Oblomov Livro
de Ivan Alexandrovitch Goncharov; Tradução: António Pescada
Sobre
o LivroIlliá Ilitch Oblomov, membro da velha aristocracia latifundiária, é um preguiçoso. Habituado, desde a mais tenra idade, a uma corte de criados que lhe satisfaziam todos os desejos e necessidades, agora, trintão, é incapaz de fazer seja o que for. Passa os dias na cama, enrolado num velho roupão, rebolando de um lado para o outro, enquanto traça grandiosos planos de exploração agrícola que nunca põe em prática. A Oblomov contrapõe-se Stoltz, o enérgico, vigoroso e empreendedor alemão, seu amigo de infância, que procura salvá-lo do atavismo em que mergulhou.
No entanto, e malgrado os seus esforços, o apelo do sono suplanta qualquer vontade de viver e Oblomov acaba mesmo por trocar o seu grande amor pelo conforto do colchão. Este romance é um épico da preguiça, uma epopeia da pantufa, e Oblomov, uma personagem grandiosa digna de figurar entre as maiores criações literárias, como Ulisses, D. Quixote ou Fausto.
Um excelente livro, de uma excelente coleção coordenada por Ricardo Araújo Pereira.
O bom e o mau da perguiça, descrito aqui de uma forma maravilhosa. O que acontece quando a perguiça não tem limites?... A resposta está neste livro, é só ler. Muito bom.
Se durante as férias nos sentimos um pouco mais lentos, mais demorados e com pouca vontade de realizar tarefas pendentes, esta é a obra ideal para encontrarmos o nosso par perfeito, o Oblomov. A máxima deveria ser "Porquê fazer hoje se podes deixar para amanhã?" Ainda que cause alguma indignação, a alguns, este estado de total inércia, a verdade é que esta personagem nos traz um belo sorriso que dura mais de 600 páginas. É obra!
Num texto de fácil leitura, o autor consegue um retrato crítico da nobreza russa do séc. XIX. Uma grande obra que merece leitura atenta.
Não conseguirei fazer justiça a este livro. Uma obra-prima. Oblomov originou uma palavra: Oblomovite. O alcance que um livro pode ter na sociedade e na língua! Uma das grandes personagens russas. Uma sátira à indolência dos grandes latifundiários, ao declínio da aristocracia no auge das reformas agrícolas na Rússia. Uma sátira social também muito bem feita e excelente de ler.