-o com muita lucidez. Já o tinha lido algumas vezes e parece que algo de novo se descobre de cada vez que é lido.
Bernardo Soares, semi-heterónimo de Fernando Pessoa, deambula pela cidade e pelos seus pensamentos. Com pensamentos soltos e em permanente crise existencial, O Livro do Desassossego obriga-nos a parar e reflectir. Uma verdadeira obra de arte!
O Livro do Desassossego é uma daquelas obras literárias que todos deveriam ler. A sua estrutura permite começar e acabar onde se queira e retomá-la vezes sem fim. Das suas melhores obras.
Imperioso, necessário, insubstituível! Leitura obrigatória!
Sem dúvida, um livro a ler...
Um livro viciante ao ponto de se dizer "Só mais um excerto" e ler mais dez.
Um livro magnífico, de prosa poética absolutamente perfeita. Um livro dos paradoxos da identidade. "Porque eu não sou nada, eu posso imaginar-me a ser qualquer coisa."
Indispensável para quem gosta de ler Fernando Pessoa.
Uma obra fascinante que nos transporta ao interior de uma das mentes mais brilhantes da Literatura portuguesa.
Não obstante o desenraizamento temático, já que não existe um pilar comum a todos os textos e não há uma linha progressiva de desenvolvimento, este livro é uma obra prima. Fernando Pessoa escreve poeticamente e maravilhosamente bem, levando-nos a sentir em nós o que ele procura descrever. Podemos abrir em qualquer página, aleatoriamente, e ler a partir daí. Podemos começar no início, no meio ou no fim do livro, e será sempre coerente. Cada texto é um texto, e cada texto é um sentimento.