Engano
de Philip Roth; Tradução: Francisco Agarez
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ISBN: | 9789722051316 |
Editor: | Dom Quixote |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 156 x 234 x 15 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 199 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789722051316 |
Uma ´traição´ escondida na minha estante
Helder Raimundo
O ‘homem’ é acusado de misoginia, vaidade, anti-semitismo e muitos epítetos mais. Entre a espada da crítica e a parede do Nobel que nunca ganhou (pelo menos em vida) Philip Roth é um escritor amaldiçoado, e querido por uma elite de leitores. Talvez eu esteja neste grupo, pois a heterodoxia política e cultural sempre me obrigou a ações e leituras menos evidentes ou esperadas. O romance «Deception» de 1990, editado no ano seguinte pela Bertrand em português com o título «Traições», estava escondido na minha estante, comprado em 26 de julho de 2007 na FNAC, à espera de tempo e paciência para ser lido. A construção dos diálogos é exímia e prende o leitor de imediato, levando-o rapidamente para o final, sem preocupações que não seja a de contar uma boa história de amor, mesmo que invulgar, entre dois amantes que dissecam as suas e as vidas dos outros. Se toda a ficção é autobiografia, Roth é o padrão que orienta, ou por via dos nomes judeus das personagens (ele que também o era), ou pelas frases retumbantes que só dão razão ao que se disse lá acima. Como nos casos do adultério, que só pode ter um dos elementos a queixar-se de dissabores, senão não haveria tempo para viver a história (p. 44). Ou o que diz a Lolita amante que ia para a cama com ele: “imagine, eu só tinha vinte e um anos” (p. 52). O homem afinal sabia do que escrevia!
Conversas
Juliana
Adoro isto! É uma leitura extremamente inteligente. Tem diálogos absolutamente geniais. Philip Roth reinventa-se a cada romance que escreve. Os seus romance são peças únicas. Era muito engraçado ver este romance adaptado ao teatro.
Engano(s)
Isabel Teixeira
Livro para ler num fôlego, poucas páginas, fluido e com o humor expressivo e certeiro de Roth. Além do óbvio "Engano" implícito no adultério, há o "Engano", ou pelo menos a dúvida, sobre o livro dentro do livro, se a amante existe no universo do narrador /personagem ou se até neste universo é personagem da personagem; tudo ao estilo das matriochkas eslavas, como as personagens secundárias que compõem o universo feminino deste livro, fazendo-nos interrogar sobre quantas mulheres, quantas amantes, qual efectivamente o "Engano". Muito bom.
Um livro de "conversas"
José Adolfo Lagugas Coelho
Sim, é um livro de conversas, nas quais todos os temas e assuntos se encontram, desde as relações, o sexo, as doenças, os problemas, os enganos... Os diálogos desenrolam-se a um ritmo tal e com um toque de mistério da condição humana tão crú por vezes, que dá ao leitor (a mim deu-me) a impressão de estar presente no lugar e no momento, à espera de saber o que se segue. Nada é supérfluo ou desnecessário. Mas uma pergunta continua a pairar - quem engana quem?
Um livro feito de episódios de filme
Ana Isabel Mendes
Um livro que não obedece aos princípios "clássicos" do romance, se é que isso se pode dizer... Sob a forma de fotogramas em jeito de flashbacks, o autor vai apresentando episódios da vida de várias pessoas, com destaque para o envolvimento dos protagonistas, um escritor e uma mulher em crise conjugal. Inicialmente um pouco confusa, a teia de relações entre as personagens e das suas intenções só se vai desvendando com o avançar da leitura.