Os Vencidos da Vida
de Ilsa Prigogine, Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão e J. P. Oliveira Martins
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INCLUI TEXTOS INÉDITOS DE EÇA DE QUEIROZ E RAMALHO ORTIGÃO
Todos os Autores: António Cândido, Bernardo de Pindela, Carlos Lobo de Ávila, Conde de Ficalho, Conde de Sabugosa, Eça de Queiroz, Fialho de Almeida, Guerra Junqueiro, Manuel da Silva Gaio, Mussy, Oliveira Martins, Ramalho Ortigão
Dizia Fialho de Almeida, criticando com azedume os Vencidos: “Dúzia e meia de ratões que, quando juntos, o que pretendem é jantar; depois de jantar, o que intentam é digerir; e digestão finda, se alguma coisa ao longe miram, tanto pode ser um ideal, como um water-closet.”
Disparava Eça de Queiroz, numa resposta à «ressoante publicidade que a imprensa erguia em torno do grupo jantante»: “O que é estranho não é o grupo dos Vencidos — o que é estranho é uma sociedade de tal modo constituída que no seu seio assume as proporções de um escândalo histórico o delírio de onze sujeitos que uma vez por semana se alimentam.”
“Num meio estreito de ideias, intolerante e preconceituoso, enredado em miúdos prejuízos — os Vencidos encarnavam a largueza de vistas, a tolerância generosa, a independência crítica, à luz da razão clarividente.”
Manuel da Silva Gaio, 1931
Eça de Queiroz
Para um homem, o ser vencido ou derrotado na vida depende, não da realidade aparente a que chegou — mas do ideal íntimo a que aspirava. Se um sujeito largou pela existência fora com o ideal supremo de ser oficial de cabeleireiro, este benemérito é um vencedor, um grande vencedor, desde que consegue ter nas mãos uma gaforina e a tesoura para a tosquiar, embora atravesse pelo Chiado cabisbaixo e de botas cambadas.
Ramalho Ortigão
Uma vez apaixonado, o português é um enfermo, é quase um irresponsável. Perde a faculdade de estar alegre e de estar atento. Torna-se estúpido e sombrio. Devora-o um ciúme permanente, e para o alimentar promove ele mesmo toda a espécie de crises: mexerica, intriga, mente, calunia; e, para que verdadeiramente ele se convença de que exprimiu ao objecto amado o sentimento que este lhe inspirou, precisa de lhe ter batido.
Oliveira Martins
A viagem terminou. O regresso, desgraçado, deu connosco em Alcácer-Quibir. Trocara-se a capa pelo capelo, e sem capelo, e sem capa, nu, calvo, anquilosado, Portugal caduco, arrastando-se, com a face carregada de aflições e a barba esquálida, passou a amargurar uma vida de misérias, esbofeteado pelo mundo, escarnecido pelas nações formigas que, de celeiros cheios e mãos na ilharga, diziam com petulância a esta nação cigarra, como se diz na fábula: Cantaste? pois dança agora! E fomos dançando uma dança macabra.
Carlos Lobo de Ávila
O país compreende e sente o mal que a politiquice e os politiqueiros lhe têm feito, e por isso assiste com indiferença, se não com tédio, às manobras e às lutas estéreis em que consumimos o melhor do nosso tempo e da nossa actividade. (…) O tira-te tu para trepar eu é sempre a fórmula que inspira os nossos políticos, e por isso o país, o verdadeiro país, que paga e que trabalha, se afasta cada vez mais de nós, deste pequenino grupo, que nos supomos donos disto tudo, e que afinal nos agitamos esterilmente no círculo estreito das nossas pequeninas rivalidades e das nossas mesquinhas ambições.
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789729975769 |
Editor: | Fronteira do Caos |
Data de Lançamento: | fevereiro de 2006 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 151 x 220 x 19 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 232 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Outras Formas Literárias |
EAN: | 9789729975769 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |