Cartas de Amor de Fernando Pessoa e Ofélia Queiroz
de Fernando Pessoa e Ofélia Queiroz
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Uma edição conjunta é a forma mais adequada para dar a ler uma correspondência, que pressupõe sempre um diálogo, uma interação, a existência concreta de dois interlocutores. Cada carta é, em si mesma, ou a resposta a outra carta ou pretexto para ela. Até quando o destinatário opta por não responder, de algum modo, o seu silêncio se inscreve na carta seguinte. Assim, uma relação amorosa, sustentada epistolarmente, como a de Pessoa e Ofélia, só é, na verdade, entendível quando os dois discursos se cruzam e mutuamente se refletem.
Neste livro a ideia comum de que estaríamos perante um namoro platónico, sem réstia de erotismo, desfaz-se por inteiro. Vemos, enfim, surgir um Pessoa diferente do outro lado do espelho. Um Pessoa não só sujeito e manipulador da escrita, mas um Pessoa indefeso, objeto do discurso (e do afecto) de outrem, personagem de uma história real.
Editorial da semana: Dia do Livro
Abrir um livro como quem abre o coração. Cheirá-lo, deixar entrar a fragrância e a calma das coisas familiares. Levá-lo debaixo do braço como quem carrega um amigo cansado. Passeá-lo pelas longas avenidas das cidades, protegendo-o da chuva, nos dias de inverno, e erguendo-o com orgulho, no verão. Apertar a capa do livro com força quando o avião descola e, depois, quando pousa no chão. Tomar café com ele, partilhar refeições; procurar um refúgio nas páginas do livro quando a realidade fora delas faz sofrer: ler fantasia quando perdemos alguém; policial quando a vida aborrece; poesia quando estamos num país longínquo e encontramos nos versos uma janela mágica que nos devolve ao colo da mãe.
Livro, meu amor
Ansiar pelo fim do dia para regressar ao livro como quem anseia voltar aos braços de alguém. Dormir com o livro ao lado e sentir que nunca estamos realmente sozinhos quando conseguimos entrar no universo de outra pessoa.
Aprender com o livro que "a felicidade pode ser encontrada mesmo nas horas mais sombrias, se nos lembrarmos de acender a luz".
Encontrar o Dia do Livro na esquina de cada rua e concluir que, de todos os amores, o livro é o único que nunca se queixa do nosso animal de estimação, ou das migalhas que espalhamos pelos lençóis ou mesma da força com que o apertamos nas viagens de avião. De todos os amores, é ao livro, o meu amor, que dedico este dia. Não poderia ser de outra maneira.
Tânia Azevedo, gestora de conteúdos culturais
Wook escrever no postal de S. Valentim?
“Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.”
“Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.”
“Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.”
“Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.”
“Não sei se me interessei pelo rapaz
por ele se interessar por estrelas
se me interessei por estrelas por me interessar
pelo rapaz hoje quando penso no rapaz
penso em estrelas e quando penso em estrelas
penso no rapaz como me parece que me vou ocupar com as estrelas
até ao fim dos meus dias parece-me que
não vou deixar de me interessar pelo rapaz
até ao fim dos meus dias
nunca saberei se me interesso por estrelas
se me interesso por um rapaz que se interessa
por estrelas já não me lembro
se vi primeiro as estrelas se vi primeiro o rapaz
se quando vi o rapaz vi as estrelas.”
“Não sei se me interessei pelo rapaz
por ele se interessar por estrelas
se me interessei por estrelas por me interessar
pelo rapaz hoje quando penso no rapaz
penso em estrelas e quando penso em estrelas
penso no rapaz como me parece que me vou ocupar com as estrelas
até ao fim dos meus dias parece-me que
não vou deixar de me interessar pelo rapaz
até ao fim dos meus dias
nunca saberei se me interesso por estrelas
se me interesso por um rapaz que se interessa
por estrelas já não me lembro
se vi primeiro as estrelas se vi primeiro o rapaz
se quando vi o rapaz vi as estrelas.”
“Esperar que voltes é tão inútil como o sorriso escancarado dos mortos na necrologia dos jornais
e no entanto de cada vez que
a noite se rasga em barulhos e
um telefone se debruça de
uma qualquer janela
sinto que ainda ficou uma
palavra minha esquecida na
tua boca e que
vais voltar
para
a
devolver.”
“Esperar que voltes é tão inútil como o sorriso escancarado dos mortos na necrologia dos jornais
e no entanto de cada vez que
a noite se rasga em barulhos e
um telefone se debruça de
uma qualquer janela
sinto que ainda ficou uma
palavra minha esquecida na
tua boca e que
vais voltar
para
a
devolver.”
"Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco."
"Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco."
"O tempo, subitamente solto pelas ruas e pelos dias,
como a onda de uma tempestade a arrastar o mundo,
mostra-me o quanto te amei antes de te conhecer.
eram os teus olhos, labirintos de água, terra, fogo, ar,
que eu amava quando imaginava que amava. era a tua
a tua voz que dizia as palavras da vida. era o teu rosto.
era a tua pele. antes de te conhecer, existias nas árvores
e nos montes e nas nuvens que olhava ao fim da tarde.
muito longe de mim, dentro de mim, eras tu a claridade."
"O tempo, subitamente solto pelas ruas e pelos dias,
como a onda de uma tempestade a arrastar o mundo,
mostra-me o quanto te amei antes de te conhecer.
eram os teus olhos, labirintos de água, terra, fogo, ar,
que eu amava quando imaginava que amava. era a tua
a tua voz que dizia as palavras da vida. era o teu rosto.
era a tua pele. antes de te conhecer, existias nas árvores
e nos montes e nas nuvens que olhava ao fim da tarde.
muito longe de mim, dentro de mim, eras tu a claridade."
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 978-972-0-79310-2 |
Editor: | Assírio & Alvim |
Data de Lançamento: | junho de 2012 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 146 x 205 x 25 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 368 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Pessoana |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Epístolas e Cartas |
EAN: | 978972079310214 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
Delicioso
José Nogueira Pinto
Lindas Cartas Enamoradas, bem retratadas na Nota Introdutória por Código Amoroso, entre o Nininho, como afetuosamente Fernando Pessoa era tratado pela Ofélia Queirós, e a Ofelinha, ou Bebé, ou bonequinha, como carinhosamente Fernando Pessoa tratava Ofélia Queirós. Uma das muitas passagens adoráveis: “Tens então muitas dores na garganta meu amorzinho?! Se eu pudesse passá-las para mim como o faria de boa vontade!” Para todos os leitores desta obra magnífica, aqui deixo muitos jinhos.
Mais do que uma história da vida privada
Ricardo Coelho
Um livro que reúne, de forma exemplar - ao nível da edição dos textos originais e notas de rodapé, as cartas trocadas por Ofélia e Fernando entre 1919 e 1935. Mais do que uma recensão de correspondência, o livro traz-nos os dias do Poeta, a dedicação de Ofélia e a sua constante e crescente preocupação com o estilo de vida muito pouco saudável que este vai adoptando, causando-lhe a morte prematura em 1935, altura aliás do último telegrama trocado entre ambos. Recomendo vivamente.
Para os apaixonados por Fernando Pessoa
Inês ALmeida
Fernando Pessoa é mais do que um poeta, é um génio. E falo no presente porque ele continua bem vivo pois toda a sua obra poética reflete, no fundo, preocupações, angústias e sensações que todos temos. Para os apaixonados por ele, este livro é um pequeno desvendar da sua faceta amorosa, que certamente vos fascinará. Aconselho, claro, pois este livro revela que ele não era apenas "um fingidor" de sentimentos, mas que também se apaixonou de verdade... Como todos nós.
História de Amor
Paulo Pinto
O lado romântico de Fernando Pessoa, em cartas de amor tão autênticas e maravilhosas. Uma escrita pura e romântica a mostrar o afecto mais natural de um poeta!
Recomendo!!!
Ana Margarida Ferreira
Recomendo este livro é muito bonito e mostra o lado mais romântico do poeta fernando pessoa, além de ser um livro que nunca mais vai esquecer graças a sua autenticidade e romantismo.
Uma nova perspetiva do poeta
Ana Carla Marques Pereira Gomes
Um livro muito interessante que me mostrou um Fernando Pessoa muito diferente do poeta, que consegue mostrar os seus sentimentos por Ofélia, numa pureza e simplicidade tocantes, mas que não consegue assumir esse amor, pois para ele tudo o que importava era a sua obra literária.