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O Discurso Engenhoso

Ensaios sobre vieira

Livro 1

de António José Saraiva

editor: Gradiva, abril de 1996
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Os estudos de José António Saraiva sobre a cultura portuguesa desenvolveram-se sempre sob o impulso de uma constante renovação e tornaram-se, por isso, um dos mais importantes contributos contemporâneos no domínio da história, da literatura e da crítica no mundo de língua portuguesa.
A colectânea de ensaios aqui reunidos - escritos originalmente em francês e inéditos em Portugal - constitui um exemplo notável desse facto. Servindo-se das teorias ainda recentes da análise estrutural e literária, O Discurso Engenhoso foca sob novos ângulos a retórica daquele que foi, segundo o autor, "o maior pregador do século XVII nesta parte da Europa a que devemos chamar barroca por oposição à Europa clássica". À luz das relações entre a coisa e o texto, entre a imagem e a palavra, entre a imagem e o conceito, António José Saraiva vem mostrar aos leitores como era, afinal, profundamente engenhoso o "discurso lexicológico" de António Vieira, um homem de poderoso temperamento artístico, sem dúvida muito atento ao sentido e ao valor das palavras.

O Discurso Engenhoso

Ensaios sobre vieira

de António José Saraiva

Propriedade Descrição
ISBN: 9789726624486
Editor: Gradiva
Data de Lançamento: abril de 1996
Idioma: Português
Dimensões: 135 x 210 x 10 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 178
Tipo de produto: Livro
Coleção: Obras de António José Saraiva
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Ensaios Livros em Português > Literatura > História da Literatura
EAN: 9789726624486
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
António José Saraiva

António José Saraiva ensaísta, investigador e crítico literário, irmão do historiador José Hermano Saraiva, nasceu em a 31 de dezembro de 1917, em Leiria, e morreu a 17 de março de 1993, em Lisboa, depois de vários anos de exílio. Licenciou-se com um Ensaio Sobre a Poesia de Bernardim Ribeiro , apresentado na Faculdade de Letras de Lisboa, em 1938, tendo-se doutorado na mesma faculdade, em 1942, com uma tese sobre Gil Vicente e o Fim do Teatro Medieval. Afastado da docência universitária por incompatibilidade com o sistema pedagógico e ideológico em vigor, foi professor do ensino secundário. Mercê do seu envolvimento na ação cívica e política - António José Saraiva assumiu, entre 1944 e 1962, a militância no Partido Comunista Português - foi, depois de ter apoiado a candidatura do general Norton de Matos, em 1949, preso e impedido de ensinar. Durante os anos seguintes, viveu exclusivamente das suas publicações e da colaboração em jornais e revistas. No exílio desde 1960, foi, em França, bolseiro do Collège de France e investigador do Centre National de Recherche Scientifique. Professor catedrático na Universidade de Amsterdão, regressou a Portugal apenas em 1974, após a Revolução de 25 de Abril, passando a desenvolver atividade docente na Universidade Nova e na Universidade Clássica de Lisboa. Ao longo deste percurso profissional, António José Saraiva publicou uma vastíssima e importante bibliografia, considerada de referência nos domínios da História da Literatura e da História da Cultura portuguesas, amadurecida quer na edição de obras e no estudo de autores individualizados (Camões, Correia Garção, Cristóvão Falcão, Almeida Garrett, Herculano, Fernão Lopes, Fernão Mendes Pinto, Gil Vicente, Eça de Queirós, Oliveira Martins, entre outros), ressaltando-se nesse âmbito os vários estudos que dedicou a Os Lusíadas ou ao Padre António Vieira, quer através da publicação de obras de grande fôlego como a História da Cultura em Portugal ou, de parceria com Óscar Lopes, a História da Literatura Portuguesa. Por outro lado, a capacidade de rever com lucidez e audácia os seus próprios princípios hermenêuticos conferem à sua obra ensaística um caráter paradigmático no que diz respeito à necessidade de questionamento que deve subjazer ao labor do estudioso. António José Saraiva legou, desse modo e também por uma postura contestatária, manifestada na expressão de um olhar crítico sobre a sociedade sua contemporânea, à posteridade, uma imagem de inconformismo face a todo o poder que tenda para uma institucionalização - mau grado o reconhecimento unânime de que gozava, como modelo cívico, junto da opinião pública recusou, por exemplo, receber em vida qualquer galardão oficial -, ou a todo o saber que não contenha em si a premissa fecunda da dúvida e da novidade.

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