Um Sopro de Vida

de Clarice Lispector
editor: Relógio D'Água, dezembro de 2012
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Neste livro inclassificável, Clarice imagina uma personagem, Ângela Pralini, através da qual entra em conflito consigo mesma para se distanciar de si e evitar o pior dos plágios.
João Cezar de Castro Rocha afirma, na edição brasileira, que os livros de Clarice «se transformam sempre num mergulho no infinito de uma identidade à deriva».
Isso é particularmente válido para Um Sopro de Vida, publicado em 1978. A sua actualidade levou Pedro Almodóvar a escrever, em carta a Benjamin Moser, biógrafo de Clarice Lispector:
«O romance é recheado de frases memoráveis sobre a criação literária e a passagem do tempo, o desespero e a multiplicidade humana, incluindo a necessidade de se falar de si mesmo, a procura por um interlocutor e o facto de se encontrar isso dentro de si mesmo. Quero citar frases dela na edição em livro do argumento de A Pele Que Habito

Um Sopro de Vida

de Clarice Lispector

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896413361
Editor: Relógio D'Água
Data de Lançamento: dezembro de 2012
Idioma: Português
Dimensões: 151 x 232 x 12 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 152
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789896413361

Frases memoráveis

DP

Foi o primeiro livro da escritora e acho que não devia ter começado por este livro, pois a sua estrutura é desafiante. Este livro é uma sucessão de pensamentos dentro de pensamentos...o Eu dentro de mim, diferente (será?) de mim! No entanto, tomei nota de muitas frases! Pensamentos que merecem ser destacados. Frases lindas!

Multidimensões

Maria Simão

Na obra 'Um Sopro de Vida' navegamos nas multidimensões da Vida através da reflexão que elabora e que entrelaça o infinito ao humano como reflexos dum espelho uno e que se visualisam na escrita literária.

Surpreendente

Elsa Graça

Este foi um livro marcante. A construção dos personagens é curiosa. Um livro muito forte, marcante. Ao iniciar a leitura parece que o livro toma conta do corpo, este entra neste livro. É simplesmente extraordinário, com a força de uma vida. recomendo, de todo

INESQUECÍVEL

G. Phalempin

Com um percurso de vida fascinante, C. Lispector consegue descrever o que muitos poucos conseguem: a vida.

ler e saborear

Maria João Costa

É o confronto com o outro lado de nós. Uma viagem que nos coloca na posição da escritora e não queremos que esta viagem acabe.

Trechos marcantes

Juliana Ribeiro

Um livro para apreciar e saborear cada palavra... Citações fantásticas, trechos marcantes... Adoro Lispector!

A vida (ir)respirável

Maria Teresa Meireles

A vida e a ficção, a fricção que ambas propiciam. Um homem e uma mulher que se ficcionam, como quase todos os homens e quase todas as mulheres. E que sobra então? A vida e toda a sua respiração numa inspirada ficção de Clarice Lispector.

Um sopro de vida

Mónica Raimundo

Este livro, bem como toda a escrita de Clarice Lispector é, de facto, "um sopro de vida" para quem gosta de ler e aprecia grandes escritores. Para ler e reler.

SOBRE O AUTOR

Clarice Lispector

Clarice Lispector nasceu a 10 de dezembro de 1920 na Ucrânia, então em vias de integração na URSS. Os pais eram judeus e o seu nome de batismo Chaya Lispector.
A família fora vítima dos pogroms, particularmente intensos a partir de dezembro de 1918. Foi para fugir à devastação da guerra civil que os Lispectors emigraram para o Brasil em 1922, fixando-se primeiro em Maceió e depois no Recife.
Clarice, nome adotado no Brasil, demonstrou um precoce interesse pelas palavras. Dava nomes aos azulejos, às canetas e lápis e inventava jogos de frases para a mãe, paralisada pela doença.
No Recife, Clarice ajudava a família dando explicações de Português e Matemática, roubava rosas e rodeava-se de gatos.
Desde o início, o seu estilo de escrita foi marcado por uma linguagem intimista e uma sintaxe excêntrica. Nos contos que enviava para o Diário de Pernambuco nunca iniciava as histórias por «Era uma vez...».
Foi nessa época que Clarice leu alguns dos autores qua a iriam influenciar, como Machado de Assis e Monteiro Lobato. O Lobo das Estepes, de Hermann Hesse, e Crime e Castigo, de Dostoievski, emocionaram-na.
Em 1933 decidiu ser escritora. «Quando conscientemente, aos treze anos de idade, tomei posse da vontade de escrever - eu escrevia quando era criança, mas não tomara posse de um destino - quando tomei posse da vontade de escrever, vi-me de repente num vácuo.»
A mãe de Clarice faleceu em 1930. Cinco anos depois, a família, em dificuldades económicas, deslocou-se para o Rio de Janeiro.
Depois de ter frequentado uma escola de bairro, Clarice foi admitida na Faculdade de Direito. Era então uma rapariga de cabelos claros, com uma pronúncia estranha e uma insólita beleza.
O pai, Pedro Lispector, faleceu em 1940, de uma banal operação à vesícula. Pouco depois, Clarice iniciou a sua atividade como jornalista na Agência Nacional, onde conheceu o escritor Lúcio Cardoso, por quem se apaixonou e a quem tentou em vão "salvar" da homossexualidade.
Em março de 1942, sob a influência das leituras de Espinosa, Clarice começou a escrever Perto do Coração Selvagem. O livro, publicado em 1943, agitou a literatura brasileira, marcada pelo realismo de Graciliano Ramos, Érico Veríssimo e Jorge Amado.
É então que Clarice Lispector decide casar com um colega de faculdade, Maury Gurgel Valente. Como este seguia a sua carreira diplomática, Clarice deixa o Rio por duas décadas. Separa-se das duas irmãs, afasta-se dos escritores seus amigos e dos leitores. Conhece a monotonia da vida diplomática, primeiro em Nápoles, depois em Berna e Washington.
Clarice teve dois filhos nesse período de afastamento do Brasil. Foi para eles que escreveu livros como A Vída Íntima de Laura e A Mulher Que Matou os Peixes.
Em 1959, separa-se de Maury para poder regressar ao Rio. Continua «luminosa e inacessível» e conhece dificuldades financeiras, apesar de se ter tornado, depois de Laços de Família (1960), A Maçã no Escuro (1961) e A Paixão Segundo G. H. (1964), uma escritora de culto.
A fama chega-lhe através das crónicas do Jornal do Brasil. Mas esse é também um tempo de tragédia. Sofre graves queimaduras num incêndio do seu apartamento e a esquizofrenia do filho mais velho agrava-se.
«Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida», diz em Um Sopro de Vida, a sua última obra.
Dá a sua última entrevista para a televisão em fevereiro de 1977, já gravemente doente. Morre em dezembro desse ano na sua cidade, o Rio de Janeiro.

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