30% de desconto

Um deus passeando pela brisa da tarde

de Mário de Carvalho

Livro eBook
editor: Porto Editora, março de 2013
VER MAIS LIVROS EM PROMOÇÃO i
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.

Lúcio Valério Quíncio é o magistrado de Tarcisis, cidade romana da Lusitânia no século II d. C. Como dirigente máximo, cabe-lhe tomar todas as decisões, enquanto tumultuosos acontecimentos conduzem a pequena cidade ao descontentamento geral. No exterior, notícias de uma invasão bárbara iminente, proveniente do Norte de África, obrigam-no a drásticas medidas, enquanto, no interior das muralhas, uma nova seita, a Congregação do Peixe, põe em causa os valores da romanidade, evocando os ensinamentos de um obscuro crucificado. No plano íntimo, a paixão devastadora por uma mulher, Iunia, perturba-o e confunde-o, mas sem o afastar do cumprimento do dever.

Neste romance em que a ficção se sobrepõe à História, traduzido em nove línguas e galardoado com o Prémio de Romance e Novela da APE, o Prémio Fernando Namora, o Prémio Pégaso de Literatura e o Prémio Literário Giuseppe Acerbi, Mário de Carvalho reconstitui as características culturais, políticas e quotidianas do Império Romano, sem nunca esquecer a «intercessão de certo deus que, nos primórdios, ao que parece, passeava num jardim pela brisa da tarde...»
Novidades Mário de Carvalho

Entrevista a Mário de Carvalho: «A escrita não pode deixar de transformar o mundo»

A obra de Mário de Carvalho (Lisboa, 1944) é uma espécie de língua estrangeira, como diria Proust a propósito dos «belos livros», uma prosa tão peculiar de onde emergem suculentos mundos e imaginários, seja qual for o género em que se expresse. Mas, nesta entrevista, o forasteiro fomos nós. O autor, assumidamente pouco convivial, abriu-nos a porta a uma conversa rica em que partilha memórias e pensamentos sobre a literatura, a vida e o estado de coisas.  Mário de Carvalho é um dos mais importantes e premiados escritores em Língua Portuguesa   «PARA ESCREVER NÃO PRECISO DE CABANAS CHEIAS DE FRINCHAS» A escrita para si é um imperativo de transformação do mundo ou uma experiência essencialmente estética?
«Ó coisas todas vãs todas mudaves», já o escreveu o grande Sá de Miranda. A mudança é da natureza das coisas. E, nessa mudança, também estamos comprometidos (todos nós!), em maior ou menor escala. Os nossos actos entram necessariamente nesse processo de transformação, ainda que possa ser em ínfimo pormenor. «Não te esqueças de que a tua palavra é um acto», dizia Valéry, ao que julgo lembrar-me. Assim, a escrita não pode deixar de transformar o mundo. Nem todos os livros terão a repercussão de «O jovem Werther», que teria induzido milhares de suicídios, nem o alcance social de D. Quixote, passando certidão de óbito a uma instituição já de si debilitada, a cavalaria, mas há sempre qualquer lastro que permanece. Mesmo do autor mais modesto, ignoto e recolhido. Porém, nunca se saberá, à partida, como um livro vai interferir. Irrelevantes são os propósitos do escritor. Mal lhe sai da mão, o livro enceta a sua viagem, por sua conta e risco. E não é raro funcionar exactamente ao contrário do que a ingenuidade do seu autor pretendia. Que é uma «experiência estética» parece-me não haver dúvida. A literatura costuma ser alinhada a par das artes. E os livros são avaliados precisamente em função da sua potencialidade de apelar ao imaginário, seduzir e surpreender, desvendar os lados ignotos da vida, como qualquer obra de arte.

As suas obras são um retrato ao mesmo tempo impiedoso e lúcido de Portugal. Consegue imaginar-se noutra sociedade e noutra cultura?
Já vivi noutras sociedades, embora por não muito tempo. Também faço essa pergunta a mim próprio: Se tivesse continuado na Suécia, por exemplo, seria hoje um autor sueco? No entanto, algo me diz que esta minha língua portuguesa, falada pela mãe, praticada e volteada desde miúdo, em casa e lá fora, com a sua versatilidade e riqueza vocabular, puxa por nós doutra maneira, e muito especial.

Rotina: comodismo ou conforto?
Algumas rotinas são uma forma de manter a vida organizada e sem sobressaltos de maior. Relevam de um desejável sentido prático. Já não tenho idade nem paciência para improvisações, nas pequenas coisas do dia-a-dia. Não vale a pena descobrir o que já está descoberto. Mas pode haver outra rotina perigosa, que não a organizadora do dia-a-dia: a que contamina o próprio texto. E aí teremos o autor a repetir-se ou a caricaturar-se a si mesmo. E dessa há que fugir como o diabo da cruz. Quanto à comodidade, sim. Prefiro estar comodamente instalado. Para escrever, não preciso nem de cabanas cheias de frinchas, nem de sótãos apertados, nem de águas-furtadas. Tenho escritórios, secretárias, espaço, apoio burocrático, e oxalá não me falte o tempo.

Fiz esta pergunta a Luis Sepúlveda e gostaria de lha fazer também: de que ingredientes se faz um bom escritor?
Escrevi um livro (Quem disser o contrário é porque tem razão) que não anda longe da pergunta, a qual suscita, em boa verdade, matéria para muita página. Aqui se o dá por reproduzido. Mas resumamos: muita e variada leitura, porventura esquecida; atenção aos lados ocultos ou clandestinos das coisas; bom ouvido; respeito e frequentação de uma literatura portuguesa que não é de somenos. E a eterna pergunta, sempre a insinuar-se: «e se?».

A versatilidade (escreveu romances, ensaios, novelas, teatro...) faz de si um escritor universal?
A «versatilidade» resulta de eu ser um autor dado à curiosidade. Dá-me para espreitar o que não está à vista. Mudar de registo, de tom, de género. Uma aventura, também vontade de saber. Quanto à chamada «universalidade» releva de outra ordem de considerações. E não me cabe a mim enunciá-las. Os leitores dirão.

Foi um resistente ao fascismo e só regressou a Portugal após a queda de Salazar. De que forma essa experiência moldou o seu ofício?
Tive a oportunidade de conhecer um variado tipo de homens a lidar com as circunstâncias mais difíceis. Também calcorreei outras terras, entre outras gentes. E comprovei como a dignidade humana se pode manter, mesmo em confronto com as situações mais duras, adversas e injustas. O «meu ofício», como sagazmente diz, vive muito destas impressões que são guardadas e trabalhadas no imo mais profundo de nós.

Considerava-se um bom advogado? Lembra-se do dia em que se sentiu preparado para dar o passo seguinte?
Fui um advogado cumpridor. Não me lembro exactamente do dia em que decidi deixar o foro. Foi um abandono lento. Fui aceitando cada vez menos processos. Em dada altura, acabei com os poucos que tinha, subestabeleci em colegas ou finalizei-os – sempre atendendo, claro, aos interesses dos clientes que mos haviam confiado – e decidi aplicar-me sobretudo na escrita, que, desde há algum tempo, já vinha, insistentemente, reclamando o seu espaço.

Publicou o primeiro livro em 1981, mas costuma dizer que só ao décimo livro é que se considerou escritor. Porquê?
Porque tinha (e tenho ainda) os escritores em grande consideração, e promover-me a ser um deles – com a aura que a qualidade de «escritor» trazia em torno – foi uma ousadia que ultrapassou a humildade do meu respeito.   «O frenesim de captação de espectadores (...) atropela e remove tudo o que seja um bocadinho mais elevado»

Como avalia as novas gerações em relação ao consumo de livros e hábitos de leitura?
Conheço jovens que são bons leitores, mesmo grandes leitores, que têm interesse pela literatura e querem sempre ir um pouco mais além. É muito fácil e despachado, para alguém da minha idade, diminuir os jovens de hoje, em comparação com os de outros tempos. Os romanos tinham uma qualificação para esta figura: laudator temporis acti – o louvaminheiro dos tempos passados. É uma constante, pelas eras fora. Lembro-me de um amigo meu, já falecido, a evocar as suas turmas e cursos da juventude (ele era engenheiro) e a concluir como eram escassíssimos aqueles que liam um livro nesses tempos remotos e capitosos, tão falsamente celebrados. Há que ponderar, sem cair em exageros nem catastrofismos.

A escritora Chimamanda Ngozi Adichie defende que, se necessário, devemos pagar aos nossos filhos para lerem – o dinheiro como incentivo até que se crie o hábito. Concorda?
Subornar os miúdos? E isto é dito assim, com todo o despejo? Já agora, na mesma linha de primarismo, porque não obrigá-los ler com – desculpem a expressão – «um bom enxerto de porrada»? Não, isto não vai lá com peitas nem com outro tipo de violências, mas despertando o gozo, o prazer de ler, através de uma presença constante e reiterada do livro (em papel ou digital) na vida de todos os dias.

No Reino Unido, as vendas de livros dispararam com o confinamento. Em Portugal, nunca conseguimos formar uma população leitora, e este período confirmou a hecatombe no setor livreiro. Na sua opinião, o que falhou?
Dispararam? Com certeza? E que livros? Caso a ver. O facto é que, em Portugal, perante uma presença avassaladora da comunicação de massas, designadamente das televisões, os livros são sempre remetidos à inexistência ou então atirados para horas mortas. O frenesim de captação de espectadores, à custa do primarismo mais básico e amplexivo, atropela e remove tudo o que seja um bocadinho mais elevado. De letras e artes nem falar.

Como é que está a lidar com a pandemia?
Lido com a pandemia como toda a gente. Com desagrado e cumprindo as cautelas mínimas. Farto de estar em casa ou mascarado. Nem dará para escrever, porque eu gosto de decidir, por mim próprio, quais os momentos do meu trabalho e prefiro que me não sejam impostos.

Quando escreve uma daquelas palavras que ninguém conhece, retira um certo gozo imaginando os leitores «à nora» à procura do significado no dicionário mais próximo?
Isto merece uma boa explicação. Até porque a última coisa que me preocupa na vida é desencantar palanfrório. E, francamente, até considero de mau gosto dar-se alguém à exibição de vocábulo rebarbativo. É como fazer inchar a musculatura nas praias ou tirar ratinhos das orelhas. As habilidades têm baixa cotação em literatura. Agora, a predominância da comunicação de massas levou à fixação de uma espécie de mínimo denominador comum da linguagem, assente num vocabulário básico elementar que visa omitir toda a complexidade e riqueza lexical do português. Eu fico espantado, quando me vêm apontar como «difíceis» palavras de uso quotidiano na minha família ou correntes entre pessoas com um mínimo de instrução. A minha obrigação, como escritor, é utilizar todas as potencialidades da nossa bela língua, a plasticidade das suas construções, a exuberância e gradação do seu vocabulário, sem ficar agrilhoado à linguagem dos jornalistas ou dos locutores. É o preito que eu devo a toda uma grande literatura que me precede, interpela e vigia. E é isso, decerto, que os leitores esperam de mim e a que eu farei sempre o possível por corresponder.

Em Portugal, é possível viver apenas da escrita?
Num caso ou noutro, talvez. Mas, em não se sendo um permanente best-seller, duvido muito. Mesmo recorrendo a todos os outros meios, teatro, cinema, rádio, crónicas em jornais, etc., a vida, tensa e frenética, do escritor em exclusividade não compensa. Não é só cá. Noutros países é a mesma coisa. Mas a questão é mais complexa do que parece. Há quem advogue que é formativo para o autor estar em contacto com as duras realidades, a par dos seus contemporâneos. Conhecer na pele o peso das responsabilidades: emprego, diversidade de opções, problemas. Isso daria mais consistência e verosimilhança aos seus textos. Eu inclino-me mais para a necessidade de a sociedade propiciar ao escritor os meios que lhe permitam escrever sem percalços.

O que é que ainda o surpreende? O que o emociona?
Surpreende-me a capacidade dos humanos de criar sempre coisas novas e diferentes; emocionam-me os relatos de generosidade e empenho na causa de todos que, felizmente, não deixam de aparecer. Entusiasmam-me as aquisições científicas que nos vão revelando, de ano para ano, um mundo mais rico, complexo e desconcertante.

Se pudesse jantar com um qualquer escritor, vivo ou morto, quem escolheria?
Eu não sou muito convivial nem apreciador de refeições partilhadas. Mas, se tivesse mesmo de escolher, optaria por Eça de Queirós, que, segundo os relatos da época, era um exímio conversador, por Jorge Luís Borges, que não deixaria de me fascinar com a sua invulgar cultura e imaginação, e Manuel da Fonseca, insigne contador que, de certeza, me deliciaria com as suas fiadas de histórias.

Vem por aí um novo livro. Podemos levantar a ponta do véu?
Sim, virá um novo livro, Epítome de Pecados e Tentações, que já se encontra pronto e aguarda apenas que as condições epidémicas (podemos chamar-lhes assim?) o permitam para se entregar aos leitores. São contos, quase todos ousados e inquiridores. Depois logo verão.

Como vê a vida aos 75 anos?
Como ela é… Ilusória, esquiva e contingente.

Por fim, uma pergunta do seu editor, Manuel Alberto Valente: Acha que, a médio prazo, poderá surgir, no campo da ficção portuguesa, uma obra de qualidade (sublinho, de qualidade) que reflicta os tempos que estamos hoje a atravessar?
Todas as pestes tiveram os seus autores. Qualidade há muita por aí, segundo julgo perceber. E o «reflexo» (ah, o célebre «reflexo»…) destes nossos tempos, pode manifestar-se de forma que não tenha sequer de mencionar a doença, mas dando a respectiva angústia por aquelas formas e caminhos que a literatura sempre soube desvendar.

Um deus passeando pela brisa da tarde

de Mário de Carvalho

Propriedade Descrição
ISBN: 978-972-0-04433-4
Editor: Porto Editora
Data de Lançamento: março de 2013
Idioma: Português
Dimensões: 142 x 210 x 28 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 360
Tipo de produto: Livro
Coleção: Obras de Mário de Carvalho
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 978972004433413
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
e e e e e

A luz de Lúcio

Miguel Tomás

Estamos no século II, no sul da Lusitânia, uma região do império romano sob a liderança de Marco Aurélio, o imperador filósofo. Lúcio Valério Quíncio é um duúnviro que governa a fictícia cidade de Tarcisis. Apesar de ser um cargo exercido por dois magistrados, Lúcio vê-se, por força das circunstâncias, obrigado a desempenhá-lo sozinho, num momento político difícil. Em Tarcisis, apesar de coabitarem diversas religiões e deuses, um grupo de cristãos vai merecer a desconfiança e a ira dos restantes habitantes. Lúcio é um cético dos seus próprios deuses e pratica os ritos com relutância. Não comunga do gosto dos seus patrícios pelo sangue, pelos sacrifícios e pelos jogos. Rege a sua conduta por valores de retidão e defesa do bem público, o que causa grande hostilidade nos notáveis da cidade e nos que pretendem ascender socialmente por todos os meios. Duas ameaças põem o duúnviro à prova: o ataque dos povos famintos que vêm do outro lado do estreito (os mouros) e o fascínio por Iunia, filha de um amigo aristocrata que se converteu a Cristo e desafia as autoridades temporais. Em Tarcisis, apesar de coabitarem diversas religiões e deuses, um grupo de cristãos vai merecer a desconfiança e a ira dos restantes habitantes. O tempo corre, os acontecimentos precipitam-se fora do controlo de Lúcio, que, solitário no exercício do poder, apenas pode contar com o apoio de Mara, sua mulher. Mário de Carvalho oferece-nos uma história contada na primeira pessoa, de uma impressionante sobriedade e solidez. Lúcio, a personagem principal, surge como uma luz límpida mas ténue, prenunciando a queda do império e o surgimento de uma nova era.

e e e e E

Isaías 50:6-8

José Augusto Nogueira Pinto

A citação bíblica encontrada no livro “As minhas costas dou aos que ferem, a minha face aos que me arrancam os cabelos; não escondo o meu rosto dos que me afrontam e me cospem”… resume de algum modo este romance que nos narra a vivência de Lúcio Valério Quíncio, magistrado da cidade romana de Tarcisis no século II d.C. Foi o primeiro livro que li de Mário de Carvalho. Como é possível??? Seguirão outros seguramente. Muito bom. Fiquei fã da sua escrita. Recomendo vivamente.

e e e e E

Um deus com pequenos prazeres terrenos

Maria João Abreu

Neste romance de Mário de Carvalho, a ficção sobrepõe a História, ele descreve-nos as características políticas, culturais e quotidianas do Império Romano. Este povo detentor de muitos deuses, tinha até um deus que gostava de passear num jardim pela brisa da tarde.

Mário de Carvalho

Mário de Carvalho nasceu em Lisboa em 1944. Licenciou-se em Direito e viu o serviço militar interrompido pela prisão. Desde muito cedo ligado aos meios da resistência contra o salazarismo, foi condenado a dois anos de cadeia, tendo de se exilar após cumprir a maior parte da pena. Depois da Revolução dos Cravos, em que se envolveu intensamente, exerceu advocacia em Lisboa. O seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera, causou surpresa pelo inesperado da abordagem ficcional e pela peculiar atmosfera, entre o maravilhoso e o fantástico.

Desde então, tem praticado diversos géneros literários – Romance, Novela, Conto, Ensaio, Crónica e Teatro –, percorrendo várias épocas e ambientes, sempre em edições sucessivas. Utiliza uma multiforme mudança de registos, que tanto pode moldar uma narrativa histórica como um romance de atualidade; um tema dolente e sombrio como uma sátira viva e certeira; uma escrita cadenciada e medida como a pulsão de uma prosa endiabrada e surpreendente.

Nas diversas modalidades de Romance, Conto, Crónica e Teatro, foram atribuídos a Mário de Carvalho os prémios literários mais prestigiados (designadamente os Grandes Prémios de Romance e Novela, Conto e Teatro da APE, o prémio do Pen Clube Português e o prémio internacional Pégaso de Literatura). Em 2020, foi distinguido com o Grande Prémio da Crónica e Dispersos Literários, da APE, pela obra O que Eu Ouvi na Barrica das Maçãs, e, em 2022, o seu De maneira que é claro... foi galardoado com o Grande Prémio de Literatura Biográfica Miguel Torga, da APE. Os seus livros encontram-se traduzidos em várias línguas.

Obras como Os Alferes, A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho, Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde, O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel, A Liberdade de Pátio ou Epítome de Pecados e Tentações são a comprovação dessa extrema versatilidade.

(ver mais)
A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho

A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho

30%
Porto Editora
10,64€ 20% + 10% CARTÃO
portes grátis
Contos Vagabundos

Contos Vagabundos

20%
Porto Editora
11,52€ 14,40€
portes grátis
A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho

A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho

30%
Porto Editora
10,64€ 20% + 10% CARTÃO
portes grátis
Contos Vagabundos

Contos Vagabundos

20%
Porto Editora
11,52€ 14,40€
portes grátis
Uma Abelha na Chuva

Uma Abelha na Chuva

20%
Assírio & Alvim
11,52€ 14,40€
portes grátis
Debaixo de Algum Céu

Debaixo de Algum Céu

20%
Leya
11,52€ 14,40€
portes grátis