A Passo de Caranguejo

Guerras quentes e populismo mediático

de Umberto Eco

editor: Gradiva, novembro de 2012
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Num livro actualíssimo, reúnem-se ensaios de Umberto Eco que nos mostram o retrocesso global a que assistimos: o regresso do choque entre islão e cristandade e do medo do «perigo amarelo», a reinvenção da rádio com o iPod, o ressurgimento do criacionismo e tantas outras ocorrências que nos transportam ao último milénio. Um livro corajoso que nos obrigará a olhar de frente e, espera-se, a andar em frente.

«Depois da queda do Muro de Berlim, a geografia política da Europa e da Ásia mudou radicalmente, tornando-se claro que estávamos a andar para trás. Os editores de atlas viram-se forçados a [...] inspirar-se nos velhos modelos anteriores a 1914, com a sua Sérvia, o seu Montenegro, os seus Estados Bálticos e assim por diante.

Mas a história da nossa involução não fica por aqui, e este início do terceiro milénio tem sido pródigo em passos de caranguejo.

Vejamos alguns exemplos: após cinquenta anos de Guerra Fria, o Afeganistão e o Iraque abriram as portas ao regresso triunfal da guerra combatida, ou guerra quente, com o reaparecimento dos memoráveis ataques dos «astutos afegãos» do século XIX no Passo Khaibar.

Com o choque entre o islão e o cristianismo, assistimos também ao aparecimento de uma nova temporada das Cruzadas, [...]. Reemergiram os fundamentalismos cristãos que julgávamos existirem apenas nas crónicas do século XIX, com o retomar da polémica antidarwiniana, e ressurgiu (ainda que na forma demográfica e económica) o fantasma do Perigo Amarelo.»

A Passo de Caranguejo

Guerras quentes e populismo mediático

de Umberto Eco

ISBN: 9789896165031
Editor: Gradiva
Ano: 2012
Idioma: Português
Dimensões: 157 x 229 x 29 mm
Páginas: 492
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Ensaios
EAN: 9789896165031
Umberto Eco

Escritor e homem de letras italiano, Umberto Eco nasceu a 5 de janeiro de 1932 em Alessandria (Piemonte) e morreu a 19 de fevereiro de 2016. Pouco se sabe sobre as suas origens e a sua infância, salvo que revelou extrema precocidade ao doutorar-se pela Universidade de Turim com apenas vinte e dois anos de idade, em 1954, apresentando para o efeito uma tese consagrada ao pensamento filosófico de São Tomás de Aquino "O Problema Estético em S. Tomás de Aquino".
Entre 1954 e 1959 desempenhou as funções de editor cultural na famosa cadeia de televisão estatal italiana RAI, lecionando também nessa altura nas universidades de Turim, Milão e Florença e no Instituto Politécnico de Milão. Com apenas trinta e nove anos de idade foi nomeado professor catedrático de Semiótica pela Universidade de Bolonha, a mais conceituada do seu país.
Começou a escrever nos finais da década de 50, contribuindo para diversas publicações periódicas com uma série de artigos que seriam reunidos em volumes como "Diario Minimo" (1963, Diário Mínimo), "Il Costume di Casa" (1973), "Dalla Periferia Dell'Impero" (1977) e "Il Secondo Diario Minimo" (1992). O seu início de atividade ficou também marcado por obras como "Opera Aperta" (1962) e "Apocalittici E Integrati" (1964, Apocalípticos e Integrados).
Mantendo uma carreira editorial bastante completa e ativa, Eco não deixou de publicar estudos académicos sobre Estética, Semiótica e Filosofia, dos quais se podem destacar "La Definizione Dell'Arte" (1968), "Le Forme Del Contenuto" (1971), "Trattato Di Semiotica Generale" (1976), "Come Si Fa Una Tesi Di Laurea" (Como Fazer Uma Tese de Doutoramento, 1977) e "Arte E Bellezza Nell'Estetica Medievale" (1986), obra que lhe valeu vários e conceituados prémios literários. Em 1980 publicou o seu primeiro romance, "Il Nome Della Rosa" (O Nome da Rosa), obra que foi imediatamente considerada como um clássico da literatura mundial. Contando as andanças de um monge do século XIV que é chamado a uma abadia beneditina para solucionar um crime, Eco restabelecia a velha contenda entre o mundo material e o espiritual. A obra foi adaptada com sucesso para o cinema em 1986, pela mão do realizador Jean-Jacques Annaud.
Bastante popular, sobretudo nos meios mais eruditos foi o seu segundo romance, "Il Pendolo Di Foucault" (1988, O pêndulo de Foucault), em que Eco contrapunha o hermetismo e a cosmologia aos potenciais da informática e aos perigos do crime organizado.
O público acolheu com mais modéstia "L'Isola Del Giorno Prima" (1995, A Ilha do Dia Antes), romance em que Roberto della Griva, um aristocrata do século XVII, desperta numa embarcação à deriva no Pacífico Sul, e "Baudolino" (2000, Baudolino), obra também pertencente ao género do romance histórico.

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