10% de desconto

Jóquei

de Matilde Campilho
editor: Tinta da China, maio de 2014
15,90€
10% DE DESCONTO CARTÃO
EM STOCK -
RECOMENDADO PELO PLANO NACIONAL DE LEITURA
ATÉ AS RUÍNAS PODEMOS
AMAR NESTE LUGAR

Lembro-me muito bem do tal cantor basco
que costumava celebrar a chuva no verão
Não ligava quase nada para as conspirações
que recorrentemente se faziam ouvir
debaixo das arcadas noturnas da cidade
naquela época do intermezzo lunar
Foi já depois do fascismo, um pouco antes
da democracia enfaixada em magnólias
O cantor, as arcadas, o perfume e os disparos
me ensinaram que se deve aproveitar a época
de transição para destrinçar o brilho
As revoluções sempre foram o lugar certo
para a descoberta do sossego:
talvez porque nenhuma casa é segura
talvez porque nenhum corpo é seguro
ou talvez porque depois de encarar uma arma
finalmente possa ser possível entender
as múltiplas possibilidades de uma arma.


AVARANDADO

Quarta nota para
a manhã infinita:

Afinal o grande amor
Não garante nada mais
Do que as 12 graças
Desdobradas pelos
Corredores do mundo
Agora isso é mais
Do que suficiente
E apesar dos bofetões
Do tempo invertido
Apesar das visitas
Breves do pavor
A beleza é tudo
O que permanece.

«Jóquei, o primeiro livro de poemas de Matilde Campilho, é um álbum de Verão. Um Verão de todas as estações, transatlântico, luso-brasileiro na topografia Rio-Lisboa, com um português em dupla nacionalidade e dupla grafia, coloquial e feliz, saudoso e complicado. Os poemas, em verso e prosa, assemelham-se a climogramas, medem atmosferas e temperaturas. Contam muitas vezes histórias de trintões com a coragem de adolescentes, meninos e meninas em mergulhos desmedidos e destemidos, com deslumbramentos e desapegos, amores mercuriais, ternuras e enigmas. Isto são poemas, diz-se a dado passo, mas de que fala um poema? De tudo: botecos e viagens, Eliot e o «Financial Times», a vibração de um corpo humano e um emblema da Federação Uruguaia de Esgrima. Entusiasta e inventivo, «Jóquei» recorre a diminutivos e hipérboles, a enumerações e anáforas, a uma imagética fulgurante e a bastantes referências herméticas, quase sempre para nos garantir que «esta coisa da alegria ainda vai dar muito certo». É uma crónica (ou crônica) do achamento, que descobre um novo mundo numa antiga língua comum.»
— Pedro Mexia

Jóquei

de Matilde Campilho

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896712136
Editor: Tinta da China
Data de Lançamento: maio de 2014
Idioma: Português
Dimensões: 146 x 197 x 10 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 144
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Poesia
EAN: 9789896712136
e e e e e

vento de verão

Rui Vieiro

matilde campilho, apresenta-nos poesia e prosa, que não pede licença por ter chegado, instala-se, e nós de supressa vamos ficando página após página. uma novidade e um prazer, muito bom.

e e e e E

O Verão em poemas

Manuela Cunha

Poemas a saber a água de côco, mergulhos no mar, amores e desamores e uma língua só, ainda que metro seja bem diferente de metrô. O "Veleiro" e "Um coração que mora dentro do olho do Jaguar". Porque sim. E, no fim de contas, haverá diferenças entre a poesia e um alfinete na imaginação? Assim, o li.

e e e e e

Meteorito

VLPM

Um meteorito, como já outros escreceram. Não nos escapas, Matilde, tu e o Tomás, no pingue-pongue dominical, das ondas hertzianas. Obrigado pelo alimento. Recomendo, muitíssimo.

e e e e e

Um pé cá, outro lá...

J. P.

Mais do que uma ponte criou-se um túnel entre o fado e o samba, no interior dele brota como árvore híbrida a poesia de Matilde, que é de um realismo adocicado, como há muito não se via no contexto da poesia em língua portuguesa...

e e e e E

Excelente

Ana Bastos

Esta obra de Matilde Campilho veio alterar para sempre o conceito de poesia. Ana

e e e e e

Genial

Ana Torres

Dos melhores livros de poesia lidos nos últimos tempos.

e e e e E

Refrescante!

Gabriel Carvalho

Com referências jovens, da sociedade global, da melhor poesia lusófona, dos autores portugueses ao calor brasileiro, os sons da poesia de Matilde Campilho são justamente uma novidade a não perder.

e e e e e

Fado de Roda

GT

Excelente descoberta.Matilde Campilho traz um novo sotaque e ritmo à poesia portuguesa.

e e e e e

Jóquei

Leonor

Este Jóquei da Matilde Campilho, é poesia muito pop; é contemporâneo, simultâneamente urbano e intimista, feito de amigos, espaços que se sentem do som ao cheiro. Há memórias, há homenagens a poetas, há o purple rain do prince, há Portugal e o Rio atravessados por uma paisagem intimista que é só da Matilde. Há tudo o que faz da poesia um lugar de estar bem, com a pitada de desafio que nos obriga sempre a uma leitura mais atenta. Há aquele ritmo balançante do português que tropeça na maneira única de dizer que vem do Brasil, todo ele quente e feito de palavras lá deles. É adorável. Não o consigo largar.

e e e e e

Soberbo

GT

A maior surpresa na poesia portuguesa dos últimos anos.A escrita de Matilde Campilho é fresca e rompe as barreiras entre Portugal e Brasil.Vivamente recomendada a sua leitura.

SOBRE O AUTOR

Matilde Campilho

Matilde Campilho nasceu em Lisboa, em 1982. O seu primeiro livro, Jóquei, saiu em 2014, pela Tinta-da-china, e foi entretanto editado no Brasil e em Espanha. Publicou textos em diversas revistas nacionais e internacionais: Granta, New Observations, Berlin Quarterly, Bat City Review, Prima, The Common, St. Petersburg Review, Luvina, GQ. Tem um programa de rádio na Antena 3. Vive e trabalha em Lisboa.

(ver mais)

DO MESMO AUTOR

Flecha

10%
Tinta da China
17,90€ 10% CARTÃO

QUEM COMPROU TAMBÉM COMPROU

Já não me deito em pose de morrer

10%
Porto Editora
15,50€ 10% CARTÃO

Ver no Escuro

10%
Tinta da China
12,90€ 10% CARTÃO