Silvae
de João Queiroz
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“A grande narrativa é um elemento central do classicismo e, portanto, não entra na nossa indagação arqueológica do moderno. O grande acontecimento, bem como a grande narrativa, é a condição clássica, quer na sua versão trágica, quer na comédia. O nosso campo é o da micro alteração e esta é sempre produzida na imanência, como, curiosamente, é detectado pelo papa Pio X na encíclica "Contra o Modernismo", de 1907, na qual determina o grande pecado da modernidade: a paixão pela imanência.
Ora, este imanentismo será o primeiro e último pólo da pintura de João Queiroz, dos seus desenhos erráticos e eclécticos do início da década de 90, como das suas pinturas em homenagem a Espinosa, das suas telas e dos seus desenhos efectuados nas Beiras, ou no atelier de memória, ou a pensar na forma como a memória é traiçoeira e como essa traição é a sua virtude.
É deste intervalo entre estar lá e lembrar, entre deixar imprimir no peito a imagem, entre aprender um gesto para aprender com o corpo todo, que se define a vida da sua pintura.
Essa vida está sempre a fibrilar, como umflicker, entre a forma, a crítica, a imanência, a pequena alteração, a saída de si, o desvio, a margem, o político e a representação da sua própria, trágica e cómica morte.
Seria de estranhar se assim não fosse.”
Da Introdução
ISBN: | 9789727690824 |
Editor: | Culturgest |
Ano: | 2010 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 266 x 210 mm |
Páginas: | 248 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Ensaios |
EAN: | 9789727690824 |