Gaibéus

de Alves Redol

editor: Editorial Caminho, maio de 2011
ESGOTADO OU NÃO DISPONÍVEL
VENDA O SEU LIVRO i
«O romance Gaibéus foi publicado pela primeira vez em 1939. É o ponto de partida da obra romanesca de Alves Redol. Mas é também o ponto de chegada de uma longa reflexão do autor sobre o significado e o papel da arte, o primeiro edifício do programa de uma literatura nova. Dessa reflexão de Redol ficou uma série de artigos publicados em jornais de Vila Franca de Xira, onde vivia — Vida Ribatejana (entre 1927 e 1934) e Mensageiro do Ribatejo (entre 1934 e 1940). De destacar ainda a conferência sobre arte, proferida em Vila Franca em 1936. Fiel ao seu ideário, Redol, antes de escrever Gaibéus, realizou um amplo "trabalho de campo" — deslocou-se repetidas vezes à lezíria, chegou mesmo a instalar-se no campo para recolher dados sobre o trabalho nos arrozais. Os seus blocos de apontamentos contêm numerosas indicações técnicas sobre o cultivo do arroz. As próprias relações familiares lhe serviram de documento — o pai de Redol era oriundo da região de origem dos gaibéus. Hoje Gaibéus é comummente aceite como o romance que marca o aparecimento do neo-realismo em Portugal.
Eis o mundo que Alves Redol nos apresenta no seu primeiro romance. História da alienação de uma comunidade de trabalhadores, ficamos a saber até que ponto são explorados, e até que ponto essa exploração se deve à falta de união com outras comunidades de jornaleiros. Gaibéus é, assim, o romance do divórcio entre ganhões, uns procurando resgatar algumas bouças ou sulcos que ainda lhes pertencem, outros alheios ao que seja possuir qualquer chalorda ou mesmo canteiro. História simbólica do embate de duas diferentes mentalidades, a desunião entre gaibéus e rabezanos é triste e profético paradigma das oposições, ainda hoje bem marcadas, entre os camponeses dos minifúndios e os dos latifúndios. Redol acreditava que seria possível o "casamento" entre uns e outros quando descobrissem que a mesma fome os une. É disso exemplo simbólico a parábola dos quatro jovens rabezanos e dos três jovens gaibéus.» - Alexandre Pinheiro Torres

Gaibéus

de Alves Redol

ISBN: 9789722124096
Editor: Editorial Caminho
Ano: 2011
Idioma: Português
Dimensões: 135 x 211 x 13 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 336
Tipo de produto: Livro
Coleção: Alves Redol
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789722124096
Alves Redol

António Alves Redo, Nasceu a 29 de Dezembro de 1911, em Vila FRanca de Xira e faleceu a 29 de Novembro de 1969, em Lisboa.
Romancista e dramaturgo, filho de um pequeno comerciante ribatejano, obteve um curso comercial, conheceu em Angola a pobreza e o desemprego e desenvolveu em Lisboa várias actividades profissionais. Militante do partido comunista e empenhado na luta de resistência ao regime salazarista, compreendeu a literatura como forma de intervenção social, sendo um dos seus primeiros romances, Gaibéus , considerado um dos textos literários fundadores da narrativa neo-realista. Ao longo de uma longa e coerente produção literária, Alves Redol trouxe para o romance personagens, temas e situações, ignorados pela literatura, postura que lhe valeu, simultaneamente, o êxito junto de um grande público e o ataque impiedoso da crítica, que apontava como deficiências de escrita a linguagem simples da sua prosa e o esquematismo das tramas romanescas. Acusações que pareciam corroboradas pela despretensão e modéstia literárias manifestadas pelo autor nas epígrafes das suas obras, como sucede em Gaibéus , precedido do aviso de que "Este romance não pretende ficar na literatura como obra de arte. Quer ser, antes de tudo, um documentário humano fixado no Ribatejo. Depois disso, será o que os outros entenderem". No prefácio a Barranco de Cegos (Lisboa, 1970), Mário Dionísio compara o destino da obra de Redol ao dos romances de Zola, que ao escolher temas malditos, como o operariado e os conflitos sociais, recebeu durante anos a aversão dos críticos, até ser redescoberto em leituras inovadoras que revelaram a estrutura épica dos seus romances e a reformulação de mitos contemporâneos nessa prosa chocante, intensa, por momentos quase surrealista.

(ver mais)
Editorial Caminho
18,90€
Editorial Caminho
6,50€ 10% CARTÃO
Editorial Caminho
10,50€ 10% CARTÃO
Cordão de Leitura
12,00€ 10% CARTÃO
Edições Humus
4,44€ 10% CARTÃO