A Confissão de Lúcio

Livro de Bolso

de Mário de Sá-Carneiro

editor: 11 X 17, janeiro de 2011
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A Confissão de Lúcio, considerada a mais importante obra de Mário de Sá-Carneiro, tem como base o triângulo amoroso entre Lúcio, o seu amigo Ricardo de Loureiro e a mulher deste, Marta.
Nesta novela escrita em forma de policial, o narrador, Lúcio, confessa a sua inocência, depois de ter passado dez anos na prisão acusado da morte de Ricardo, ocorrida em circunstâncias misteriosas e da qual a única testemunha é o próprio Lúcio.
Obra vanguardista, nela se encontram algumas das obsessões do autor: o amor pervertido, o suicídio, o sentimento de incompletude e de alienação do eu que lhe conferiram uma aura de poeta maldito.

A Confissão de Lúcio

Livro de Bolso

de Mário de Sá-Carneiro

Propriedade Descrição
ISBN: 9789722522526
Editor: 11 X 17
Data de Lançamento: janeiro de 2011
Idioma: Português
Dimensões: 108 x 169 x 6 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 144
Tipo de produto: Livro
Coleção: 11X17
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789722522526
e e e e E

Surpreendente

Joana Esteves

Quando li a Confissão de Lúcio não sabia bem ao que ia. Este pequeno livro (apenas em quantidade), que se lê numas duas horas, surpreende pela forma como agarra, pela história subjacente à confissão. "Não importa que me acreditem, mas só digo a verdade — mesmo quando ela é inverossímil." E é nesta potencial contradição que nos questionamos. Um clássico do Modernismo Português que vale muito a pena!

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Obrigatório lêr

António Reis

Um livro que marcou o modernismo português. Aborda tópicos que Mário de Sá Carneiro gostava de escrever. Um livro que se mantém actual. Recomendo para quem não conhece.

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"A Confissão de Lúcio" - um marco na Literatura Portuguesa

Ana

"A Confissão de Lúcio", livro escrito por Mário de Sá-Carneiro, faz-nos refletir sobre os conflitos que passam pela nossa mente. Sobre aquilo que queremos, que desejamos e como deixamos de apreciar algo se soubermos o que está por detrás dele. Mário de Sá-Carneiro é um autor que partiu precocemente, contudo, deixou o seu cunho bem gravado na Literatura Portuguesa e este livro é exemplo disso mesmo.

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Muito bom

madalena

A Confissão de Lúcio, escrito na primeira pessoa, inicia precisamente com a explicação de que terá cumprido uma pena de 10 anos de prisão por um crime que não cometeu. Aquilo que pretende com a confissão é revelar a sua inocência, se possível. Compromete-se assim a dizer toda a verdade ainda que isso implique uma maior dificuldade de aceitar o que conta. Não importa que me acreditem, mas só digo a verdade - mesmo quando ela é inverosímil.deixa no ar uma serie de perguntas sem resposta, e espaços de silêncio que dão voz às personagens. Dá-nos a nós, leitores, espaço para ouvir. Para julgar ou para empatizar e acreditar na inocência ou culpa deste crime pelo qual pagou, ainda que isto não se lhe mostre penoso.

Mário de Sá-Carneiro

Poeta e ficcionista, com Fernando Pessoa e Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro constitui um dos principais representantes do Modernismo português. Partindo para Paris, em 1912, para cursar Direito, estudos que abandonaria pouco depois, a figura de Mário de Sá-Carneiro assume uma importância basilar para a compreensão do modo como o Modernismo português se foi formando com caracteres próprios na recepção das correntes de vanguarda europeias, processo de que a correspondência que estabeleceu com Fernando Pessoa dá um testemunho documental precioso e que culminaria com a publicação de Orpheu, em 1915. Os poemas que edita no primeiro número de Orpheu, destinados a Indícios de Oiro, são, a este título, significativos da sua adesão às estéticas paúlica e sensacionista, que na correspondência entre os dois grandes poetas fora gerada, glosando, então, em moldes muito devedores do simbolismo-decandentismo, a abjecção de um eu em conflito com um outro, reverso da sua frustração e insatisfação ("Eu não sou eu nem o outro, / Sou qualquer coisa de intermédio: / Pilar da ponte de tédio / Que vai de mim para o Outro", "7"), ao mesmo tempo que a publicação de "Manucure", no segundo número de Orpheu , revela uma incursão por uma forma poética mais próxima da escrita da vanguarda futurista, no que contém de autonomização do significante. Já antes de Orpheu, a colaboração de Mário de Sá-Carneiro na revista Renascença (1914) - onde Fernando Pessoa publica Impressões de Crepúsculo -, com a publicação de Além (apresentado como uma tradução portuguesa de certo Petrus Ivanovitch Zagoriansky), instituíra a sua experiência poética na charneira entre a herança simbolista e as tentativas paúlicas e interseccionistas. Mário de Sá-Carneiro constitui ainda um paradigma da prosa modernista portuguesa pela publicação das narrativas Céu em Fogo e A Confissão de Lúcio, construídas frequentemente a partir do estranhamento de um narrador insolitamente introduzido em situações onde o erotismo, o onirismo, o fantástico, se associam aos temas obsessivos do desdobramento e autodestruição do eu. O seu suicídio, com 26 anos, parecendo vir selar aquele sentimento de inadaptação à vida, de permanente incompletude, de narcísico auto-aviltamento e, sobretudo, de consciência dolorosa da irremediável cisão do eu, consubstanciada na dramática tensão entre um eu, vil e prosaico, e um outro, seu duplo ideal, que alimentaram tematicamente a obra, nimbou-o para a posteridade de uma aura de poeta maldito, que deixaria um forte ascendente sobre a poesia contemporânea de gerações posteriores à sua. Com efeito, a mensagem poética do autor de Indícios de Oiro ecoa postumamente na literatura presencista da geração de 50 e até surrealista, passando por nomes absolutamente diversos como Sebastião da Gama, Mário de Cesariny ou Alexandre O'Neill, entre muitos outros.

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