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Novas Cartas Portuguesas

(Edição Anotada)

de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta
Livro eBook
editor: Dom Quixote, novembro de 2010
24,90€
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«Reescrevendo, pois, as conhecidas cartas seiscentistas da freira portuguesa, Novas Cartas Portuguesas afirma-se como um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril (denunciando a guerra colonial, o sistema judicial, a emigração, a violência, a situação das mulheres), revestindo-se de uma invulgar originalidade e actualidade, do ponto de vista literário e social. Comprova-o o facto de poder ser hoje lido à luz das mais recentes teorias feministas (ou emergentes dos Estudos Feministas, como a teoria queer), uma vez que resiste à catalogação ao desmantelar as fronteiras entre os géneros narrativo, poético e epistolar, empurrando os limites até pontos de fusão.»
Ana Luísa Amaral in «Breve Introdução»
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Maria Teresa Horta, uma vida de luta e entrega, pela força das palavras

Escritora, jornalista, poetisa e, sempre, uma corajosa lutadora pela liberdade e pelos direitos das mulheres (já na ditadura, quando era perigoso sê-lo), Maria Teresa de Mascarenhas Horta Barros morreu hoje, 4 de fevereiro de 2025, em Lisboa, cidade onde nasceu em 1937, a 20 de maio. Tinha 87 anos e uma vida marcada pela força das palavras, que há muito conquistou um lugar inabalável na literatura portuguesa. Recordamos a sua vida e obra.   Descendente, pelo lado materno, de uma família da alta aristocracia portuguesa, neta em 5º grau da célebre poetisa Marquesa de Alorna, Maria Teresa Horta frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo integrado o grupo da Poesia 61 e sido a primeira mulher dirigente de um clube de cinema, o ABO Cine-Clube. Já como militante ativa nos movimentos de emancipação feminina, foi jornalista n’A Capital e dirigiu a revista Mulheres.
A sua estreia na na escrita aos 23 anos, com Espelho Inicial, foi o início de uma obra prolífica de poesia, romances e contos. Ao longo da sua carreira literária, recebeu diversos prémios de destaque. Nos últimos anos, foi distinguida com o Prémio Autores 2017 na categoria de Melhor Livro de Poesia por Anunciações, a Medalha de Mérito Cultural atribuída pelo Ministério da Cultura em 2020, o Prémio Literário Casino da Póvoa em 2021 pela obra Estranhezas e, em 2022, foi condecorada pelo Presidente da República com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.
Os portugueses recordá-la-ão como uma das “Três Marias”, por ter sido coautora de Novas Cartas Portuguesas, uma obra revolucionária num país fechado ao mundo. Maria Teresa Horta expandiu os horizontes deste “jardim à beira-mar plantado”. Explore, connosco 4 das suas principais obras.

Minha Senhora de Mim Em abril de 1971, a editora Dom Quixote publicou Minha Senhora de Mim, o nono livro de poesia de Maria Teresa Horta, na coleção «Cadernos de Poesia». A obra, composta por 59 poemas, inspirava-se na tradição das cantigas de amigo medievais, utilizando a literatura canónica para desafiar o status quo. O conteúdo erótico e a poderosa voz feminina incomodaram a ditadura.
Pouco depois, a 3 de junho, o regime salazarista ordenou a busca e apreensão do livro, retirando-o de todas as livrarias do país e ameaçou Snu Abecassis, a proprietária da editora,de que a Dom Quixote seria encerrada se voltasse a publicar qualquer obra de Maria Teresa Horta.
A repressão não ficou por aí. A PIDE perseguiu a escritora, e três agentes chegaram mesmo a agredi-la violentamente na rua. Indignada com a esta brutal repressão, a sua escritora e amiga Maria Velho da Costa diz-lhe: «Se uma mulher sozinha causa toda esta confusão, este burburinho. Este escândalo, o que aconteceria se fôssemos três?». Estava decidido: juntar-se-iam também à escritora Maria Isabel Barreno e iriam, pela escrita, abanar o regime e lutar pela liberdade de expressão. A resposta viria com toda a força e pouco tempo depois, e tinha um nome: Novas Cartas Portuguesas. COMPRO NA WOOK! » Novas Cartas Portuguesas Publicado em abril de 1972, Novas Cartas Portuguesas foi escrito em coautoria por Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa. Inspirado nas célebres cartas de amor atribuídas à freira Mariana Alcoforado, o livro tornou-se um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril, denunciando a Guerra Colonial, a repressão às mulheres, a emigração forçada, o sistema judicial persecutório e a violência fascista.
A obra, editada pelos Estúdios Cor sob a direção de Natália Correia, foi banida pelo regime, que instaurou um processo judicial às três autoras, acusadas de terem escrito uma obra de «conteúdo insanavelmente pornográfico e atentatório da moral pública». O processo, que ficaria conhecido como o julgamento das "Três Marias", teve início a 25 de novembro de 1973 e arrastou-se até 7 de maio de 1974, já após a Revolução do 25 de Abril, o que resultou na sua anulação. A censura e repressão que sofreu geraram protestos internacionais – apoiadas por figuras como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras – tornando esta obra um símbolo da luta pela liberdade de expressão e pelos direitos das mulheres.
Além do seu impacto político e social, Novas Cartas Portuguesas destacou-se ainda pela sua originalidade literária. Ao fundir diferentes géneros – narrativo, poético e epistolar – e desafiar convenções, a obra mantém-se atual. Em dezembro de 2023, a BBC incluiu Maria Teresa Horta na sua lista das 100 mulheres mais influentes e inspiradoras do mundo, destacando o impacto do livro e descrevendo-a como «uma das feministas mais proeminentes de Portugal e autora de muitos livros premiados». COMPRO NA WOOK! » Eu Sou a Minha Poesia Eu Sou a Minha Poesia é exatamente isso: Maria Teresa Horta no seu estado mais puro. Nesta antologia, a própria autora escolheu os poemas que considera essenciais no seu percurso, que começou nos anos 60 e continua tão vivo e ousado como sempre.
A sua poesia nunca foi de meias palavras. Feminista, erótica, de intervenção e resistência, desafia regras, dá voz ao desejo e questiona os limites impostos à mulher. Os temas que aborda continuam atuais, e a sua escrita mantém-se afiada, brincando a sério com os tabus da sociedade e explorando territórios onde a autoridade e a liberdade se enfrentam.
Esta antologia mostra como ler Maria Teresa Horta é entrar num universo onde o feminino é força, coragem e afirmação. Cada verso é um grito de liberdade, um desafio à obediência, um ato de rebeldia transformado em poesia. COMPRO NA WOOK! » A desobediente Desde cedo, Maria Teresa Horta conheceu a dor e o abandono. Filha de um dos mais conceituados médicos de Lisboa e de uma mulher livre e destemida, descendente dos marqueses de Alorna, cresceu entre o brilho dos salões da capital e as sombras de uma infância marcada por perdas e cicatrizes. Ainda pequena, enfrentou a morte de perto, sobreviveu às depressões da mãe e chegou a engolir uma carta para a proteger. Os castigos foram duros e injustos, deixando marcas que nunca desapareceram. A separação dos pais, figuras intensas e complexas, foi mais uma batalha que teve de enfrentar.
Mas terá sido esse sofrimento que a levou à poesia? Terá sido essa infância turbulenta que despertou nela a voz rebelde que a tornaria uma das “Três Marias”? Maria Teresa Horta nunca aceitou regras impostas. Envolveu-se por acaso com o PCP, mergulhou na política antes e depois do 25 de Abril, e construiu uma história de luta e paixão. Poetisa, mãe, mulher intensamente ligada a Luís de Barros, escritora premiada – ainda que tardiamente reconhecida, recusando, por fidelidade aos seus princípios, algumas distinções –, Maria Teresa Horta é, acima de tudo, uma voz indomável. Nesta biografia, Patrícia Reis, romancista e biógrafa experiente, dá-nos a conhecer essa mulher que fez da palavra a sua arma, com a sensibilidade e profundidade. COMPRO NA WOOK! »

Novas Cartas Portuguesas

(Edição Anotada)

de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta

Propriedade Descrição
ISBN: 9789722040112
Editor: Dom Quixote
Data de Lançamento: novembro de 2010
Idioma: Português
Dimensões: 156 x 236 x 29 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 464
Tipo de produto: Livro
Coleção: Autores de Língua Portuguesa
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Epístolas e Cartas
EAN: 9789722040112
e e e e E

Deveria ser obrigatório mas depois já nao seria tão bom de ler

Susana Fernandes

Este livro lê-se aos poucos, porque é muito intenso e ainda à frente do seu tempo e do nosso tempo. Estas mulheres autoras, merecem mais reconhecimento pelo papel interventivo e fundamental que tiveram e ainda têm ( com cada nova leitura exercem a sua influência) nas pessoas que as lêm. è impossivel ficar indiferente ao que é narrado neste livro. Por favor comprem este livro e leiam-no!

e e e e E

À frente do seu tempo

António Fidalgo

Gostei e atendendo à época em que foi escrito, era muito avançado

e e e e e

Tão bom quanto polémico

Leitora como tu

Um livro fundamental, que apresenta os fragmentos pioneiros dos estudos feministas em Portugal. Uma verdadeira obra prima.

e e e e e

Reconhecimento

Maria

Desde miúda que conheço a expressão “as três marias” mas só recentemente fiquei a saber a sua origem. Quanto mais sabia sobre esta obra e sobre a forma como foi escrita maior a minha curiosidade, comprei o livro e não me desiludi. O que mais me impressionou foi o contrassenco entre o impacto que teve fora de Portugal, na altura em que foi publicado, em especial os movimentos de apoio às autoras, e a desatenção dada em Portugal, mesmo décadas depois do fim do regime. Ainda bem que já é recomendada pelo Plano Nacional de Leitura.

e e e e e

Retrato de uma época

Tiago Dias Silva

Livro muitíssimo interessante que revela a condição da mulher no Estado Novo, a influência da Igreja Católica e a realidade da Guerra Colonial. Obra de leitura obrigatória.

e e e e e

Indispensável

JR

Uma obra indispensável da literatura portuguesa do século XX. O recente falecimento de uma das autoras levou-me a finalmente procurar este livro e não posso recomendá-lo o suficiente. Uma escrita extraordinária e um retrato da mulher portuguesa que todas/os deveriam ler.

e e e e e

uma prosa de poesia

Vítor Tomás

Três nomes da nossa literatura e num tempo "fechado" mas desejoso de abertura "construíram" um livro carregado de "poesia". Uma "poesia" que dá força à mulher para lutar contra os valores patriarcais da sociedade portuguesa. Uma "poesia" que nos dá a conhecer as injustiças familiares, políticas e religiosas... Esta é uma obra que contextualiza no tempo, mas que nos confere a certeza que há injustiças que perduram para além dos tempos. Uma leitura obrigatória.

e e e e e

Do bom feminismo

Claudina Diego

Antes de este livro se encaixar na secção de leituras feministas, este livro é em primeiro lugar um livro sobre a liberdade: a liberdade pela expressão sexual e erótica das mulheres!

e e e e e

Novas cartas portuguesas

António Arnaut Duarte

É bom que esta publicação tenha sido colocada à venda pela Wook, para que haja a noção do que três corajosas mulheres sofreram por retratarem situações que sempre existiram, mas que a dita moral da alcova, insistia em esconder. A igualdade de género muito falada hoje à boca cheia por muita gente, custou a essas heroínas a prisão, a perseguição, o trabalho, e o serem apontadas como exemplos a não seguir (para ser soft). Querem passar uma borracha sobre 48 anos de ditadura, mas ainda bem que vai havendo coragem para lembrar que esse passado existiu, infelizmente. Recomendo vivamente a leitura desta obra porque foi escrita sem falsos pudores.

e e e e e

As três marias

Rute Almeidaa

As Novas Cartas Portuguesas revolucionaram a sociedade nacional, ao utilizar uma linguagem aberta e sem censura, ao escrever sobre a sexualidade e ao analisar esta sexualidade do ponto de vista das mulheres. O livro tratou-se de um momento histórico na literatura portuguesa e na história dos feminismos e da luta pelos direitos das mulheres. Foi escrito em tempos de ditadura, num tempo em que as mulheres estavam relegadas ao espaço casa, que não tinham participação política, formação universitária generalizada, ou seja, numa época em que as mulheres não viam os seus direitos concretizado e em que a violência dos homens sobre as mulheres era natural e até legalmente possível em determinadas situações. Neste percurso as autoras lograram enfrentar a sociedade e o Estado, escrevendo sobre a mulher, os seus direitos, a opressão, a violência e a igualdade. Entre textos de uma riqueza literária avassaladora, conseguiram verter uma feroz crítica ao tratamento das mulheres pelos outros e pela lei. Por este motivo foram levadas a julgamento, acusadas de atentado ao pudor e à moral. Perante a notícia do julgamento as três autoras receberam o apoio internacional de várias pessoas (incluindo Simone de Beauvoir) e organizações, pelo que se pode afirmar ter-se tratado da primeira causa feminista à escala global em Portugal. As três Marias como continuam hoje a ser conhecidas, acabaram absolvidas em Tribunal mas apenas e só porque a sentença foi lida poucos meses após o 25 de Abril de 1974. O livro tem pré-prefácio e prefácio escritos por Maria de Lurdes Pintassilgo, que foi Primeira Ministra de Portugal. Nestas introduções à obra, Maria de Lurdes Pintassilgo refere que a obra despretenciosamente consegue direccionar-se a todas as mulheres por cingir a opressão e a violência ao domínio privado do corpo de cada uma, quase que numa perspectiva pós-moderna dos feminismos e da luta pela igualdade. No fundo as autoras abraçam a fórmula de Foucault do corpo como último irredutível. A obra é indispensável não apenas por se tratar do mais importante livro feminista mas também por nos dar uma clara visão da opressão sobre as mulheres e da violência a que estavam votadas e estar escrita num estilo literário absolutamente imperdível para os amantes da leitura.

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