O Labirinto da Saudade

Psicanálise Mítica do Destino Português

de Eduardo Lourenço

Livro eBook
editor: Gradiva, abril de 2001
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Somos, enfim, quem sempre quisemos ser. E todavia, não estando já na África, nem na Europa, onde nunca seremos o que sonhámos, emigrámos todos, colectivamente, para Timor.

É lá que brilha, segundo a nova ideologia nacional veiculada noite e dia pela nossa televisão, o último raio do império que durante séculos nos deu a ilusão de estarmos no centro do mundo. E, se calhar, é verdade.

O Labirinto da Saudade

Psicanálise Mítica do Destino Português

de Eduardo Lourenço

Propriedade Descrição
ISBN: 9789726627654
Editor: Gradiva
Data de Lançamento: abril de 2001
Idioma: Português
Dimensões: 135 x 211 x 9 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 184
Tipo de produto: Livro
Coleção: Obras de Eduardo Lourenço
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Ensaios
EAN: 9789726627654
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
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O Labirinto da Saudade

Rui Pinto

Uma excelente fotografia da portugalidade, que inclui negativo e tudo, tirada por um filósofo de quem Portugal se deve orgulhar.

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um retrato nacional

Eduardo

Uma obra que traça a silhueta deste nosso Portugal com um detalhe por vezes desconhecido ou simplesmente ignorado. Sem dúvida, uma obra essencial, que penetra profundamente no âmago do país que tomamos por lar e o examina minuciosamente, deixando um retrato, que perdura e perdurará, com certeza, muito além das brumas do tempo.

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Manual da Portugalidade

Joana

Sem dúvida a mais profunda reflexão sobre o que é ser Português.

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Portugal de outros tempos...

MB

Este livro faz-nos viajar a um Portugal de outros tempos, outros costumes, outras visões e outros pensamentos. Pondo a nu os defeitos e as virtudes de um povo. Desconstruiu todo um passado até chegar ao cerne do nosso código genético, fê-lo como ninguém até então o tinha feito. Um livro que todos deviam ler! Para que nunca se esqueça a memória de um Homem, um Filosofo e um Mestre

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Outros tempos

AF

Bela ida a outro Portugal... Outros tempos, outro modo de pensar, outra visão. Necessário a perceber nossa terra e nosso povo.

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Um Clássico

Angelo

Eduardo Lourenço apresenta-nos Portugal e os Portugueses numa perspectiva que até então ninguém o tinha feito. Portugal, fruto de quase um milénio de história, criou em si um povo único cheio de virtudes mas, também, cheio de defeitos, ambos são abordados nesta obra pelo maior pensador de Portugal do último ´seculo.

e E E E E

Até ao Socialismo final.

João Correia

Livro que pensa Portugal de uma forma enviesada. Com muitas referências e um rumo ideológico que vai sempre dar ao Socialismo. Redutor.

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Parte da história de Portugal

Emanuel Mourão

Um ensaio que entrança história e crítica, tornando-se parte de uma história maior da literatura, da língua e assim da saudade e do nosso saudoso Portugal.

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Um Mestre, acima de tudo um grande Português!

Rafael Oliveira

Sábio, Mestre, Beirão, Filósofo, Criador, a mais esclarecida carne pensante sobre a consciência e a inconsciência do imaginário de ser português...e da sua relação com o Mundo. “Como foi possível um país tão pequeno ter tido um percurso tão extraordinário?” Faleceu no 1.º de Dezembro. Uma coincidência simbólica. E para quem gostava de "filosofar" sobre este povo no extremo ocidental da Europa. Eduardo Lourenço (São Pedro de Rio Seco, Almeida, 23 de Maio de 1923 — Lisboa, 1 de Dezembro de 2020),

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Um mergulho na alma portuguesa

Pedro Saldanha

Forma como o autor desconstroi a alma portuguesa é, no mínimo, fascinante.

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O nosso código genético descortinado

Alexandre Rodrigues Luís

Uma escrita que descortina a nossa personalidade como portugueses enraizados num misticismo a que chamamos saudade. Um livro que nos desconstrói e nos leva a refletir sobre o que fomos, somos e o que queremos ser. Mais cedo ou mais tarde, um livro que passará pelas nossas mãos!

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Opinião & Certezas

Joaquim Quintas

Uma infinidade de tempo e espaço, revelando a nossa efémera revelando a nossa identidade como povo.

Eduardo Lourenço

Ensaísta português (23 de maio de 1923, em S. Pedro de Rio Seco, Almeida - Lisboa, 1 de dezembro de 2020), formado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Universidade de Coimbra, onde foi professor entre 1947 e 1953, lecionou depois em várias universidades, como a da Baía, no Brasil, e nas Universidades de Hamburgo, Heidelberg, Montpellier, Grenoble e Nice. Fixando residência em Vence, lecionou, até à sua jubilação, na Universidade de Nice.
Tendo marcado durante cinquenta anos, com especial ressonância no pós-25 de Abril, o pensamento português, a voz de Eduardo Lourenço exerce um profundo e consensual fascínio sobre a intelectualidade portuguesa, surpreendendo pela "capacidade de ser portador de um olhar sempre diferente e inquietante sobre os problemas de que se ocupa", espantando pela "pluralidade de interesses, a imensidão de uma cultura que não se entrincheira em redutos de erudição, o jogo ilimitado das referências" (cf. COELHO, Eduardo Prado - "Eduardo Lourenço: Um Rio Luminoso", in A Mecânica dos Fluídos, Lisboa, INCM, 1984, p. 280).
Próximo da geração neo-realista, à qual nunca deixaria de dedicar um sério trabalho de reflexão, voltado quer para a especificidade da sua poética (Sentido e Forma da Poesia Neo-Realista, Lisboa, 1968), quer para o estudo dos sobreviventes dessa geração (cf. por exemplo, os vários estudos sobre Vergílio Ferreira, coligidos em O Canto do Signo, Lisboa, Presença, 1994), quer ainda pelas análises de conjunto sobre o fenómeno da afirmação na literatura contemporânea dessa geração que baptizou como "geração da utopia" (cf. ibi., ensaios como "A Ficção dos Anos 40"), pelo seu espírito de isenção e de abertura, tornou-se, após a publicação, em 1949, de Heterodoxia I, uma figura incómoda face às duas forças ideológicas em que se dividia o país: o catolicismo conivente com o regime salazarista e o marxismo, ao defender uma noção de heterodoxia que equivale à aceitação da pluralidade de "ortodoxias".
No início dos anos cinquenta, o nome de Eduardo Lourenço surge associado ao projeto Árvore, em cujo número inaugural publicou o ensaio "Esfinge ou a Poesia", onde apresenta uma conceção de poesia como Esfinge diante da qual o poeta procura "danadamente uma autêntica face de homem, uma existência em busca de uma essência", definindo-a como "a resolução que damos à história, aos encontros, às promessas de cada vez que consentimos descer das palavras às dificuldades dos atos. Ou subimos dos atos à corola mágica das palavras com que os arrancamos à certa desolação do tempo e da morte." ("Esfinge ou a Poesia"). Esta função gnósica atribuída à palavra poética determinará a defesa, nos vários estudos críticos e literários publicados ao logo da década de 60, alguns deles na revista O Tempo e o Modo, de que a crítica só faz sentido "esposando simultaneamente a vida e a morte que na sucessão das obras se configura e lendo uma na luz da outra, sem pretender jamais que está em seu poder outra coisa que dizer com atraso, mas o mais claramente que lhe é possível, o discurso inexpresso da Obra". (O Tempo e o Modo, Maio-Junho de 1966, ensaio coligido in O Canto do Signo, Lisboa, Presença, 1994, p. 46). Este respeito pelo caráter trágico da crítica, conjugado com uma invulgar erudição, capaz de colocar em diálogo tradições literárias e culturais diversas, com a capacidade de, sem trair a textualidade, perseguir a errância (ibi., p. 68) do texto, da sua produção até ao imaginário, individual e coletivo, que simultaneamente reflete e constrói, elevou-o, desde a publicação, em 1957, do ensaio O Desespero Humanista de Miguel Torga até ao recente O Canto do Signo. Existência e Literatura, como orador e como escritor, a um dos expoentes máximos do ensaísmo literário e cultural contemporâneo, estatuto unanimemente reconhecido, por exemplo, na atribuição de vários prémios nacionais e internacionais (Prémio PEN Clube, 1983; Prémio Europeu de Ensaio Charles Veillon, 1988; Prémio Camões e Prémio D. Dinis, 1996; Prémio Virgílio Ferreira, pela Universidade de Évora, 2000; condecoração francesa da Legião de Honra, 2002; Prémio Extremadura a la Creación, 2006; Prémio Extremadura para a Criação, 2006; Premio Fernando Pessoa, 2011).
Em complementaridade com o trabalho de crítica literária, o ensaísmo de Eduardo Lourenço revela uma particular preocupação na análise das autognoses coletivas que a cultura literária e artística espelham, reflexão que, desde O Labirinto da Saudade até Poesia e Metafísica, examinando "as imagens que de nós mesmos temos forjado", culminaria com uma interrogação sobre o destino português, não só no modo como ele é percecionado nas obras e no nome de alguns dos seus vultos mais representativos (Camões, Antero e, sobretudo, Pessoa), mas, de forma mais abrangente, em volumes como Portugal Como Destino Seguido de Mitologia da Saudade (1999), sobre o modo como esse destino é miticamente sobredeterminado. Considerando, do exterior (português fora de Portugal), o destino português, Eduardo Lourenço consegue, neste último volume, fazer concorrer todo o seu saber (histórico, filosófico, literário), para formular, no fim de século, sem qualquer intuito doutrinário, uma imagem imparcial do ser português, na sua singularidade e universalidade, espelho, onde, observando-se, pode conhecer-se e aceitar-se "tal como foi e é, apenas um povo entre os povos. Que deu a volta ao mundo para tomar a medida da sua maravilhosa imperfeição." (Portugal Como Destino Seguido de Mitologia da Saudade, Lisboa, Gradiva, 1999, p. 83).

Eduardo Lourenço. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011.

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