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Eu, Antonin Artaud

de Antonin Artaud; Tradução: Aníbal Fernandes

editor: Sistema Solar, setembro de 2018
Eu, Antonin Artaud, só quero escrever quando já não tiver mais nada para pensar.
— Como alguém que comesse o ventre, os ventos do seu ventre por dentro.

Apresentação Um rosto como este...

ANTES de RODEZ
Em 1933, Antonin Artaud...
O Teatro e a Peste
Em 1781, o italiano Seraffino...
O Teatro de Séraphin

EM RODEZ
Em 23 de Julho de 1937...
O Surrealismo e o Fim da Era Cristã
[A Vida e o Ópio] (carta a Henri Parisot)
O período de Rodez...
[As «Quimeras» de Nerval] (carta a Georges le Breton)

DEPOIS de RODEZ
Em 23 de Maio de 1946...
Alienação e Magia Negra
Quando Antonin Artaud saiu de Rodez...
Carta a Peter Watson
Em Janeiro de 1947...
Carta a André Breton
De 4 a 20 de Julho de 1947...
[O Rosto Humano]
O Teatro e a Ciência
Na obra escrita de Artaud...
[O Homem-Árvore] (carta a Pierre Loeb)
[Os Seres…]

POST SCRIPTUM Quem sou? / de onde venho? / Eu sou o Antonin Artaud, / e se o disser / como sei dizê-lo, / imediatamente / vereis o meu corpo actual / voar em estilhaços / e refazer / com dez mil aspectos / notórios / um corpo novo / onde não podereis / nunca mais / esquecer-me.

Eu, Antonin Artaud

de Antonin Artaud; Tradução: Aníbal Fernandes

Propriedade Descrição
ISBN: 9789898833327
Editor: Sistema Solar
Data de Lançamento: setembro de 2018
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 206 x 11 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 192
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Ensaios
EAN: 9789898833327
Antonin Artaud

Antonin Artaud nasceu em Marselha no dia 4 de setembro de 1896, numa família de ascendência grega, cuja tradição o acabou por influenciar, nomeadamente no que diz respeito ao seu fascínio pelo misticismo. Sofrendo perturbações mentais desde cedo, passou, ao longo de toda a sua vida, várias temporadas internado em asilos.
Adepto do movimento surrealista, Artaud escreveu alguns poemas dentro dessa linha. No entanto, é no teatro que o autor se irá destacar. Estudou interpretação em Paris e fez, em 1921, a sua estreia no Dadaiste-Surréaliste Théâtre de l’Oeuvre. Foi também dramaturgo e, enquanto tal, apresentou uma ideia que não foi compreendida pelo seu tempo, mas que deixou marcas para a posteridade: o "teatro da crueldade".
Com os seus Manifeste du Théâtre de la Cruauté (1932) e Le Théâtre et Son Double (1938), Artaud propõe substituir o teatro clássico pelo "teatro da crueldade", no qual a peça já não é apenas um espetáculo, passando a ser uma união entre os atores e o público através de um exorcismo mágico. Apesar de as teorias de Artaud não terem sido bem aceites pela sua época, foram determinantes, por exemplo, para o Teatro do Absurdo, tendo inspirado autores como Genet, Ionesco e Beckett. Morreu a 4 de março de 1948 em Ivry-sur-Seine.

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