Epílogo
[Poesia Reunida]
SINOPSE
Nas palavras do autor: «Talvez a vida das palavras, essa respiração de alguns, esse sopro às vezes tão alto sobre a descoloração dos dias, esse assombro que nos sacode por dentro sem peso nem medida, essa já longa existência de papel estremecido, entre fogo e gelo, entre tudo e nada, talvez essa vida ameaçada pelo verbo tão cioso das suas armas conduza ao excesso e à voragem e então um homem, aquele que escreve, aquele que se atira às chamas e acorda sobre as cinzas, aquele que pensou em silêncio, inclinando a fronte sobre a febril brancura de uma página, povoando-a de sinais puros ou equívocos, de inocências e segredos e enigmas e nostalgias, sempre ao ritmo de um coração fundo, batendo depressa ou batendo devagar, talvez esse homem pare de repente, no meio de uma dor ou de uma insónia e, hesitando ao contemplar a árdua sucessão de décadas e de livros que as atravessam, assuma dúvidas e inquietações e acabe por, bem ou mal, cortar aqui, reduzir ali, alterar ou apagar além, como um jardineiro sábio mas tímido que aperfeiçoasse pela última vez a geometria e as cores do seu jardim.»
DEDICATÓRIA
Este livro é dedicado a essas vagas luzes que
anunciavam a alegria,
e agora são alguém, um anjo, o caos e, no
meio do caos,
talvez o jovem doce tempo das tuas mãos.
Ainda és tu,
coração secreto à deriva pelos dias, o senhor
do meu canto.
Por ti cheguei e parto.
A minha casa é onde estás.
DETALHES
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 978-972-37-2056-3 |
Editor: | Assírio & Alvim |
Data de Lançamento: | setembro de 2019 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 175 x 246 x 56 mm |
Encadernação: | Capa dura |
Páginas: | 1184 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Documenta Poetica |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Poesia |
EAN: | 978972372056310 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
OPINIÃO DOS LEITORES
A totalidade da obra de um grande poeta português
Felipe Pupo Pereira Protta
Considero a ora ´´Epílogo´´ uma ´´sorte´´. Poderia ser também ´´privilégio´´, no sentido de propiciar o contato com a totalidade da obra de uma das principais vozes da poesia portuguesa do século XX. A poesia de José Agostinho Baptista nos enleva, e nos faz viajar sem sequer tirarmos os pés do chão, sem sequer nos movermos. A suposta simplicidade em sua linguagem acaba por desvelar profundidades não alcançadas por outros autores, que empregam mais recursos estilísticos. Se, como Natália Correia disse em alguns de seus maravilhosos versos:´´Oh, subalimentados do sonho!/A poesia é para comer´´, talvez a melhor palavra ou expressão para definir ´´Epílogo´´ seja ´´um prato cheio´´!
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