Nem Todas as Baleias Voam

Fiquei entusiasmada pelos comentários que li sobre este livro. No entanto, li e, apesar de ter uma mensagem bonita, não gostei da história. Não me transmitiu entusiasmo nem vontade de voltar a ler... Não é de todo o meu tipo de escrita.

Do que já li, Afonso Cruz nunca me desilude, mas esta deve ser das melhores obras dele. Fiquei derretida à escrita deste senhor...

Afonso Cruz é uma das vozes mais criativas e originais da literatura portuguesa. Os seus livros são sempre momentos únicos na vida de um leitor. Este não é exceção. Com o lirismo e a sensibilidade que sempre nos habituou, este livro é mais um tesouro literário.

Adoro toda a escrita de Afonso Cruz, aconselho vivamente a leitura deste livro.

O livro é muito impressionante para quem como eu ainda não conhece a escrita do Afonso Cruz. É de uma prosa rica e imaginativa que te agarra e que vai estabelecendo relações improváveis entre as coisas. No entanto achei que o texto pouco denso. Talvez por uma certa impaciência na escrita, talvez por alguma imaturidade, este romance não chega a competir com os grandes romances.

Adoro Afonso Cruz! Mais uma história linda, cheia de poesia. Que prende. E o final... assustador. É sempre muito difícil ultrapassar os finais de Afonso Cruz. São dias e dias a pensar neles e remoem dentro de mim. Aconselho!!!!!

Adoro este autor, já li quase todos os livros dele. O meu primeiro livro foi “O Cultivo de Flores de Plástico” e desde aí fiquei rendida à escrita dele. Fica complicado dizer algo, pois fico sempre sem palavras… escrita simples, linda, diferente. Mais do que a história é a escrita que nos envolve, fascina, frases que nos fazem parar, pensar, sentir e muitas vezes sorrir.

A primeira vez que vi a capa do livro, fiquei logo com a pulga atrás da orelha. Quando li o resumo, o facto de abordar a CIA e o Jazz fez com que essa pulga que estava atrás da orelha passasse a bichinho curioso. Desconhecia por completo o autor, mas com o que li dele neste livro posso garantir, será um dos grande nomes da literatura nacional. Logo na primeira página, o leitor é "sugado" para uma história muito bem escrita por Afonso Cruz. É um balancear entre a CIA e o Jazz e da realidade com o imaginário. O suspense está muito bem construído e o final deixa qualquer leitor de boca aberta. Um final de arrepiar!

Um romance especial com personagens únicas que aborda, com lirismo, a força e influência da música, a dor da perda, a iminência da morte e as marcas físicas das nossas dores psicológicas. Tristan e a morte que o segue, Dresden que coxeia porque o seu amigo lhe morre em cima do pé, Clementine e o latim, Gould e a sinestesia, são todos inesquecíveis e inundam-nos o peito e o real, escapulam-se para fora das páginas do livro com toda a facilidade. Parabéns mais uma vez Afonso Cruz.

Os sentimentos que desperta ao longo da leitura, a genialidade com que constrói e descreve as histórias das personagens e a ligação com a filosofia, levando-nos a colocar questões sobre o que nos rodeia e o que faz sentido faz com que este seja mais um livro imperdível do autor.