A Cegueira do Rio
SINOPSE
Esse inesperado episódio despoleta, para além disso, uma série de misteriosos eventos que culminam com o desaparecimento da escrita no mundo. Livros, relatórios, documentos, fotografias, mapas surgem deslavados e ninguém mais parece ser capaz de dominar a arte da escrita.
Os habitantes dessa aldeia são chamados a restabelecer a ordem no mundo, ensinando aos europeus o ofício da escrita e as artes da navegação.
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"Mia Couto, o escritor poeta que recria o mundo, parte de uma matriz que cruza Portugal, Moçambique e a Alemanha para resgatar um passado esquecido como bálsamo de paz para o nosso presente marcado pela guerra.
A 24 de agosto de 1914, num ataque alemão ao posto militar português de Madziwa, Moçambique - junto à fronteira com a então África Oriental alemã -, foram mortos 11 sipaios africanos e um sargento português. A notícia deste assalto, verídico, chegaria a Portugal desta forma: «Na África Oriental: um incidente entre as autoridade alemãs e a administração do Niassa português. Um soldado português fuzilado». Esta notícia telegráfica, cuja frieza espelha o desprezo pelos moçambicanos no exército colonial, é o mote de partida para uma história em que cada vida é vista de dentro, como Mia nos habituou.
O poder, naquela época, era imposto pelos colonizadores: «Agora, os europeus e os árabes instalavam-se na terra dos VaYao como se ela estivesse vazia.
Estendiam uma corda e mediam o que não tem tamanho». A escrita transformou-se num poder e numa forma de representar o mundo que tem donos. Mas há uma reviravolta: a escrita desaparece do Norte do planeta. Os habitantes da aldeia de Madziwa são chamados a restabelecer a ordem, ensinando aos europeus o ofício da escrita e as artes da navegação. Perante esta inversão de papéis, como é que o mundo se irá comportar?
A história torna-se mais viva com as falas das várias personagens. Quando vê o seu amigo morrer, o sipaio Nataniel Jalasi conta: «Devagar, enchi de vazio o peito. Aquele morto respirava agora dentro de mim». Frase a frase, Mia Couto continua a surpreender-nos com significados que nem suspeitávamos existir, e que ganham forma numa história que ficará connosco por muito tempo."
DETALHES
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789722133111 |
Editor: | Editorial Caminho |
Data de Lançamento: | outubro de 2024 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 137 x 213 x 21 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 328 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789722133111 |
OPINIÃO DOS LEITORES
A Cegueira do Rio
Rui Pinto
Mia Couto com a sua escrita única, inconfundível e magistral, mais uma vez o demonstra nesta obra. Um romance histórico, inspirado num acontecimento real, que transmite ao leitor uma perceção muito abrangente sobre o que eram os povos Africanos antes e depois da chegada dos Europeus às suas terras. Mais um livro a não perder, naturalmente.
Cócegas na mente
Nmar
Tenho praticamente todos os livros de Mia Couto, que ainda por cima tem a pontaria de "me presentear" com um novo lançamento sempre na altura do meu aniversário. Mais um livro brilhante, naquele seu escrever "fantabulástico" que o caracteriza. Com imaginação e razão a fazerem cócegas na nossa cabeça. Adoro!
A Cegueira do Rio
Carlos Prata
Mia Couto é um criador e inovador na palavra, mas também um escritor que expressa bem a realidade Moçambicana e por extensão da nossa humanidade.
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