Balada de Amor ao Vento
de Paulina Chiziane
Saiba mais sobre preços e promoções consultando as nossas condições gerais de venda.
Saiba mais sobre preços e promoções consultando as nossas condições gerais de venda.
DATA PREVISTA DE ENTREGA
A data prevista de entrega pode ser alvo de alterações e recálculos, nos seguintes cenários não exclusivos: caso o pagamento não seja efetuado de imediato; o cliente altere a sua encomenda; exista uma diferença na disponibilidade de um artigo; necessidade de um pagamento suplementar; entre outros.
Pode consultar a data prevista de entrega da sua encomenda no último passo do checkout e confirmar a mesma nos detalhes da encomenda a partir da área de cliente
EM STOCK
PRÉ-LANÇAMENTO
DISPONÍVEL
OFERTA DE PORTES
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789722128155 |
Editor: | Editorial Caminho |
Data de Lançamento: | agosto de 2016 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 135 x 210 x 12 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 176 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789722128155 |
Bom momento
C.Correia
Estava muito curioso com este livro e em conhecer a autora. Gostei bastante, um livro que aborda de forma muito cativante a sociedade moçambicana, seus costumes e tradições. Conseguimos perceber o papel da mulher e as dificuldades que enfrenta nesta sociedade. A história é lindíssima.
Interessantíssimo
Ana Rita Ramos
Sarnau, mulher sofrida e que fez sofrer, luta e desiste e volta a lutar por amor. Foi mulher do rei, mas era Mwando quem amava. É-nos dada a imagem dos colonos brutos e sem escrúpulos, dos escravos tratados como nada, das mulheres que vivem na poligamia e de como isso as faz sentir. Sarnau é a representação de África.
CANTEI PARA TI BALADAS DE AMOR AO VENTO
FGS
Acolá, para além das ervas murchas e dos matagais queimados pelos raios do Sol inclemente, em tempos em que a Cidade de Lourenço Marques ainda alargava as suas apreensões sobre as águas esverdeadas do Rio Save, a derreter-se na copa do cajueiro… Mas isto aqui é outrora, quando os guardiões das antigas tradições se reuniam em conselhos da aldeia, a discorrerem sobre as vicissitudes da vida, proferindo maus presságios para aquele que não possuísse a sabedoria do céu, num atropelo de pormenores tão azedos quanto trovejantes e desdenhosos, quando, na outra margem do rio, pouco depois o lusco-fusco vestir a capulana engomada de seda que já não mais protege dos espíritos maus, os defuntos se encontram com os habitantes das trevas ao pé do imbondeiro, bem antes de os nhamussoros virem de noite esculpir outros bordados nas nuvens, reavivar as labaredas remelosas das fogueiras adormercidas, deixando os relâmpagos da ira abusarem das machambas viçosas e férteis na planície verde e esboaçarem a fúria dos homens pelos ares. Pois esta balada de amor ao vento tem o tecido áspero de uma jornada através os rituais de feitiçaria e as artimanhas dos curandeiros, com as suas aragens de superstições, suas rajadas de cobiça, onde os Muzimos conversam com a alma dos mortes, reanimam as vozes dos maus-olhados e preparam qualquer partida para se vingarem dos instigadores. Rituais fúnebres, traição, desgraça, dúvidas, afastamento. A poligamia soprando o bafo do infortúnio, como se fosse o resgate a pagar para se livrar dos amores defeitos e da honra raptada. Como dizer-vos a verdade ? Uma relação estreita e genuína entre os seres humanos e a natureza. Será que na viagem ao reino de além, a chuva também caíra em catadupas de felicidade ?...