Dispersos

de Al Berto

editor: Assírio & Alvim, junho de 2007
ESGOTADO OU NÃO DISPONÍVEL
Reúnem-se neste volume textos dispersos publicados por Al Berto, sem que tivesse sido nossa intenção proceder a uma recolha exaustiva. Preferimos, na medida do possível, tentar que a selecção de textos obedecesse a um grau de exigência semelhante àquele que o Autor sempre demonstrou nos seus livros, e de que é exemplo o critério por ele adoptado em O Anjo Mudo.

«Os organizadores do volume, Luís Manuel Gaspar e Manuel de Freitas [...] explicam ter tentado, ‘na medida do possível [...] que a selecção de textos obedecesse a um grau de exigência semelhante aquele que o autor sempre demonstrou". Isso foi conseguido.»
Eduardo Pitta, Público

Dispersos

de Al Berto

Propriedade Descrição
ISBN: 978-972-37-1231-5
Editor: Assírio & Alvim
Data de Lançamento: junho de 2007
Idioma: Português
Dimensões: 135 x 206 x 9 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 112
Tipo de produto: Livro
Coleção: Obras de Al Berto
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Poesia
EAN: 9789723712315
e e e e e

Absolutamente maravilhoso e imperdível para todos aqueles que amam o poeta!

V.

"Olho atentamente as fissuras do tecto. Desloco-me através delas, alcanço a noite. O teu rosto, de quando em quando, pousa na minha solidão. Há vinte anos que a vida se apagou nas linhas da mão, e os jardins da cidade permaneceram, todo esse tempo, envoltos na bruma. O Tejo não deixou o tempo correr. Mas um dia, talvez agora, abrirei as mãos no escuro do quarto, e o teu rosto incendiar-se-á. As mãos queimadas, memória da tua passagem. Por isso te escrevo, com esta luz encostada à boca. E espalho a cinza destas palavras pelo escuro da noite. Perder-te, levar-me-ia ao zumbido ensanguentado duma bala. A paixão, a nossa, foi construída com a lentidão das obras-primas. E nela não há equívocos, nem erros. O teu rosto é perfeito e intenso — brilha, assim que o nomeio ou toco: sinal de vida, estremecer do mundo na melancolia das mãos." *** Selecciono um excerto da "Carta de Outono": a paixão com que ele escrevia sobre o Alexandre nos seus diários está aqui, pura, cristalina, intacta. Nada posso ou devo dizer em defesa deste livro, o excerto irá irradiar a sua luz e obscurecer qualquer tentativa que faça.

e e e e e

Dispersos

António

Recolha de textos extraordinários, nada que surpreenda vindo de Al berto. Muito bom livro.

Al Berto

Poeta e editor português, de nome completo Alberto Raposo Pidwell Tavares, nasceu a 11 de janeiro de 1948, em Coimbra, e faleceu a 13 de junho de 1997, em Lisboa. Tendo vivido até à adolescência em Sines, exilou-se, entre 1967 e 1975, em Bruxelas, dedicando-se, entre outras actividades, ao estudo de Belas-Artes. Publicou o primeiro livro dois anos depois de regressar a Portugal.
Em mais de vinte anos de atividade literária, a expressão poética assumida por Al Berto, o pseudónimo do autor, distingue-se de qualquer outra experiência contemporânea pela agressividade (lexical, metafórica, da construção do discurso) com que responde à disforia que cerca todos os passos do homem num universo que lhe é hostil. Trazendo à memória as experiências poéticas de Michaux ou de Rimbaud, é no próprio sofrimento, na sua violenta exaltação, na capacidade de o tornar insuportavelmente presente (nas imagens de uma cidade putrefacta, na obsidiante recorrência da morte e do mal, sob todas as suas formas) que a palavra encontra o seu poder exorcizante, combatendo o mal com o mal. É neste sentido que Ramos Rosa fala de uma "poesia da violência do mundo e da realidade insuportável": "a opacidade do mal ou a agressividade do mundo é tão intensa que provoca um choque e um desmoronamento geral", mas "à violência desta destruição responde o poeta com uma violenta negatividade que é uma pulsão de liberdade absoluta, que procura por todos os meios o seu espaço vital.", sublinhando ainda a forma como esta espécie de "grito de fragilidade extrema e irredutível do ser humano, do seu desamparado infinito, da sua revolta absoluta e sem esperança", se consubstancia, ao nível do estilo, num ritmo "ofegante, precipitado, como um assalto contínuo feito de palavras tão violentas como instrumentos de guerra" (cf. ROSA, António Ramos - A Parede Azul. Estudos Sobre Poesia e Artes Plásticas, Lisboa, Caminho, 1991, pp. 120-121). No domínio editorial, a sua atividade pautou-se pela isenção e certa ousadia relativamente às políticas comerciais livreiras dominantes.
Inicialmente seguindo uma estética surrealizante de temática erótica, em O Anjo Mudo (1993) funde prosa e poesia, exprime intertextualidades, numa viagem marginal e purificadora. A quase totalidade da sua obra poética encontra-se coligida em O Medo.
Foi galardoado com o Prémio Pen Club de Poesia em 1987.

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O Anjo Mudo

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