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Sermão de Santo António aos Peixes

de Padre António Vieira
editor: Editora Guerra & Paz, julho de 2020
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O padre António Vieira acompanha todo o século xvii português, e o Sermão de Santo António aos Peixes é um esplêndido exemplo da sua grande veia retórica. Este Sermão foi pregado em São Luís do Maranhão, no Brasil, a 13 de Junho de 1654, dia de anos de Santo António e nas vésperas de Vieira viajar até Lisboa para obter, do rei, leis que obstassem à escravatura dos índios. A defesa dos índios e a contestação aos colonos são o mote para este discurso intemporal. Tal como Santo António não conseguia pregar aos hereges, que não o ouviam, Vieira também não é bem-sucedido junto dos colonos e resolve virar-se - alegoricamente - para os peixes, essa primeira criatura de Deus. Imaginação, sátira e arrebatamento marcam a soberba construção literária desta jóia da retórica e da história da literatura. Um texto que nos toca, a cada um individualmente e à humanidade no seu conjunto, porque «Vós sois o sal da terra». Hoje, que vozes parciais querem afogar Vieira num ideológico revisionismo histórico, este texto é a melhor prova do seu papel pioneiro nas relações entre culturas e na defesa da universal dignidade humana.
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Viva o livro português!

Para assinalar o Dia do Livro Português, celebrado a 26 de março, lembrámo-nos de três livros que lemos na escola secundária… e gostámos. Nem sempre acontece, mas estas leituras obrigatórias correram bem. Regressamos ao Álvaro e ao Ludgero do liceu e vamos lá recordar como foi a experiência de leitura destes três livros.

  Sermão de Santo António aos Peixes Podem não acreditar, mas o Ludgero de dezasseis anos vibrou com este Sermão de Santo António aos Peixes. Trata-se de uma obra emblemática do Padre António Vieira, proferida em 1654, em São Luís do Maranhão. Neste sermão, o autor utiliza uma abordagem inusitada, pregando não para a congregação humana, mas para os próprios peixes. Vieira usa essa metáfora para criticar os vícios e a corrupção da sociedade da sua época, especialmente os pecados dos colonos portugueses no Brasil. Além disso, denuncia a injustiça social, a ganância e a hipocrisia, e exorta à conversão ao catolicismo e à justiça. O que terá cativado o pequeno Ludgero? Talvez a sua retórica eloquente e poderosa, que torna esse sermão uma peça fundamental da literatura e da oratória barroca. O texto revela a genialidade e a coragem de Vieira ao desafiar os poderosos da sua época e ao defender os mais vulneráveis.
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  Eurico, o Presbítero O Álvaro adolescente era um romântico. E, como tal, não é de estranhar que a obra máxima de Alexandre Herculano o tenha apanhado na curva dos seus anos da inocência. Ambientada na Península Ibérica durante a ocupação dos visigodos, a história acompanha Eurico, um jovem presbítero que se vê envolvido em tramas políticas e amorosas. O romance retrata os conflitos entre os povos visigodos e os ocupantes romanos, explorando temas como honra, lealdade e religião. O autor tece uma narrativa repleta de intrigas e reviravoltas, enquanto explora os dilemas morais enfrentados pelas personagens. Eurico, o Presbítero é uma obra-prima da literatura portuguesa, mas poucas vezes referidas entre os grandes romances nacionais. O livro, no entanto, fascinou o Álvaro do décimo segundo ano pela sua riqueza histórica e profundidade emocional.
QUERO LER! Sonetos, de Florbela Espanca Deste gostámos os dois. É impossível não ficarmos rendidos à poesia de Florbela Espanca. Os seus Sonetos representam uma expressão sublime da sensibilidade feminina e da alma humana. Publicados postumamente em 1934, esses poemas revelam a intensidade emocional e a melancolia características da autora, cuja vida se mistura com as letras que escreve. Florbela utiliza a forma clássica do soneto para explorar temas como amor e a solidão, o desejo não correspondido e a morte. Marcada pela introspeção e por uma busca constante pela transcendência, a linguagem destas obras de arte traz-nos imagens que transcendem os versos e conseguem transmitir a complexidade das emoções humanas. Os Sonetos de Florbela Espanca cativaram-nos enquanto adolescentes, mas continuamos a abrir o livro de cada vez que queremos mergulhar no mundo desta poetisa.
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Sermão de Santo António aos Peixes

de Padre António Vieira

Propriedade Descrição
ISBN: 9789897025426
Editor: Editora Guerra & Paz
Data de Lançamento: julho de 2020
Idioma: Português
Dimensões: 151 x 231 x 7 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 96
Tipo de produto: Livro
Coleção: Clássicos da Guerra e Paz
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789897025426
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Essencial

Cátia P.

Um clássico da literatura e obrigatório nas escolas, com razão de ser. Uma crítica social sobre o período histórico da colonização. Uma escrita e linguagem brilhante.

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Essencial para todas as idades

Mónica Alexandra Silva

São séculos que nos separaram mas a essência mantém-se actual: evitar a corrupção, impedir o mal na Terra, espalhar o bem.

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A crítica incisiva e intemporal do sermão de Vieira.

Maria Paula

As alegorias magistrais infundem no leitor uma consciência e um desejo de tomar as rédeas do mundo.

SOBRE O AUTOR

Padre António Vieira

Notável prosador e o mais conhecido orador religioso português, o Padre António Vieira nasceu em 1608, em Lisboa, filho primogénito de um modesto casal burguês, e faleceu na Baía em 1697. Quando tinha apenas seis anos, os seus pais mudaram-se para a Baía, no Brasil, tendo aí iniciado os seus estudos. Os jesuítas tinham sido desde sempre os portadores da cultura e civilização no Brasil, com relevo especial para os Padres José de Anchieta e Manuel de Nóbrega. Assim sendo, cursou Humanidades no colégio da Companhia de Jesus, onde revelou bem cedo dotes excecionais. Aos 15 anos, motivado pela sua fé na Virgem das Maravilhas na Sé baiana e por um sermão que ouviu sobre as torturas do Inferno, Vieira teve o seu famoso "estalo" e decidiu ingressar na Companhia de Jesus. Ante a oposição dos pais, Vieira fugiu de casa e prosseguiu a sua formação, em que predominavam as Humanidades Clássicas (principalmente o latim), a Filosofia e a Teologia, com especial relevo para a Sagrada Escritura. Guiado pelos pressupostos e práticas jesuíticas, que apontavam para o objetivo primordial da salvação do próximo através da pregação, exerceu a sua função evangelizadora junto dos indígenas de uma aldeia onde passou algum tempo. Todavia, cedo regressou à capital de forma a continuar a sua formação. Ao entrar no segundo ano do seu noviciado, assistiu à brusca invasão dos holandeses na Baía, tendo de refugiar-se no interior da capitania. Começara, então, a Guerra Santa entre Portugal e os inimigos de Deus, a que Vieira não ficou alheio durante mais de 25 anos. Descrevendo estes eventos calamitosos do ano de 1624, na "Carta Ânua" ao Padre Geral em Roma, Vieira deixou claro que a sua atividade não se limitaria a ser meramente religiosa, pois os preceitos jesuíticos, que apontavam para a emulação e o instinto de luta, levavam-no a bater-se pela justiça. Em 1625 António Vieira fez votos de pobreza, castidade e obediência e, propondo-se missionar entre os ameríndios e escravos negros, estudou a "língua geral" (tupi-guarani) e o quimbundo. Foi nomeado professor de Retórica no colégio dos Padres em Olinda, onde permaneceu dois ou três anos, tendo depois voltado à Baía com o fito de seguir os cursos de Filosofia e Teologia. Ordenado padre em dezembro de 1634, depressa se avolumou a sua fama de orador e se celebrizaram os seus sermões que refletiam as vicissitudes da Baía, em luta contra os holandeses, e criticavam a ganância, a injustiça e a corrupção. Em 1641, restaurada a independência, Vieira acompanhou o filho do governador, que vinha trazer a adesão do Brasil a D. João IV, à Metrópole. Em Lisboa, começou a pregar em S. Roque e logo o seu talento se espalhou pela cidade. Segundo o testemunho de D. Francisco Manuel de Melo, a afluência às pregações era tal que, como se de provérbio se tratara, corria a frase: "Manda lançar tapete de madrugada em S. Roque para ouvir o Padre António Vieira". Cativa o favor de D. João IV, que não tardou em convidá-lo a pregar na capela real, onde ele proferiu o seu primeiro sermão no dia 1 de janeiro de 1642. Dois anos depois foi nomeado pregador régio. Nos numerosos sermões desta época da sua vida, Vieira não se cansava de animar o auditório a perseverar na luta desigual com Castela e propunha medidas concretas para a solução de problemas, inclusive de ordem económica. A sua situação privilegiada dentro da corte teria contribuído para que fosse encarregue de diversas missões diplomáticas na Holanda, França e Itália, como foi o caso do casamento do príncipe Teodósio. Em 1644, António Vieira proferiu os votos definitivos, depois de ter feito o terceiro ano de noviciado em Lisboa. A Companhia de Jesus começou a ver com maus olhos a sua influência nos destinos do país, ameaçando-o de ser expulso da Companhia. A pedido da mesma, voltou ao Brasil em 1653, para o estado do Maranhão e aí assumiu um papel muito ativo nos conflitos entre jesuítas e colonos, como paladino dos direitos humanos, a propósito da exploração dos indígenas. No ano seguinte pregou o Sermão de Santo António aos Peixes. Foi expulso do Maranhão pelos colonos, em 1661, e regressou a Lisboa. De novo na capital, D. João IV, seu protetor, havia falecido e D. Afonso VI, instigado pelos inimigos do orador, desterrou-o para o Porto e, mais tarde, para Coimbra. Perfilhando as novas expectativas sebastianistas que encontrou no reino, que se baseavam no juramento de D. Afonso Henriques, nas cartas apócrifas de São Bernardo, nas profecias atribuídas a São Frei Gil e nas famosas trovas de Bandarra, escreveu o Sermão dos Bons Anos, em 1642. Foi nesta altura que a Inquisição o prendeu sob a acusação de que tomava a defesa dos judeus, acreditava nas possibilidades de um Quinto Império e nas profecias de Bandarra. Entretanto, a situação política alterou-se. Destituído D. Afonso, subiu ao trono D. Pedro II. António Vieira foi amnistiado e retomou as pregações em Lisboa. Em 1669 parte para Roma como diplomata e obtém grande sucesso como pregador, combatendo o Tribunal do Santo Ofício. Na Cidade Eterna, continuou a defesa acérrima dos judeus e ganhou grande reputação, encantando com a sua eloquência o Papa Clemente X e a rainha Cristina da Suécia. Regressou a Portugal em 1675; mas, agora sem apoios políticos e desiludido pela perseguição aos cristãos-novos (que tanto defendera), retirou-se de vez para a Baía em 1681 onde se entregou ao trabalho de compor e editar os seus Sermões. A sua prosa é vista como um modelo de estilo vigoroso e lógico, onde a construção frásica ultrapassa o mero virtuosismo barroco. A sua riqueza e propriedade verbais, os paradoxos e os efeitos persuasivos que ainda hoje exercem influência no leitor, a sedução dos seus raciocínios, o tom por vezes combativo, e ainda certas subtilezas irónicas, tornaram a arte de Vieira admirável. As obras Sermões, Cartas e História do Futuro ficam como testemunho dessa arte. Padre António Vieira. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008.

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