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Cão como Nós

Edição especial de 20 anos

de Manuel Alegre; Ilustração: Bárbara Assis Pacheco
editor: Dom Quixote, novembro de 2022
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Edição especial 20 anos
Prefácio de Clara Rocha
30.ª edição.

Não era um cão como os outros. Era um cão rebelde, caprichoso, desobediente, mas um de nós, o nosso cão, ou mais que o nosso cão, um cão que não queria ser cão e era cão como nós.

«O título Cão como Nós não podia ser mais sugestivo: não só porque humaniza e nivela, mas também porque sublinha com esse nós - que evoca um poema de Cesário Verde onde o pronome designa com igual força conotativa a esfera familiar - um certo espírito de linhagem e aliança. Nesse sentido, a novela Cão como Nós é um inesperado retrato de família, desarmante na sua evidência autobiográfica, escrito ao rés do vivido e com um grau mínimo de ocultação ficcional.»
Clara Rocha, no prefácio a esta edição

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De repente, o luto

A consciência do fim é algo que, por muito que achemos que estamos preparados para a enfrentar, a nossa condição de humanos não nos deixa nunca encarar de ânimo leve. Depois do fim, o luto é um lugar a que chegamos sem contar.
  O meu pai voava Há uma verdade muito íntima com que Tânia Ganho nos fala do período de luto pela morte do seu pai. Ninguém nos diz que vai ser assim, e por isso a ideia de que cada processo de luto é inigualável. A autora vai-nos contando cenas da sua vida ao lado de um pai muito presente, e a mácula que deixa essa ausência. Embora idoso e já num processo demencial avançado, a verdade é que nada disso interessa perante a ideia do desaparecimento, sempre súbito, sempre abrindo portas a uma divisão da casa que não conhecíamos. O livro, que se lê como uma respiração profunda, mostra-nos momentos de grande comoção e outros que conseguem ser divertidos, quando nos conta alguns aspetos do feitio do seu pai. No fim, a filha, a “menina do papá”, um retrato de uma beleza incrível sobre um momento triste, o tempo mais triste de todos. COMPRO NA WOOK! » O ano do pensamento mágico Joan Didion perdeu o marido, John, de forma súbita, devido a um enfarte, num período da vida em que a sua filha estava nos cuidados intensivos de um hospital, por causa de uma pneumonia severa. Encontramos aqui o testemunho de Joan, passado um ano, sobre a vivência desse ano trágico, onde o chão de repente lhe faltou. Fala-nos de uma forma sensível, ainda que por vezes quase científica, sobre o que é o luto, a perda inesperada, e como lidou com ela. De um primeiro momento de incredulidade, em que guardou os sapatos do marido para o caso de ele voltar, a ter de dizer à filha doente que o pai partira, até breves momentos de superação, ou aceitação. Fala-nos do período de luto como uma patologia que ninguém parece valorizar como tal, dizendo-nos que temos de passar por isso, que não podemos camuflar a dor. Apenas passado um ano começa a leve sombra da mudança a fazer-se sentir. COMPRO NA WOOK! » Notas sobre o luto O pai de Chimamanda era um notável académico nigeriano, que faleceu subitamente em 2020, esse estranho ano que nos parece já longínquo. A sua filha presta-lhe uma homenagem neste curto livro, falando em celebrar de forma bela uma vida que foi ela também vivida com grande beleza e que por isso merece ser recordada dessa mesma maneira. Contudo, o seu desaparecimento teve um impacto brutal em Chimamanda, que atravessou momentos de grande dor, sobretudo tendo em conta que os últimos tempos foram vividos em pandemia, quando nem sempre era possível a sua presença e dos netos junto do avô. Além da sensibilidade com que está escrito, Notas Sobre o Luto é de uma universalidade incrível, falando-nos ao coração e tornando-nos a nós, também, filhos daquele pai. COMPRO NA WOOK! » A ridícula ideia de nunca mais te ver O sentimento é precisamente esse, durante os primeiros tempos após a notícia da morte de alguém próximo: é ridículo. A vida que estava planeada, organizada, tendo em conta a presença de alguém, de repente muda. Projetos que se desfazem, sonhos… ou apenas as ações do dia a dia que perdem o seu significado. Rosa Montero leu o diário de Marie Curie, que falava sobre a forma como viveu o luto pelo seu marido, e identificou-se com esse relato. Também Rosa perdera o seu companheiro, após lutar em vão contra o cancro. A autora habituou-nos já a leituras vertiginosas, quase delirantes, e este livro não é exceção, não obstante tratar de um tema tão delicado. As consequências dessa perda na vida de Rosa Montero são inúmeras e são-nos contadas com toda a liberdade, mesmo que nisso haja muita dor. Uma dor quase indizível. COMPRO NA WOOK! » Cão como Nós Quando a morte próxima é a de um animal de estimação, à dor da perda junta-se o receio em admiti-la com toda a sua voracidade, receosos de que não nos entendam, de que achem que estamos a sobrevalorizar. Afinal, um cão não é uma pessoa e, mesmo ainda hoje, há quem ache que apenas entre humanos está autorizada a dor do luto. Nada mais errado. E que o diga Manuel Alegre, que a princípio não era muito apologista de um patudo lá em casa, mas de quem, depois, se tornou melhor amigo. Neste livro, Alegre dirige-se-lhe após a sua morte, mostrando um sentimento real, inequívoco. Um vazio que preenche com retratos familiares, com alguns momentos autobiográficos, com um entendimento tal com o seu amigo canino que o leva a crer que estão bem próximos. Se era ele um cão como nós, ou se deve cada um de nós ser mais cão como ele, é uma reflexão que fica muito além de o livro terminar. COMPRO NA WOOK! »

Cão como Nós

Edição especial de 20 anos

de Manuel Alegre; Ilustração: Bárbara Assis Pacheco

Propriedade Descrição
ISBN: 9789722075985
Editor: Dom Quixote
Data de Lançamento: novembro de 2022
Idioma: Português
Dimensões: 143 x 218 x 11 mm
Encadernação: Capa dura
Páginas: 128
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789722075985

SOBRE O AUTOR

Manuel Alegre

O poeta Manuel Alegre foi galardoado, juntamente com o fotógrafo José Manuel Rodrigues, com o Prémio Pessoa 1999, uma iniciativa do jornal "Expresso" e da Unisys. Foi a primeira vez que este prémio, que pretende «reconhecer uma pessoa de nacionalidade portuguesa com uma intervenção particularmente relevante e inovadora na vida artística, literária e científica do país», foi atribuído ex-aequo. Pinto Balsemão, em representação do júri, justificou a escolha do nome de Manuel Alegre, que viu reunida a sua obra poética no volume "Trinta Anos de Poesia" (Publ. D. Quixote), por «ser uma referência da poesia portuguesa deste século» e representar « a visão de um Portugal aberto ao mundo e um humanismo universalista atento a tudo o que nos rodeia».
Manuel Alegre, que poucos meses havia sido consagrado com o Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, pelo conjunto da sua obra, a propósito da publicação do livro "Senhora das Tempestades", nasceu em Águeda em 1936 e estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde participou ativamente nas lutas académicas. Quando cumpria o serviço militar em Angola, participou na primeira tentativa de rebelião contra a guerra colonial, sendo então preso pela PIDE. Seguiu-se o exílio em Argel, onde foi membro diretivo da F.P.L.N. e locutor da rádio Voz da Liberdade. A sua atividade política andou sempre a par da atividade literária e alguns dos seus poemas ("Trova do Vento que Passa", "Nambuangongo Meu Amor", "Canção com Lágrimas e Sol"...) transformaram-se em hinos geracionais e de combate ao fascismo, copiados e distribuídos de mão em mão, cantados por Adriano Correia de Oliveira ou Manuel Freire. Os seus dois primeiros livros, "Praça da Canção" (1965) e "O Canto e as Armas" (1967) venderam mais de cem mil exemplares. Comentando o prémio, em entrevista ao "Diário de Notícias", o escritor afirmava: « Devo tudo aos meus leitores. É, sobretudo, uma vitória deles. Porque foram os leitores que, ao longo da minha vida literária, estiveram sempre perto de mim e me ajudaram a vencer várias censuras (política e estética). Expresso-lhes a minha gratidão.»
Regressado do exílio em 1974, "o poeta da liberdade" desempenhou um papel de relevo no Partido Socialista. Foi membro do Governo, deputado da Assembleia da República e ocupou um lugar no Conselho de Estado, funcionando muitas vezes como uma espécie de consciência crítica do seu partido. Os livros mais recentes (note-se ainda a incursão pela prosa: "Jornada de África", 1989, "Alma", 1995, e " "A Terceira Rosa", 1998) levam-no ao diálogo com poetas de outros tempos, como Dante ou Camões, ou a refletir sobre a condição humana, a morte e o sentido da existência, de que são exemplo os "Poemas do Pescador", que se enfrenta com o enigma da sua vida, incluídos no livro "Senhora das Tempestades", «Senhora dos cabelos de alga onde se escondem as divindades / (...) Senhora do Sol do sul com que me cegas / / (...) Senhora da vida que passa e do sentido trágico // (...) Senhora do poema e da oculta fórmula da escrita / alquimia de sons Senhora do vento norte / que trazes a palavra nunca dita / Senhora da minha vida Senhora da minha morte.»
Recebeu o mais prestigiado galardão das letras lusófonas, o Prémio Camões, em 2017.

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