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As Flores do Mal

de Charles Baudelaire; Tradução: João Moita

idioma: francês, português
editor: Relógio D'Água, maio de 2020
«As Flores do Mal não contêm poemas históricos nem lendas; nada que repouse sobre uma narrativa. Não vemos nelas tiradas filosóficas. A política não aparece, as descrições são raras e sempre significativas. Mas tudo nelas é encanto, música, sensualidade poderosa e abstrata… Luxo, forma e voluptuosidade.
Há nos melhores versos de Baudelaire uma combinação de carne e de espírito, uma mistura de solenidade, de calor e de amargura, de eternidade e de intimidade, uma raríssima aliança da vontade com a harmonia, que os distingue nitidamente dos versos românticos, como os distingue nitidamente dos versos parnasianos.»

[Do Prefácio de Paul Valéry]
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Vamos falar de flores

Recordo-me de que, a partir de uma certa altura na sua vida, quando a velhice já se instalara e com ela as dores da idade, a minha avó respondia sempre à pergunta «como está hoje?» com esta frase: «vamos falar de flores». Tentava, assim, divergir o tópico da conversa das suas apoquentações para algo belo. Se, ao início, insistia para que nos mantivéssemos nos temas que a afligiam, mais tarde entrei na onda e, quando preferia falar de flores, era de flores que falávamos. Lembrávamo-nos das flores do Brasil, dos vasos de sardinheiras na varanda, da rosa que durara quase três meses, das margaridas tingidas de azul e rosa choque. A conversa das flores era um paliativo para outros temas, que assim ficavam limitados ao tempo das consultas médicas e das idas ao hospital. Muitas vezes recorro a este estratagema, quando há assuntos dos quais não me quero lembrar. Hoje, chamar-lhe-iam mindfulness ou algo assim. Na altura, éramos uma avó e um neto a falar de flores. Vamos a isso? Olhai os Lírios do Campo É um dos romances da minha vida, lido em tenra idade. O génio das letras brasileiras apresenta-nos Eugénio e Olívia, ele médico, ela paciente, ambos namorados de juventude. É na viagem entre a sua casa e o hospital, para encontrar Olívia, que Eugénio faz uma retrospetiva da sua vida, passando pelas dificuldades, as conquistas, o caminho escolhido. O miúdo miserável tornou-se um homem rico e bem-sucedido. Mas a que preço? A velha história da escolha entre ficar com a pessoa que se ama ou com aquela que nos vai alavancar socialmente encontra aqui uma versão em que é o homem a ter de optar. O título do livro é um versículo do Sermão da Montanha de Jesus aos seus discípulos, presente no Novo Testamento, e talvez um dos mais belos de todos os textos bíblicos. Os lírios do campo não trabalham, não fiam, mas veja-se como florescem, precisando, para isso, apenas da terra e do sol. COMPRO NA WOOK! » A Breve Vida das Flores Mas que imenso, o sucesso deste livro. Tentemos entender o que leva milhares de leitores, pelo mundo todo, ao livro mais famoso de Valérie Perrin. Violette já não acredita na justiça dos dias, muito menos nos que a rodeiam. A guarda do cemitério de uma localidade perto de Borgonha escuta diariamente os desabafos dos visitantes e dos seus colegas, numa rotina que parece estar designada para acontecer da mesma forma há muitos anos. Mas, um dia, dá-se a chegada de um polícia com a missão de depositar as cinzas da sua mãe na campa de um desconhecido e tudo muda. Há momentos na vida que fazem com que as nossas próprias fragilidades venham à tona, não obstante a força com que as tentamos conter. O sucesso avassalador do livro de Pérrin prende-se com isso mesmo. Nesta personagem, ouvimos os nossos gritos, regressamos ao mundo como se vivêssemos por momentos no centro de um caleidoscópio de pétalas de flores. COMPRO NA WOOK! » As flores do Mal Nós bem que não queremos, mas, mesmo com flores, os tempos puxam-nos para pensar no mal. Mas vamos por partes e não desesperemos. É poesia e da melhor de sempre. Versos que formam a arte poética, que se afirmam como fundamentais para quem quer conhecer composições que nada têm de filosófico ou político. Mas será mesmo assim? Ao escrever estes poemas, Baudelaire marcou uma diferença com a poesia mais interventiva, politizada. Mas a liberdade que neles se sente, a sensualidade, aliadas a um caráter disruptivo muito próprio, levam-nos a acreditar que o poeta, através dessa aliança perfeita entre o ritmo e a consistência, vai, no fundo, além da mera relação sensorial com os textos, para se impor também como um agente de mudança. Uma obra incontornável, versos em que a essência do bem e do mal aflora a cada estrofe. COMPRO NA WOOK! » A maior flor dO mundo Será, talvez, o livro mais pequeno de José Saramago. Mas nele está, sem dúvida, uma das mais bonitas histórias que já li. A escrita é simples, afinal o autor dirige-se a crianças, mas está plena de significados, úteis para os adultos, pais ou professores, que leem este livro aos mais novos, mas que podem nele também viver. Ensina-nos que vale a pena cuidar, vale a pena ter esperança, nem que todos os sinais nos digam o contrário. Por vezes, os mais improváveis fazem as maiores conquistas e o reconhecimento acontece de uma forma surpreendente. Saramago tem este dom de falar para todos, de apelar ao que de melhor temos, nem que isso se faça, muitas vezes, mostrando o lado perverso de cada um. E se não desistíssemos de regar as flores? Até onde é que elas seriam capazes de chegar? COMPRO NA WOOK! »

As Flores do Mal

de Charles Baudelaire; Tradução: João Moita

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896419974
Editor: Relógio D'Água
Data de Lançamento: maio de 2020
Idioma: Francês, Português
Dimensões: 151 x 229 x 26 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 392
Tipo de produto: Livro
Coleção: Poesia
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Poesia
EAN: 9789896419974
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Essência intemporal

António Mateus

A essência da poesia, sem, apenas aparentemente, peias morais. O paradoxo do bem e do mal, presente na condição humana, quantas vezes no fio da navalha, é posto em evidência, descarnado das "conveniências" que sustentam um status quo do "coletivo".

Charles Baudelaire

Baudelaire nasceu em Paris a 9 de abril de 1821, filho de François Baudelaire e da jovem Caroline. Após a morte do marido em 1827, esta desposou o comandante Aupick, mais tarde general e embaixador francês em Espanha, com quem Baudelaire cedo se incompatibilizaria. Ao atingir a maioridade reivindica a herança paterna, que irá desbaratar, consome ópio e haxixe (experiência que está na origem de Os Paraísos Artificiais, de 1860) e relaciona-se com a atriz Jeanne Duval. Conhecido principalmente pela sua poesia, Baudelaire também fez crítica literária e artística, ensaio, novelas e traduções, dais quais se destaca uma parte substancial da obra de Edgar Alan Poe. Ficaram para as posteridade os seus livros O Pintor da Vida Moderna (1863), a obra póstuma O Spleen de Paris (1869) ou As Flores do Mal (1857), obra-prima da poesia moderna que escandalizou a sociedade francesa da época e condenou o autor ao banco dos réus. Com uma saúde já fragilizada pela sífilis, Baudelaire ficará paralisado após uma queda na igreja de St. Loup, acabando por morrer anos mais tarde, a 31 de agosto de 1867.

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