Sidónio - Ele Tornará Feito Qualquer Outro

Livro 1

de José Brandão
editor: Publicações Alfa, abril de 1991
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Sidónio - Ele Tornará Feito Qualquer Outro

de José Brandão

Propriedade Descrição
ISBN: 9789726260271
Editor: Publicações Alfa
Data de Lançamento: abril de 1991
Idioma: Português
Dimensões: 192 x 137 x 19 mm
Páginas: 228
Tipo de produto: Livro
Coleção: Testemunhos Contemporâneos
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Outras Formas Literárias
EAN: 9789726260271
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
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A morte de Sidónio

José Brandão

E quanto ao sidonismo e à morte de Sidónio, que mais se pode dizer? No que respeita ao homem que assassinou Sidónio País as coisas também não serão muito claras. Libertado, em 19 de Outubro de 1921, por um grupo ligado à revolta da Noite Sangrenta, só muito mais tarde José Júlio da Costa voltará a ser preso, e desta vez para sempre. Um indivíduo chamado António Maria Fernandes, morador no Bairro de Alfama, decidira dar caça ao matador de Sidónio Pais. Na posse de um salvo-conduto passado pelo Ministério do Interior, que lhe permitia, se necessário, requisitar o auxílio da Guarda Republicana, este ignorado funcionário público pôs-se a percorrer o País e, depois de ter estado em Garvão e no Algarve, consegue saber que José Júlio da Costa se encontrava numa pensão para os lados de Matosinhos, para onde se dirige, acompanhado de um irmão de Júlio da Costa. Na sexta-feira, 14 de Janeiro de 1927, o prédio onde se situa o Hotel e Café Central de Matosinhos está cercado pela Guarda Republicana e o proprietário, Alberto Midões, não terá muitas dúvidas em resolver o assunto, entregando José Júlio da Costa aos seus captores. Na manhã de sábado, Júlio da Costa segue preso para Lisboa num compartimento reservado numa carruagem de segunda classe, e, ao chegar à Estação de Entrecampos, deixa tudo espantado com o seu aspecto trôpego e extravagante. Curvado, pálido, com uma mão no bolso, vestindo um sobretudo engelhado, por detrás do qual se vê um colete branco e uma camisa alaranjada, a completar com um chapéu alvadio amarrotado e umas botas amarelas, José Júlio da Costa é metido num carro celular, que segue em direcção à Avenida Duque de Ávila, para depois tomar o caminho do quartel de Caçadores, em Campolide. À frente vai uma companhia da GNR a cavalo e atrás segue outra. O homem que comanda esta operação chama-se Agostinho Lourenço. Fora governador civil de Leiria no tempo de Sidónio e era agora chefe da Polícia Política que a ditadura do Estado Novo começava a ensaiar. Às oito horas da noite de 28 de Janeiro de 1927, José Júlio da Costa dá novamente entrada na Penitenciária de Lisboa, vindo a morrer louco, 19 anos depois, no dia 16 de Março de 1946, no manicómio Miguel Bombarda, em Lisboa, referindo a sua certidão de óbito que se tratou de morte por «esquizofrenia».

SOBRE O AUTOR

José Brandão

José Brandão nasceu em Algés, Oeiras, em 14 de Março de 1948.
Em 1969 foi para a tropa com mobilização para a guerra em Moçambique de onde regressou em finais de 1971.
Virá a ser preso pela PIDE em princípios de 1973 acusado de pertencer a uma organização ligada ao PCP, a ARA.
Ligado ao mundo sindical e político, adere em 1979 às teses da UGT e do PS atingindo lugares de relevo nestas organizações.
Actualmente encontra-se sem qualquer filiação política ou sindical.
Tem uma vasta série de artigos publicados entre 1983 e 1995 em jornais como o Expresso, Diário de Notícias e o Diário de Lisboa.

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