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O Homem Duplicado

de José Saramago

Livro eBook
editor: Porto Editora, maio de 2014
Tertuliano Máximo Afonso, professor de História no ensino secundário, «vive só e aborrece-se», «esteve casado e não se lembra do que o levou ao matrimónio, divorciou-se e agora não quer nem lembrar-se dos motivos por que se separou», à cadeira de História «vê-a ele desde há muito tempo como uma fadiga sem sentido e um começo sem fim». Uma noite, em casa, ao rever um filme na televisão, «levantou-se da cadeira, ajoelhou-se diante do televisor, a cara tão perto do ecrã quanto lhe permitia a visão, Sou eu, disse, e outra vez sentiu que se lhe eriçavam os pelos do corpo».

Depois desta inesperada descoberta, de um homem exatamente igual a si, Tertuliano Máximo Afonso, o que vive só e se aborrece, parte à descoberta desse outro homem.

Caligrafia da capa por LÍDIA JORGE
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Numa escala de 1 a 10, estes livros são um 11

Bom é ter uma expectativa e que a expectativa seja nada face ao que se recebe. Aqui, mostramos a escala rebentada. Aqui vão uns livros que batem tudo. O sentido do fim É que chega-se ao fim desnorteado com o sentido. Barnes é um dos grandes – e este portento é um dos seus maiores. Quem o lê jamais o esquece, e fica a pensar nele muito tempo. O trabalho de arquitetura textual é de tal forma depurado, cirúrgico, que parece um círculo perfeito. Em Barnes, tudo é sublime, não há uma única frase que saiba a ruga ou a pedra na calçada. Aqui temos bocados da história de Tony Webster, que conhecera Adrian Finn no fim do liceu. Juntos, viveram a adolescência, as descobertas da literatura e da cama, a pressa de quem tem o futuro à frente. As décadas passaram, Tony está reformado. Para trás, ficou o passado que lhe parece estanque, a direito. E, finda a história, lá se percebe que a memória escolhe o que guardar. O choque que daí chega é tão dele quanto nosso. E até deu origem a um filme de cinema. QUERO LER!







  Não me esqueças Demolidor. Em banda desenhada, conta-se a história de uma família que não se perdeu para a memória. Para a avó de Clémence, a partir de uma certa altura, a cabeça fez-se nuvem – e uma nuvem de histórias esquecidas. A doença de Alzheimer chegou e, a partir desse momento, para uma e para outra, a vida foi outra coisa. A Clémence, cabe lembrar – e lembrar quem já esqueceu. A neta decide tirar a avó do lar e procurar a casa da sua infância. O leitor acompanha-a, enquanto sabe que aquela vida já tem sabor de despedida. É que, mesmo que o Alzheimer dure décadas, cada momento vivido é um adeus lento ao que se foi. Trocam-se os papéis, e eis a neta a guiar a avó pela mão, pela vida, pelo que houve. A vida não deixou de ter sido vivida só por se ter esquecido tanto. É que Clémence ainda se lembra e, para ela, a avó ainda é quem foi. QUERO LER!
  O homem duplicado A premissa podia ser saramaguiana, mas o tema já encantara outros antes. O mais conhecido será O Duplo, de Dostoievski. Como em O Homem Duplicado, o escritor russo mostrou a vida de alguém que encontrou um seu igual. Ao invés de flores, alegrias e mãos dadas, o confronto com a não-unicidade levou-o aos arames. Aqui, temos obsessão igual, desta feita a de Tertuliano Máximo Afonso. A vida deste homem contrasta com o nome: vida vulgar contra nome tão invulgar. Professor de História no ensino secundário, aborrece-se com a vida. Casou quase porque sim, divorciou-se perguntando-se porque não. Ensinar História – pudera – já lhe sabe a coisa repetida. Um dia, lá lhe acontece qualquer coisa. Ora, qualquer coisa, seja boa ou má, já não é coisa pouca para quem não vê nada acontecer. Ao ver televisão, Tertuliano viu um homem igual a si. Tão igual que era igualzinho. Sem mais nada que fazer da vida, começou a procurar o sósia. O leitor procura-o com ele, alimentando-se já da mesma obsessão insana. QUERO LER! Pedro Alecrim Os cachopos também merecem livros que rebentam a escala. E para dar cabo dela não há melhor do que António Mota. O pequeno leitor abre o livro e vê-se a viver a vida de Pedro, em tanto a si semelhante, em tanto diferente de si. Vive no Pragal, com os pais e os irmãos. Os seus dias têm 24 horas como os nossos, e dão para ir à escola (anda no sexto ano) e trabalhar no campo para ajudar a família. Não é que adore a escola: não compreende tudo o que se passa nas aulas e também não tem tempo para estudar. Ainda consegue ter algum tempo livre, que costuma passar com o amigo Nicolau. A vida lá vai passando, sem grandes percalços, até ao dia em que o pai morre. A partir daí, muda-se o destino às coisas. O rapaz transtorna-se e quem o lê também. QUERO LER!

O Homem Duplicado

de José Saramago

Propriedade Descrição
ISBN: 978-972-0-04649-9
Editor: Porto Editora
Data de Lançamento: maio de 2014
Idioma: Português
Dimensões: 142 x 210 x 21 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 336
Tipo de produto: Livro
Coleção: Obras de José Saramago
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 978972004649914
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
e e e e e

EXCELENTE!

J Pereira

Para quem aprecia a escrita de José Saramago é mais um excelente livro deste autor. Adorei este no mesmo nível dos outros.

e e e e e

O Homem Duplicado

LG

Saramago conta-nos a história de um professor de história que, ao ver um filme, descobre a existência de um actor secundário que é seu semelhante em tudo. Não sendo uma premissa propriamente nova na literatura, o autor consegue desenvolver uma história ímpar, destacando-se o final surpreendente.

e e e e e

Sem commentaries...

Susana Matias

Ja o li por 3 vexes e estou a ler uma vez mais.Eu adoro Jose Saramago!

e e e e E

Vale a pena

Marta Ferreira

Um bom livro de Saramago, como o são quase todos. Uma história invulgar e intrigante, no estilo a que os leitores de Saramago já estão habituados e que, no meu caso, adoro.

e e e e E

Prazer de leitura... a duplicar!

João Miguel Santos

Este livro adquiri-o juntamente com o "Levantado do chão", porque, como sou um leitor aferrado em José Saramago, não podia deixar de os ler. O que me fez optar pela compra deste - e não de outro livro do autor - deveu-se, honestamente, à fabulosa edição que a Porto Editora fez da obra e,também, à epígrafe que vemos na contracapa: " O caos é uma ordem por decifrar.". Em primeiro lugar, fui conduzido pela abertura (muito à maneira de Saramago) do romance, com uma apresentação da personagem e do cenário algo à maneira de um começo de filme. Depois, à medida que ia lendo, fui ficando com a ideia de que estava quase implicado a construir um "quebra-cabeças" policial. Bom...Não quero comentar aspectos relacionados com o desenrolar da trama, mas o romance é...ESPETACULAR! Vale mesmo a pena. Ou não fosse uma obra do nosso Nobel!

e e e e E

Muito bom

Sónia

José Saramago é um dos meus escritores favoritos portugueses e "O Homem Duplicado" é só mais uma prova de como enquanto escritor, nunca nos falhou. Muito interessante e recomendadíssimo a todos os que gostem da escrita peculiar mas maravilhosa de José Saramago.

e e e e e

Brilhante

José Augusto Nogueira Pinto

Quando recebi a comunicação, gentilmente enviada pela Wook, para comentar esta obra, fiquei apavorado. Dar opinião sobre uma obra do nosso Nobel era algo que nunca pensei fazer por escrito. Mas, com muito orgulho o fiz e de facto foi muito fácil. A obra é excelente, extraordinário enredo muito bem conseguido e ainda melhor narrado por Saramago. Simplesmente Brilhante. Com a caligrafia da capa a cargo da escrita Lídia Jorge e a contracapa com a frase do Livro dos Contrários “O caos é uma ordem por decifrar”, difícil será mesmo esquecer Tertuliano e a sua descoberta. Recomendo fortemente a sua leitura.

e e e e E

O Homem Duplicado

Carina Fernandes

Um livro maravilhosamente bem escrito mas isto ainda não é novidade, visto que falamos de Saramago. A novidade é o suspense inesperado que encontramos, que nos prende à história logo nas primeiras páginas e que nos faz dizer no fim "oh não, não acabes já!"

José Saramago

Prémio Nobel de Literatura, 1998

Autor de mais de 40 títulos, José Saramago nasceu em 1922, na aldeia de Azinhaga.
As noites passadas na biblioteca pública do Palácio Galveias, em Lisboa, foram fundamentais para a sua formação. «E foi aí, sem ajudas nem conselhos, apenas guiado pela curiosidade e pela vontade de aprender, que o meu gosto pela leitura se desenvolveu e apurou.»
Em 1947 publicou o seu primeiro livro que intitulou A Viúva, mas que, por razões editoriais, viria a sair com o título de Terra do Pecado. Seis anos depois, em 1953, terminaria o romance Claraboia, publicado apenas após a sua morte.
No final dos anos 50 tornou-se responsável pela produção na Editorial Estúdios Cor, função que conjugaria com a de tradutor, a partir de 1955, e de crítico literário.
Regressa à escrita em 1966 com Os Poemas Possíveis.
Em 1971 assumiu funções de editorialista no Diário de Lisboa e em abril de 1975 é nomeado diretor-adjunto do Diário de Notícias.
No princípio de 1976 instala-se no Lavre para documentar o seu projeto de escrever sobre os camponeses sem terra. Assim nasceu o romance Levantado do Chão e o modo de narrar que caracteriza a sua ficção novelesca. Até 2010, ano da sua morte, a 18 de junho, em Lanzarote, José Saramago construiu uma obra incontornável na literatura portuguesa e universal, com títulos que vão de Memorial do Convento a Caim, passando por O Ano da Morte de Ricardo Reis, O Evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a Cegueira, Todos os Nomes ou A Viagem do Elefante, obras traduzidas em todo o mundo.
No ano de 2007 foi criada em Lisboa uma Fundação com o seu nome, que trabalha pela difusão da literatura, pela defesa dos direitos humanos e do meio ambiente, tomando como documento orientador a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Desde 2012 a Fundação José Saramago tem a sua sede na Casa dos Bicos, em Lisboa.
José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou postumamente, a 16 de novembro de 2021, José Saramago com o grande-colar da Ordem de Camões, pelos "serviços únicos prestados à cultura e à língua portuguesas", no arranque das comemorações do centenário do nascimento do escritor.

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