Regresso a Casa
SINOPSE
O novo livro de José Luís Peixoto fala-nos das quatro paredes de uma casa - e de todas as suas recordações em tempo de pandemia. Evoca a solidão, o isolamento, as portas fechadas, mas também a solidariedade das recordações: a mãe, o pai, os aromas, a família, a aldeia, o amor. Há espaço para a recordação da infância como para a peregrinação pelo mundo inteiro, como um Ulisses em viagem perpétua, rodeado de objetos próximos e voltado para dentro, para o lugar onde se regressa sempre: a casa.
«As estantes são ruas. Os livros são casas onde podemos entrar ou que podemos imaginar a partir de fora. Há livros que visitámos e há livros onde vivemos durante certas idades, conhecemos cada uma das suas divisões, trancámo-nos por dentro.
Fomos jovens durante tantos capítulos mas, de repente, um dia, apercebemo-nos de que restavam cada vez menos páginas entre o polegar e o indicador.»
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«A poesia de José Luís Peixoto está voltada para o dia a dia, para o nosso real e para
a sua disponibilidade, que é onde apenas as coisas são encontradas.»
Fernando Guimarães, Jornal de Letras
DETALHES
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789897227059 |
Editor: | Quetzal Editores |
Data de Lançamento: | agosto de 2020 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 129 x 200 x 9 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 120 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Língua Comum |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Poesia |
EAN: | 9789897227059 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
OPINIÃO DOS LEITORES
Escritas de afeto
A. Pereira
José Luís Peixoto nunca desilude. A sensibilidade é tão à flor do coração que as palavras fluem como rios mansos que nos deixam apaziguados com a vida, com os nossos amores.
Um aperitivo
Maria Santos
Aquela poesia solta, perfeita para pequenas horas horas de pausa. Aquela companhia de momento. Muito agradável. Da poesia à prosa, um autor que cativa.
Nova realidade
Viriato Dias
Palavras pensadas por muitos e escritas por um ... perfeito
Regresso a casa
Marcia
Este livro do escritor José Luís Peixoto é puro amor. Amor mesmo nos pequenos detalhes como, por exemplo, a sua capa, tão simples e tão bonita. Amor que nos foi entregue em poemas, no meio da pandemia. Que conseguiu mostrar a beleza da vida, mesmo em tempos tão difíceis. “Regresso a Casa” permitiu que eu regressasse a minha própria casa, às minhas raízes, em outro país. Fez com que eu me lembrasse de muitos momentos da minha vida. Foi uma verdadeira viagem literária, inclusive pelas minhas lembranças.
Gostei muito
Ana Ré
Mais um bom livro de poemas de um dos melhores escritores português.
ACTUALIDADE DA POESIA
Marco Grassano
O livroi foi escrito durande a clausura do novo Covid. O autor soube sacar disso versos profundos e actuais. Vai ficar como testemunha deste ano tao complicado. Para ler e guardar...
Regresso às origens
João S.
O congratulante regresso de José Luís Peixoto à poesia após mais de uma década. Um retrato sentimental e intimista (sempre intrinsecamente ligada a toda a obra de JLP) muito consentâneo com os tempos que estamos a viver. Sem dúvida que recomendo.
O regresso intimista de José Luís Peixoto à poesia
Ana Isabel Vieira
Em "Regresso a Casa" encontramos uma partilha de reflexões e sentimentos. Muitos deles despoletados pela quarentena. Oferece-nos poemas sobre a vida: as origens, a família, o amor, a saudade, as viagens, os livros e, claro, a pandemia que nos assola. Com uma qualidade ímpar, mais uma vez, José Luís Peixoto escreve sobre a sua história e a sua realidade, que tem tantos pontos em comum com a realidade de todos nós. Costuma dizer que as vivências pessoais são indissociáveis da sua escrita. E eu penso que é exatamente isso que o torna tão bom Escritor. Claro que há imaginação e ficção nos seus livros. Como ele refere: "Todos os reflexos distorcem, até o deste espelho. A minha história, contada por mim, não é a minha história." Mas creio que há também verdade, simplicidade e muito de si em tudo o que escreve. Há uma partilha genuína de um caminho feito desde Galveias, passando sempre por lá. E é talvez isso que vai prendendo os leitores. Já disse que a cada livro sinto que conheço mais dele, ao mesmo tempo que conheço mais de mim, porque me vou identificando com aspetos de um quotidiano comum. Neste livro descobri ainda que o Times Literary Supplement definiu o seu talento como uma "extraordinária forma de interpretar o mundo". E estou totalmente de acordo. A sua base é o mundo, a realidade que o rodeia, que é exposta em livro à luz dos seus olhos. Mais um livro para ler e reler!
Muito muito bom.
Ana Ribeiro
A poesia do José Luís Peixoto foge um pouco da poesia clássica, ou seja, não rima. Por isso, é um género de poesia que inicialmente se estranha, mas que, facilmente se entranha, principalmente porque o autor aborda frequentemente questões do dia-dia que é uma característica da sua escrita. Confesso que, pessoalmente, até gosto mais assim, sem rimas. Adorei o livro e só não o devorei no dia em que o recebi, porque quis prolongar um bocadinho a leitura, caso contrário tê-lo-ia terminado. Foi um "Regresso a Casa" tão bom e reconfortante. Adorei todos os poemas e a forma como aborda os temas no entanto, tenho que destacar alguns poemas que me tocaram particularmente: todos os poemas do capítulo Bibliografia, principalmente o poema sobre o livro "Morreste-me" (é difícil ficar indiferente), o poema de homenagem à mãe, está lindíssimo. O poema em que apresenta o João e o André ao pai, tocou-me profundamente. O poema “No 25º andar do Hotel Yanggakdo”. O poema “As estantes são ruas…” e o poema “Entro com a minha mãe no quintal da nossa casa”. Estes são só alguns dos meus preferidos. Se apreciam o trabalho do autor e gostam de poesia, é um livro que vos recomendo. Muito, muito bom.