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A Luz é Como a Água

de Gabriel García Márquez

editor: Dom Quixote, abril de 2000
Pelo Natal as crianças voltaram a pedir um barco a remos. - De acordo - disse o pai -, compramo-lo quando voltarmos a Cartagena. Totó, com nove anos, e Joel, com sete, estavam mais decididos do que os pais julgavam. - Não - disseram eles em coro. - precisamos dele já e aqui. - Para começar - disse a mãe -, aqui não há água para andar de barco, só há a do chuveiro. Tanto ela como o marido tinham razão. Na casa de Cartagena de Índias tinham um pátio com um molhe dando para a baía, e uma doca para dois grandes iates. Em contrapartida, ali em Madrid, viviam apertados no quinto andar do número 47 do Paseo de la Castellana.
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Março ilustrado

As ilustrações trazem novas perspetivas sobre as letras. Há muito que procurar por imagens num livro deixou de ser visto como algo que faz quem não se quer empenhar muito na leitura. Hoje, mais do que nunca, os livros ilustrados ultrapassam a categoria do infantil, tornam-se obras de arte e são até movimento nas redes sociais. O #marçoilustrado é uma trend no Instagram, iniciativa promovida pelos perfis de divulgação literária Na cama com os livros e Silvéria Miranda. Por aqui, acompanhamos a febre da ilustração com três sugestões de peso.



FLUSH Não é a conhecida escritora inglesa a narradora deste livro, nem nenhuma das suas densas personagens. Aqui ninguém vai comprar flores, mas ossos são de certeza bem-vindos. Somos conduzidos através da narrativa por Flush, o cocker spaniel da poetisa inglesa Elizabeth Barreth, um cão que tem tanto de humano quanto de adoravelmente animal.
Pelas suas impressões, conhecemos a casa da jovem Elizabeth, o seu recolhimento no quarto, onde se envolve em leituras e não só. Flush chega à sua vida para lhe fazer companhia, mas cedo passa a ser a personagem principal da casa, afetuoso, ciumento e com uma personalidade bastante estruturada! São muitas as aventuras em que se envolve o nosso cachorrinho, levando-o aos bairros mais perturbadores de uma Londres profundamente desigual, onde as diferenças entre as classes sociais são autênticas escarpas a dividir as ruas.
É claro que Woolf consegue muito mais do que dar-nos as impressões de um cão sobre a sua vida. Através dos comentários caninos e das suas engraçadas mas pertinentes reflexões, Virginia Woolf leva-nos através de uma parte importante da vida de Elizabeth Barreth e traça um retrato da sociedade inglesa da altura.
Nesta mais recente edição da Livros do Brasil, as ilustrações de Iratxe López de Munáin devolvem-nos a ternura e a vivacidade do mundo visto por um amigo de quatro patas. A conjugação não poderia ser melhor. VER MAIS »







  O CRESPOS Todos conhecemos algum senhor que está no café do bairro sempre que lá vamos. São geralmente personagens algo apagadas, talvez pelo próprio ambiente, pelo barulho da máquina de café, tapados pelo vaivém de casacos e corpos que se acotovelam para chegar às mesas. Se pensarmos nesse tal homem que todos conhecemos (e alguns até lhe saberão o nome), vemos que dificilmente lhe conseguimos dar as suas feições corretas, na nossa mente, de tanto que já se confundem com a mesa e a cadeira, quase sempre as mesmas, o jornal aberto por muito tempo na mesma página e as piadas dos empregados do café, que lhe falam naquele misto de carinho e brincadeira.
Neste livro, o senhor é o Crespos e o café é a sobejamente conhecida Brasileira, em Lisboa. O Crespos senta-se naquela exata cadeira da mesma mesa há trinta e quatro anos, seis meses e sete dias, durante uma hora, das catorze às quinze. As pessoas reconhecem-no, como uma certa rotina expectável, dada como certa. E quando essa certeza não acontece? Há um dia em que algo muda. Será que o Crespos não vai à Brasileira? Será que vai e se senta noutra mesa?
Um dos aspetos mais interessantes do livro escrito por Adolfo Luxúria Canibal e ilustrado por José Carlos Costa é precisamente mostrar-nos a invisibilidade do quotidiano, num mundo em constante turbilhão, onde quase nunca nos vemos uns aos outros, mesmo que nos sentemos perto uns dos outros. VER MAIS » AS AVENTURAS DE ABDI Não associamos a escrita de livros infantis ilustrados à rainha da música pop. Podemos lembrar-nos de Madonna por muita coisa, mas de certeza que, mesmo para os mais fãs entre nós, as histórias infantis não são o que nos vem mais rapidamente à cabeça. Mas, surpresa das surpresas, também por aqui andou Madonna. A camaleónica artista começou o milénio com a ideia de levar aos mais miúdos uma série de histórias, cinco no total, que acabaram por ser editados em mais de cem países e traduzidos para trinta idiomas.
Este, o quarto volume da série, traz-nos as As Aventuras de Abdi. Nele encontramos um rapaz que vive num país imaginado, num tempo passado do qual já se perdeu a memória. Facto comum a várias histórias do género é a orfandade de Abdi. Quem o cria é um irmão mais velho, Eli, dono de uma ourivesaria numa terra com muita areia, encantadores de serpentes e montanhas no horizonte. A ourivesaria de Eli, conhecida em todo o mundo, atrai a mais variada espécie de clientes, que a procuram para que vejam as suas pedras preciosas transformadas em belas joias. Um dia, recebem a mais importante das encomendas: entregar um valioso colar à rainha daquelas terras. A partir desta premissa, desenvolve-se uma história cujo desenlace guarda um ensinamento necessário aos mais novos, o do valor da honestidade. Madonna inspirou-se numa história judaica com mais de trezentos anos e contou com as ilustrações dos pintores Andrej Dugin e Olga Dugina. VER MAIS »

A Luz é Como a Água

de Gabriel García Márquez

Propriedade Descrição
ISBN: 9789722018111
Editor: Dom Quixote
Data de Lançamento: abril de 2000
Idioma: Português
Dimensões: 204 x 282 x 8 mm
Encadernação: Capa dura
Páginas: 28
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789722018111
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
e e e e e

Livro curto e lindo

Filipa

Livro com ilustrações muito bonitas e história muito original e bonita.

Gabriel García Márquez

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1982

Escritor colombiano nascido a 6 de março de 1927 em Aracataca, um pequeno entreposto do comércio de bananas. Desde logo deixado ao cuidado dos seus avós, um coronel na reserva, ex-combatente na guerra civil, e uma apaixonada pelas tradições orais indígenas, estudou na austeridade de um colégio de jesuítas.
Terminando os seus estudos secundários, ingressou no curso de Direito da Universidade de Bogotá, mas não o chegou a concluir. Fascinado pela escrita, transferiu-se para a Universidade de Cartagena, onde recebeu preparação académica em Jornalismo. Publicou o seu primeiro conto, "La Hojarasca", em 1947. No ano seguinte, deu início a uma carreira como jornalista, colaborando com inúmeras publicações sul-americanas. No ano de 1954 foi especialmente enviado para Roma, como correspondente do jornal El Espectador mas, pouco tempo depois, o regime ditatorial colombiano encerrou a redação, o que contribuiu para que Márquez continuasse na Europa, sentindo-se mais seguro longe do seu país.
Em 1955 publicou o seu primeiro livro, uma coletânea de contos que já haviam aparecido em publicações periódicas, e que levou o título do mais famoso, "La Hojarasca". Passando despercebida pelo olhar da crítica, a obra inclui contos que lidam compassivamente com a realidade rural da Colômbia.
Em 1967 publicou a sua obra mais conhecida, o romance "Cien Años De Soledad" ("Cem Anos de Solidão"), romance que se tornou num marco considerável no estilo denominado como realismo mágico. Em "El Otoño Del Patriarca" (1977), Márquez conta a história de um patriarca, cuja notícia da morte origina uma autêntica luta de poder.
Uma outra obra tida entre as melhores do escritor é "Crónica De Una Muerte Anunciada" (1981, "Crónica de uma Morte Anunciada"), romance que descreve o assassinato de um homem em consequência da violação de um código de honra. Depois de "El Amor En Los Tiempos De Cólera" (1985, "Amor em Tempos de Cólera"), o autor publicou "El General En Su Laberinto" (1989), obra que conta a história da derradeira viagem de Simão Bolívar para jusante do Rio Magdalena. Em 2003, as Publicações D. Quixote editam, deste autor, "Viver para Contá-la", um volume de memórias de Gabriel García Márquez onde o autor descreve parte da sua vida.
Gabriel García Márquez foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1982.
Morreu a 17 de abril de 2014, aos 87 anos, em sua casa na Cidade do México, ao lado da mulher Mercedes e dos seus dois filhos.

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