Os Conferencistas do Casino
SINOPSE
Paladinos da liberdade de pensamento e do estudo fundamentado dos problemas, pugnaram pela regeneração política e moral, recusando-se a aceitar Portugal como «um mundo escuro, pobre, inerte, sem invenção e sem costumes, mergulhado no torpor e na indiferença».
Disse Eça de Queiroz, n’As Farpas de Junho de 1871, a propósito das Conferências do Casino e do seu encerramento intempestivo: Nós queremos a revolução feita serenamente no domínio das ideias e da ciência, primeiro, ? depois pela influência pacífica duma opinião esclarecida e inteligente…
Possa esta edição ajudar a reavivar a memória dessa revolução tentada e até hoje ainda não cumprida.
EXCERTOS
ANTERO DE QUENTAL
"Finalmente, do espírito guerreiro da nação conquistadora, herdámos um invencível horror ao trabalho e um íntimo desprezo pela indústria. Os netos dos conquistadores de dois mundos podem, sem desonra, consumir no ócio o tempo e a fortuna, ou mendigar pelas secretarias um emprego: o que não podem, sem indignidade, é trabalhar!"
AUGUSTO SOROMENHO
"Mais tolerantes do que, porventura, lho permitiam as próprias leis religiosa e civil, os árabes concederam aos cristãos, mediante o djizyeh, regerem-se pelas instituições e leis que possuíam, governarem-se pelos magistrados de eleição própria, e celebrarem nos templos e fora deles todos os actos do seu culto. Nem um só facto atentatório desta liberdade sem exemplo nos transmitiu a história…"
EÇA DE QUEIROZ
"O que um pequeno número de jornalistas, de políticos, de banqueiros, de mundanos decide no Chiado que Portugal seja ? é o que Portugal é. Se um grupo amanhã decidir que Portugal seja turco — através do país inteiro todos os chapéus altos, todos os chapéus desabados, todos os cocos, todos os barretes de varino, tenderão lentamente mais ou menos a tomar a forma de turbante."
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ADOLFO COELHO
"A lenda de que o princípio da sabedoria para cada indivíduo analfabeto está na aproximação de um mestre (…) e na iniciação aos mistérios do ABC, essa lenda fecha os olhos de muita gente à mais palpitante realidade, tornando-lhe impossível ver que o povo analfabeto tem as suas artes, indústrias, saber, a sua educação e até a sua pedagogia reduzida a preceitos."
DETALHES
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789729975721 |
Editor: | Fronteira do Caos |
Data de Lançamento: | novembro de 2005 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 135 x 209 x 20 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 224 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Outras Formas Literárias |
EAN: | 9789729975721 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
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