A Hora do Diabo
de Fernando Pessoa
Sobre
o LivroDepois do baile de Carnaval, numa rua cheia de luar, o Diabo fala com Maria, para quem este é apenas um rapaz mascarado de Mefistófeles.
Autodenominando-se "Deus da Imaginação", a quem Maria deve os seus pensamentos com o Príncipe Encantado, bem como os seus sonhos com o Homem Perfeito ou o amante interminável, o Diabo descreve-lhe as suas melhores criações, o luar e a ironia, explicando-lhe como os crentes temem o seu nome e as igrejas o abominam. Mas, em vez de impressionar Maria, esta demonstra-lhe a imensa pena que por si sente, e observa a expressão de angústia que perpassa pelo rosto e olhos do homem vermelho, ao deixar de súbito cair o braço que enlaçava o dela.
Refere Teresa Rita Lopes, no posfácio a esta obra, que A Hora do Diabo, juntamente com Fausto, o poema dramático que Pessoa foi escrevendo ao longo da vida, é um dos mais longínquos projectos do jovem Pessoa, correspondendo este texto, não a uma curiosidade literária, mas a um tema que o poeta sempre desejou desenvolver.
Fiquei desapontada quando recebi o livro, por ser tão pequeno. Fernando Pessoa não se mede em quantidade, a qualidade da sua escrita e o peso das suas ideias fica connosco após o livro terminar. Deixou-me num vazio de leitura, o que também pode ser uma sensação boa.
Para quem tiver curiosidade de descobrir mais um pouco da riquíssima obra de Pessoa. Aqui fica uma interessante narração sobre um suposto encontro entre Maria, como representação da mulher, e o diabo.
F.P é uma das mais intrigantes e fascinantes personagens da literatura do sec XX. Esta obra, que não é de todo conhecida, é só mais uma pequenina prova do génio que iluminava este indivíduo. Trata-se de uma conversa muito particular entre uma mulher grávida e o suposto diabo.
obra sempre atual (visionamento do presente e novo futuro...) dá que repensar e abanar os sentimentos