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No Sentido da Noite

de Jean Genet

editor: Sistema Solar, julho de 2012
A primeira crise de esterilidade literária de Jean Genet (1910-1986) — sete anos vazios entre Le Journal du Voleur (1949) e a peça de teatro Le Balcon (1956) — sucede a um período fértil, medido por outros sete anos. De facto, a um poema feito no cárcere em 1942 — Le Condamné à Mort — primeiro anúncio de um grande poeta e de um magnífico transtorno de valores morais desde logo mitificado com a história de uma aposta entre reclusos que lhe estaria na origem, seguiu-se em 1944 o romance Notre-Dame-des-Fleurs (para o qual teve Cocteau de «inventar» uma editora situada em Monte Carlo, anónima, aux dépens d’un amateur), e depois Miracle de la Rose em 1946, Querelle de Brest e Pompes Funèbres em 1947, e ainda Poèmes em 1948 e Journal du Voleur em 1949, quase tudo o que, somado ao seu futuro teatro, nos faz arriscar uma palavra assustadora — génio — para não explicar de todo que aprendizagem (feita onde?, com quem?, para quê?) levou àquela escrita que uma faca, empunhada por um filho de pai incógnito e com uma memória magoada por acusações de roubo, assistências públicas e casas de correcção — obrigada a sonhar-se com delinquências vagabundas em marselhas e barcelonas — riscava com luxo para ferir a literatura e pô-la ao serviço de uma recusa de tudo o que afectasse positivamente a moral burguesa. Com estas histórias de exemplo em subversão pôde perceber-se que uma função da arte — viria ele próprio a dizê-lo assim, textualmente — é substituir a fé religiosa pela eficácia da beleza; e que esta beleza deve ter, pelo menos, a força de um poema, quer dizer, de um crime; e que aos seus livros tecidos com magnificência verbal (a minha vitória é verbal, avisaria também, e devo-a à sumptuosidade das palavras) caberia o papel de servir aquela beleza, e servi-la tão bem que ficassem irrecusáveis de sedução os espelhos onde ela se reflecte, e mesmo que a imagem reflectida confrontasse uma inversão ética do próprio leitor.

No Sentido da Noite

de Jean Genet

Propriedade Descrição
ISBN: 9789898566089
Editor: Sistema Solar
Data de Lançamento: julho de 2012
Idioma: Português
Dimensões: 149 x 213 x 10 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 160
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Ensaios
EAN: 9789898566089
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Genet sobre Genet

Ana Gonçalves

No Sentido da Noite continuamos a viajar pelo universo de Genet muito depois de fecharmos o livro. Isto é Genet sobre Genet; é sexo, é teatro, mas é sobretudo reflexão. Jean Genet volta, nestas páginas, a mostrar a sua genialidade. Recomendado sobretudo para quem já se deixou encantar pelo tal universo de Genet.

Jean Genet

Filho ilegítimo e abandonado pelos pais, Jean Genet nasceu em Paris a 19 de dezembro de 1910.
Com apenas 10 anos foi acusado de roubo e levado para uma instituição destinada a jovens delinquentes. Apesar de inocente, Genet decidiu, devido à falsa acusação, tornar-se ladrão. Assim, passou grande parte da infância e da juventude em instituições para delinquentes, tendo vindo a desenvolver uma crença própria: endurecer-se contra a dor e repudiar um mundo que não o aceitava.
Na década de 1930, Genet viveu em vários países europeus como ladrão, até que, em 1943, depois de ter cumprido uma pena de prisão por roubo, começou a escrever. As suas peças transmitem as suas experiências na prisão, abordando temas como a prostituição, o roubo e a homossexualidade.
Enquanto dramaturgo, Genet tornou-se uma voz importante do teatro do absurdo. A sua obra inclui também vários romances e argumentos de filmes. Morreu no dia 15 de abril de 1986.

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