Balada de Amor ao Vento
de Paulina Chiziane
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Sobre
o Livro
Sinopse
Sarnau e Mwando protagonizam esta estória de amor. Da juventude à idade madura, com eles percorremos os dias, os meses, os anos, os encontros e os desencontros, a dolorosa separação, o desespero, o sofrimento e a alegria, as lágrimas e os sorrisos.
Opinião
dos leitoresDetalhes
do Produto
Balada de Amor ao Vento
ISBN
9789722128155
Editor:
Editorial Caminho
Idioma:
Português
Dimensões:
135 x 209 x 11 mm
Encadernação:
Capa mole
Páginas:
176
Tipo de Produto:
Livro
Classificação Temática:
Livros em Português
> Literatura
> Romance
Sarnau, mulher sofrida e que fez sofrer, luta e desiste e volta a lutar por amor. Foi mulher do rei, mas era Mwando quem amava. É-nos dada a imagem dos colonos brutos e sem escrúpulos, dos escravos tratados como nada, das mulheres que vivem na poligamia e de como isso as faz sentir. Sarnau é a representação de África.
Acolá, para além das ervas murchas e dos matagais queimados pelos raios do Sol inclemente, em tempos em que a Cidade de Lourenço Marques ainda alargava as suas apreensões sobre as águas esverdeadas do Rio Save, a derreter-se na copa do cajueiro… Mas isto aqui é outrora, quando os guardiões das antigas tradições se reuniam em conselhos da aldeia, a discorrerem sobre as vicissitudes da vida, proferindo maus presságios para aquele que não possuísse a sabedoria do céu, num atropelo de pormenores tão azedos quanto trovejantes e desdenhosos, quando, na outra margem do rio, pouco depois o lusco-fusco vestir a capulana engomada de seda que já não mais protege dos espíritos maus, os defuntos se encontram com os habitantes das trevas ao pé do imbondeiro, bem antes de os nhamussoros virem de noite esculpir outros bordados nas nuvens, reavivar as labaredas remelosas das fogueiras adormercidas, deixando os relâmpagos da ira abusarem das machambas viçosas e férteis na planície verde e esboaçarem a fúria dos homens pelos ares. Pois esta balada de amor ao vento tem o tecido áspero de uma jornada através os rituais de feitiçaria e as artimanhas dos curandeiros, com as suas aragens de superstições, suas rajadas de cobiça, onde os Muzimos conversam com a alma dos mortes, reanimam as vozes dos maus-olhados e preparam qualquer partida para se vingarem dos instigadores. Rituais fúnebres, traição, desgraça, dúvidas, afastamento. A poligamia soprando o bafo do infortúnio, como se fosse o resgate a pagar para se livrar dos amores defeitos e da honra raptada. Como dizer-vos a verdade ? Uma relação estreita e genuína entre os seres humanos e a natureza. Será que na viagem ao reino de além, a chuva também caíra em catadupas de felicidade ?...