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Caim

de José Saramago

Livro eBook
editor: Porto Editora, janeiro de 2017
«A história dos homens é a história dos seus desentendimentos com deus, nem ele nos entende a nós, nem nós o entendemos a ele.»
José Saramago

Caligrafia da capa por CLARA FERREIRA ALVES
Novidades Autor da semana José Saramago

Autor da Semana: José Saramago

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar." UM José Saramago, o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prémio Nobel da Literatura, escreveu mais de 40 títulos, entre romances, contos, poemas, crónicas, peças de teatro, ensaio e um diário em diversos volumes – os Cadernos de Lanzarote. DOIS Nasceu numa família de “camponeses sem terra” (segundo o próprio), em 1922, no Ribatejo. Deveria ter recebido o mesmo nome que o seu pai, mas o funcionário do Registo Civil resolveu acrescentar-lhe a alcunha por que a família do escritor era conhecida na aldeia: Saramago (uma planta usada como alimento pelos pobres em épocas difíceis), e assim ficou José de Sousa Saramago. TRÊS Só por volta dos 13 anos é que passou a viver numa casa (bastante pequena, aliás). Até então, a sua família tinha sempre partilhado habitação com outras, devido a dificuldades económicas. QUATRO Aos 19 anos pode finalmente comprar livros pela primeira vez. A biblioteca pública de Lisboa foi, por isso, fundamental na sua formação. Foi aí, em longos serões, que desenvolveu o gosto pela leitura, guiado apenas pela curiosidade e pela vontade de aprender. CINCO Fez estudos secundários a que, por dificuldades económicas, não pode dar continuidade, mas recebeu depois diversos doutoramentos Honoris Causa: pela Universidade de Nottingham, Inglaterra; pela Universidade de Santiago, no Chile; pela Universidade de Coimbra, Portugal; e pela Universidade de Charles de Gaulle-Lille III, em França. Em 1995 foi-lhe ainda atribuído o mais alto galardão da literatura lusófona, o Prémio Camões. SEIS No ano do nascimento da sua única filha, Violante, em 1947, publicou o primeiro livro, A Viúva, que, por decisão editorial, acabou por sair com o título Terra do Pecado. Na mesma época escreveu também Claraboia, mas depois esteve 19 anos sem publicar, por achar que não tinha nada para dizer que valesse realmente a pena. SETE O seu primeiro emprego foi como serralheiro mecânico. Posteriormente trabalhou como desenhador, funcionário administrativo, diretor de uma editora, jornalista, crítico literário e tradutor. No final de 1975 resolveu dedicar-se à escrita a tempo inteiro, depois de ter sido demitido do cargo de diretor-adjunto do Diário de Notícias por razões políticas. Segundo o próprio, “já era hora de saber o que poderia realmente valer como escritor.” OITO Nesse mesmo ano instalou-se no Lavre, para documentar a situação dos camponeses sem terra. Assim nasceu o romance Levantado do Chão e o seu tão caraterístico modo de narrar. Capa do livro Levantado do Chão, de José Saramago NOVE A década de 80 foi dedicada ao romance e particularmente fértil: publicou algumas das suas obras mais importantes, como Memorial do Convento, O Ano da Morte de Ricardo Reis, A Jangada de Pedra e História do Cerco de Lisboa. DEZ Em 1986 conheceu a jornalista espanhola Pilar del Río, com quem casou dois anos depois. ONZE O seu estilo e temas foram sempre incómodos. Mudou-se para a ilha de Lanzarote, nas Canárias, em 1993, na sequência do veto do governo português à apresentação do seu romance O Evangelho Segundo Jesus Cristo ao Prémio Literário Europeu. DOZE Depois de uma carreira literária invulgarmente longa, Saramago, um dos maiores escritores em língua portuguesa de sempre, morreu em 2010, em Espanha.     Fonte: josesaramago.org    

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Livros para adultos que querem começar a ler

Como pode agarrar-se a um livro quem nunca o fez? Quem diz muitas vezes que não gosta de ler, nunca leu livro nenhum. Ficam algumas sugestões de romances onde se cai de cabeça e se leva o corpo inteiro.
  Deixa-te de mentiras É uma maravilha. Depois de o ler, sob o poder da sugestão, já conquistei novos leitores. O pior foi, depois de lhes dar a conhecer isto, conseguir sugerir livros de calibre semelhante.
Deixa-te de Mentiras é emoção pura. Quem o lê fica abananado. Finda a leitura, fica-se transtornado. A história de amor entre dois rapazes adolescentes vai aos ossos – aos deles e aos nossos. Tudo tem um tom de melancolia que não deixa o leitor desligar-se, nem por um segundo, do conhecimento que tem a priori: aquilo não vai acabar bem. A relação escondida vai tendo sempre tensão e mistério, e o traço de Besson é incisivo: vai direto ao que importa. Não há gorduras, não há informação a mais. No fim, sobra a emoção – e aquele olhar que é um regresso ao passado que ainda continua a fazer mossa. QUERO LER!








  Memória das minhas putas tristes A ideia é asquerosa em todos os sentidos, mas como romance funciona. Logo à cabeça, temos o narrador a dizer ao que vem: no dia em que fez 90 anos, quis oferecer-se a si mesmo uma noite com uma adolescente virgem. O leitor lá se mete nesta cabeça e nesta realidade, acompanhando a velhice deste homem, assim como o negócio de Rosa Cabarcas, dona de uma casa clandestina onde comercializa corpos de mulheres. Num romance curto, García Márquez vai-nos ao estômago: ao ver a jovem adolescente sem roupa, o nonagenário perde-se de amores. Essa paixão que nasce vai contrastando com uma vida de lassidão: quotidiano atrás de quotidiano, dias sem baques ou excitações, idas a bordéis, entradas em camas sempre pagas. Ao mesmo tempo que García Márquez cria a empatia com este homem, a realidade está sempre lá: o olhar de um idoso sobre uma criança. QUERO LER! Caim Saramago soube roubar a graça à vida – e também soube fazê-lo com a Bíblia. Bem se sabe que a Bíblia tem criatividade e episódios mirabolantes, espécie de livro de aventuras em série. Aqui, Saramago focou-se na história de Caim, e nesta pôde recriar um novo olhar, olhar para tudo com olhos frescos como na primeira vez. Para o leitor recente, só isto já dá para ver que a literatura é coisa que voa sem limites. A história de Caim contada por Saramago tem a sagacidade de quem sabe roubar o tutano às coisas, de quem sabe ver sem palas, de quem pega numa coisa estática (uma coisa história feita) e a faz voar por onde quer. Entre olhos que são abertos a cada página e um sentido de humor com tom de encantamento, Saramago criou uma nova história em cima de uma história já contada e recontada. QUERO LER! Bairro da Lata Adoro Steinbeck. Se é para começar a ler, mais vale ir logo aos grandes. Como poucos, o autor norte-americano soube criar ambientes e personagens. Abre-se o livro numa página à-toa e o corpo transporta-se para onde Steinbeck quiser: no caso, aqui estamos nós em Cannery Row, a curtir a Califórnia. Logo nos primeiros parágrafos, traça-se o cenário deste bairro costeiro e pobre. Com poucos quarteirões, acumula fábricas de enlatar sardinhas, restaurantes maus, bordéis – e, no fundo, acumula entulho. Os habitantes parecem gente que simplesmente não coube noutro lado. A vida ali metida é questão de sobrevivência noite e dia. Parece que se vai ler sobre um bairro, mas lê-se sobre a Humanidade inteira. QUERO LER!

Caim

de José Saramago

Propriedade Descrição
ISBN: 978-972-0-04985-8
Editor: Porto Editora
Data de Lançamento: janeiro de 2017
Idioma: Português
Dimensões: 142 x 210 x 14 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 146
Tipo de produto: Livro
Coleção: Obras de José Saramago
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 978972004985812
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
e e e e e

Deliciosamente provocador!

Sara Pereira

Dos livros mais divertidos que li, e talvez um dos mais provocadores de Saramago. A maestria da ironia e o requinte do humor fazem com que esta versão da história bíblica sobre a relação do homem/Deus se torne cómica, ao mesmo tempo que é assertiva a fazer-nos refletir. Um livro que dá vontade de ler de fio a pavio, sem pausar!

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Assertivo como sempre

b.

Neste livro são feitos questionamentos que muitas vezes temos e calamos no nosso subconsciente por receio (principalmente no que toca à religião). O mundo seria bem melhor se fosse "mais ateu", nunca se viu um terrorista ateu. Vimos neste livro como as personagens bíblicas são sem lógica e fundamento.

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Uma escrita com muito humor, muitas vezes um humor corrosivo,.Para quem é católico poderá achar uma blasfémia.As vezes tive a sensação que algumas páginas foram só para encher..Um livro um pouco descuidado.

Conceição Santos

Houve partes em que me ri mesmo com vontade

e e e e E

Irreverência e originalidade

Daniela Sofia

Caim é um livro provocador que faz o leitor refletir sendo relevante ainda hoje. Para quem quer começar a ler Saramago mas acha a escrita complicada de acompanhar este livro é o ideal, com linguagem fluida sendo a narrativa fácil de acompanhar.

e e e e e

Simplesmente Saramago

Liliana

Saramago não desilude. Aconselho este livro a quem tem dificuldade em ler Saramago. É um livro pequeno e sintético é facilmente vai provocar no leitor a sede de ler mais e mais.

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A simplicidade, a imaginação e o engenho

Daniel Ramos

Não sendo grande , nem pequeno aliás, leitor de Saramago (sempre me foi difícil começar os seus livros, sem dizer meia dúzia de palavrões, porque queria ler e muitas vezes não conseguia). Eis senão quando, me surge pela frente um livro com um sintético título: "Caim". Tão simples e com tanta imaginação e engenho na arquitectura da história, deixaram-me prostrado na minha ignorância... de não conseguir ler Saramago.

José Saramago

Prémio Nobel de Literatura, 1998

Autor de mais de 40 títulos, José Saramago nasceu em 1922, na aldeia de Azinhaga.
As noites passadas na biblioteca pública do Palácio Galveias, em Lisboa, foram fundamentais para a sua formação. «E foi aí, sem ajudas nem conselhos, apenas guiado pela curiosidade e pela vontade de aprender, que o meu gosto pela leitura se desenvolveu e apurou.»
Em 1947 publicou o seu primeiro livro que intitulou A Viúva, mas que, por razões editoriais, viria a sair com o título de Terra do Pecado. Seis anos depois, em 1953, terminaria o romance Claraboia, publicado apenas após a sua morte.
No final dos anos 50 tornou-se responsável pela produção na Editorial Estúdios Cor, função que conjugaria com a de tradutor, a partir de 1955, e de crítico literário.
Regressa à escrita em 1966 com Os Poemas Possíveis.
Em 1971 assumiu funções de editorialista no Diário de Lisboa e em abril de 1975 é nomeado diretor-adjunto do Diário de Notícias.
No princípio de 1976 instala-se no Lavre para documentar o seu projeto de escrever sobre os camponeses sem terra. Assim nasceu o romance Levantado do Chão e o modo de narrar que caracteriza a sua ficção novelesca. Até 2010, ano da sua morte, a 18 de junho, em Lanzarote, José Saramago construiu uma obra incontornável na literatura portuguesa e universal, com títulos que vão de Memorial do Convento a Caim, passando por O Ano da Morte de Ricardo Reis, O Evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a Cegueira, Todos os Nomes ou A Viagem do Elefante, obras traduzidas em todo o mundo.
No ano de 2007 foi criada em Lisboa uma Fundação com o seu nome, que trabalha pela difusão da literatura, pela defesa dos direitos humanos e do meio ambiente, tomando como documento orientador a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Desde 2012 a Fundação José Saramago tem a sua sede na Casa dos Bicos, em Lisboa.
José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou postumamente, a 16 de novembro de 2021, José Saramago com o grande-colar da Ordem de Camões, pelos "serviços únicos prestados à cultura e à língua portuguesas", no arranque das comemorações do centenário do nascimento do escritor.

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