As Passagens de Paris Livro
de Walter Benjamin; Tradução: João Barrento
Sobre
o LivroHá grandes livros que nunca chegaram a sê-lo propriamente, obras que vivem do inconcluso e do fragmentário, como o Livro do Desassossego ou O Homem sem Qualidades. As Passagens de Paris fazem parte dessa constelação do inacabamento, apesar de terem ocupado intensamente o seu autor durante treze anos, entre 1927 e 1940, e gerado alguns dos grandes ensaios de Walter Benjamin sobre Baudelaire, a arte e a fotografia.
Trata-se de um projecto ambicioso, que propõe uma original leitura histórico-filosófica do século XIX, tomando como referências a evolução histórica e civilizacional de Paris e a obra de Baudelaire como grande paradigma poético desse processo. Em última análise, o projecto das Passagens de Paris acabaria por resultar num grande mar de reflexões e materiais fragmentários por onde navega já o que seria a proto-história do nosso próprio tempo.
Uma tradução maravilhosa de textos fundamentais para a compreensão da estética contemporânea
O livro deste autor permite viajarmos dentro de Paris fora dos locais turísticos e conhecer o que só os locais conhecem.
Um livro incompleto, sem princípio nem fim. Walter Benjamin propõe uma reflexão sobre o seu próprio tempo, através da recolha de pensamentos soltos, citações e imagens. Uma espécie de aleph borgesiano a partir do qual conseguimos compreender todo o tempo. Um marco no plano editorial português.