Luanda, Lisboa, Paraíso
de Djaimilia Pereira de Almeida
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Chegados a Lisboa, Cartola e Aquiles descobrem-se pai e filho na desventura. Até que num vale emoldurado por um pinhal, nas margens da cidade mil vezes sonhada pelo velho Cartola, encontram abrigo e fazem um amigo. Será esta amizade capaz de os salvar?
«Se o entendimento entre duas almas não muda o mundo, nenhuma ínfima parte do mundo é exactamente a mesma depois de duas almas se entenderem.»
Luanda, Lisboa, Paraíso, o segundo romance de Djaimilia Pereira de Almeida, é o balanço tocante de três vidas obscuras, em que esperança e pessimismo, desperdício e redenção, surgem lado a lado.
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789896655914 |
Editor: | Companhia das Letras |
Data de Lançamento: | outubro de 2018 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 146 x 231 x 16 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 240 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789896655914 |
Um livro que surpreende
Cláudia Santos
O livro Luanda Lisboa Paraíso teve em mim um efeito pedagógico. Era uma obra que queria ler já há algum tempo. Devo dizer que a primeira metade do livro me fez pensar nas decisões que tomo, muitas vezes irrefletidas e muitas vezes também para agradar. Não estava a gostar nada do livro. A história não me dizia nada. Muitas vezes pensei em desistir. Estive dois dias de costas voltadas com ele. Mas eu não podia deixar as coisas assim. Desistir, desta vez, não podia ser a palavra de ordem. E insisti. Aprendi que nem sempre devemos dar por perdido aquilo que está só a meio. E aprendi a crescer com estas personagens, que deram tudo de si para que a história se desenrolasse. Acho que o intuito e a mensagem deste livro é mesmo essa. Nunca desistir. Lutar. Ainda que num lugar que nos deixe desconfortáveis. Foi essa a grande lição que aprendi com o Cartola. Um livro que custa, mas que cria, a partir da nossa experiência, a história que estávamos à espera de ler.
Uma realidade invisível
Maria João
Este livro transporta-nos para uma realidade próxima de nós mas geralmente escondida, aproximando-nos das dificuldades que enfrentam pessoas que parecem invisíveis. Muito bem escrito, com grande sensibilidade, sem dúvida vale a pena descobrir esta grande escritora.
Magnífica narrativa
Maria D.
“Luanda, Lisboa, Paraíso” foi o meu primeiro contacto com a autora. Personagens bonitas, escrita com palavras cuidadas e muito intensa. Pronta para ler o próximo livro de Djaimilia Pereira de Almeida.
Surpreendentemente
Luísa B
Foi o primeiro livro que li da autora e gosrei muito. Uma história que nos faz lembrar uma família que todos conhecemos, uma família que vem de uma ex-colónia para Porugal.
Excelente
R. T.
É meu primeiro contacto com a escritora e estou realmente a gostar. Pretendo ler outros títulos dela.
Deixar Luanda para o Paraíso
Manuela Cunha
Quantos Aquiles e quantos Cartolas aterraram em Lisboa ou noutras cidades do mundo? E foram enterrando a sua existência passada, num vagar triste, doloroso e belo? História de superação, sobre vínculos, sobre a amizade, sobre sobreviver numa desgraça esperançosa do que poderá vir. Sobre deixar um lugar mesmo sabendo que isso foi partir para sempre. É sobre viver para enterrar vidas.
O Romance do Portugal Pós-Colonial Multi-Cultural
Sheila Pereira Khan
Se há um romance que nos permite ver por dentro da questão multi-cultural e pós-colonial em Portugal, este é, sem dúvidas, aquele que nos vai ficar na língua para sabermos que para soletrar algumas palavras, é necessário que elas aconteçam como vivências reais e concretas, e não apenas como discursos líricos e diplomáticos. Este romance ensina devagar o sabor amargo da solidão, das margens e da ausência de um olhar no futuro. Enfim, um romance belo.
A esperança é (mesmo) sempre a última a morrer
Susana
A história de uma família angolana unida pela esperança e separada pela doença, primeiro, depois pela falta de tudo. É uma leitura belíssima, que conjuga a esperança como fio condutor durante toda a narrativa (e talvez a "tábua" a que nos agarramos para segurar as lágrimas) com a realidade brutal, grotesca, tão deserta de caminhos fáceis que se apresenta aos personagens. Pontuado pelas cartas que Cartola troca com Glória ao longo dos anos, e nas quais está refletida a intensidade da tão presente e já referida esperança, este livro mostra uma realidade que escapa a quem vive na mesma Lisboa (mesma?), bem ao lado destas famílias sofridas, ignoradas.