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Luz sobre a Idade Média -

de Régine Pernoud

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 Idade Média. A Idade das Trevas. Eis a imagem que temos ainda do que aprendemos no liceu. Régine Pernoud reage contra estes preconceitos, revelando toda a riqueza do período medieval. No campo da literatura, refere-se a epopeias como a Canção de Rolando, aos romances de cavalaria, à novela amorosa, à poesia, às farsas, às fábulas. Evoca o desenvolvimento artístico desta época, assim como aspectos menos conhecidos: o interesse dedicado às ciências e à medicina. A própria vida quotidiana traz a marca de uma civilização já refinada. Basta dizer que a higiene estava mais desenvolvida do que no século XVII. A hierarquia social assentava essencialmente nos laços familiares. As mulheres tinham direitos que perderam a partir do século XVI. A descoberta fabulosa de um tempo mal conhecido, onde se misturam o profano e o sagrado e onde o comércio, as ciências e as artes conhecem grande desenvolvimento. Idade Média, uma idade de trevas? Não! Idade Média, uma idade de luz.
A Guerra na História da Europa -

de Michael Howard

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 A presente obra, considerada um clássico nos meios académicos e castrenses, trata a evolução do conceito de guerra ao longo dos séculos, da Idade Média à Era Nuclear. Michael Howard, reputado professor da Universidade de Oxford, demonstra brilhantemente que as guerras determinam a configuração sociedade e que a mudança social determina os conflitos entre os homens.
A Civilização Celta

de Christian J. Guyonvarch e Françoise Le Roux

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 Os Celtas desempenharam um papel central no curso da História europeia. Porém, continuam envoltos em mistérios e lendas e são, de um modo geral, mal conhecidos. Neste livro, os autores tentam demonstrar que os Celtas não foram um povo bárbaro e primitivo, mas diferente, com concepções próprias sobre religião, a sociedade e o Estado. Abordando um tema que tem sido alvo de especulações abusivas, esta obra é um sólido manual de iniciação à cultura e à história deste povo. Nele encontramos, a par de uma descrição da evolução da civilização desde a sua origem até aos seus vestígios actuais, uma discussão das fontes e das dificuldades que se ofereceram à historiografia sobre o assunto.
No Tempo em Que Outros Homens Viviam na Terra - Novas Perspectivas sobre as Nossas Origens

de Bernard Seytre e Jean-Jacques Hublin

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 Geneticamente, o Homem é um símio à semelhança do chimpanzé e do gorila. Mas quais são as suas origens? Como e quantas espécies houve até que ele se tenha transformado em ser humano? Este livro informa o leitor das últimas descobertas feitas neste domínio, já que mais de metade dos fósseis humanos que hoje conhecemos foram descobertos nos últimos vinte anos. Entretanto, surgiram novas técnicas que nos permitem analisar a estrutura molecular do esqueleto dos nossos ancestrais, descodificar os seus genes, reconstituir a sua dieta alimentar, de forma a compreender melhor a sua evolução cultural. O leitor ficará a saber que estudamos os chimpanzés para compreender melhor os comportamentos dos primeiros homens, que a nossa evolução não é linear, já que é uma amálgama de espécies, marcada pela coexistência de diferentes linhagens e por inúmeras extinções, que foi na África que os nossos antepassados deram início à conquista de novas terras para povoar, que os neandertais e os homens de Cro-Magnon se encontraram, ou se defrontaram, algures entre o mar Negro e o oceano Atlântico, ou ainda que grande parte das doenças de que os homens sofrem nos dias de hoje podem ser explicadas à luz do seu passado de caçadores e de recolectores. Uma leitura que mudará completamente a sua visão sobre as origens do Homem e o lugar que ele ocupou na Natureza.

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A Guerra Civil de Espanha - Origens, Evolução e Consequências

de Francisco J. Romero Salvadó

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 Este estudo oferece uma análise detalhada este conflito fascinante e dos seus antecedentes, examinando a polarização política e social que ocorreu no período de monarquia restaurada (1874-1931) e da segunda república (1931-36). Explora a evolução da facção nacionalista e das forças republicanas, a dimensão internacional da guerra e apresenta o seu amargo legado: o estabelecimento de um regime ditatorial que tinha por principal objectivo a perseguição dos vencidos.
A Linguagem das Coisas

de António Carlos Silva e Luís Raposo

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 «Ensaios e Crónicas de Arqueologia. Não somos nem queremos passar por especialistas de todas as temáticas aqui tratadas. Mas julgámos, por um momento, estar em boas condições para, com um mínimo de rigor, alcançar o lado oculto das coisas, aquele lado que os media não conseguem atingir e frequentemente os especialistas não sabem ou não querem fazer sair das prateleiras onde ciosamente guardam os seus troféus, da apresentação. O volume que chega às mãos do leitor é uma importante obra de divulgação sobre Arqueologia. Os autores - Luís Raposo e António Carlos Silva - optaram por expor os assuntos através do recurso aos «ensaios e crónicas», numa abordagem profunda e abrangente. Reconhecendo sem dificuldade o seu vício de concentração porventura excessiva em cacos e pedras, Luís Raposo e António Carlos Silva apresentam, de uma forma exaustiva, as diversas frentes de actividade arqueológica: a produção científica fundamental, a defesa e valorização do património, a museologia, a afirmação socioprofissional e a partilha de saberes com todos os que, mesmo ingenuamente, apenas gostam de Arqueologia.» Luís Raposo, arqueólogo, especialista em Pré-História Antiga, técnico superior do Museu Nacional de Arqueologia e professor auxiliar convidado da Universidade Lusíada. António Carlos Silva, licenciado em História, funcionário do IPPC/IPPAR, sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses. Apoios: Instituto Camões e Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro.
As Escolas Históricas - Da Idade Média aos nossos dias (3ª Edição)

de Guy Bourdé e Hervé Martin

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 A forma como entendemos e explicamos a História tem vindo a reflectir a forma como concebemos a sociedade e aqueles que nela participam. Desde a Alta Idade Média até aos dias de hoje, foram muitas as alterações que modificaram o modo de apreendermos o que nos rodeia, de compreendermos o nosso Passado, o nosso Presente e o nosso possível. Futuro. Nesta obra cativante e de fácil leitura, viajaremos pela mente daqueles que foram descobrindo e iluminando o nosso passado, compreendermos as teorias, os métodos historiográficos e as diferentes formas de escrita do que nos é passado. Da lenda ao facto abrangente e consequente, muitas foram as luzes possíveis que se foram incidindo pelo olhar das mentes. Dos eruditos e iluminados dos séculos XVI e XVII, passando pelos Positivistas ou pela revolução francesa dos Annales, pela Nova História, pelos Marxistas ou pelos Estruturalistas, esta é uma obra indispensável a professores e alunos, assim como a todos aqueles que procuram compreender melhor a problemática das Ciências Sociais e Humanas.

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A Revolução Francesa em Questão - Novas perspectivas

de Jacques Solé

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 Jacques Solé é professor de História Moderna na Universidade de Ciências Sociais de Grenoble e, de 1975 a 1985, dirigiu o departamento de História e Arqueologia da Universidade de Ouagadougou no Burkina Faso. O presente trabalho, com anotações actualizadas e ampliadas pelo próprio autor, apresenta uma síntese das mais recentes investigações e controvérsias sobre as diferentes ideologias em confronto durante a Revolução Francesa.
A Inglaterra e a Península Ibérica na Idade Média - Séc. XII-XV

de Maria Bullón-Fernández

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 Esta colecção de ensaios, inovadora e interdisciplinar, de académicos ibéricos, americanos e ingleses, examina os intercâmbios literários, históricos e artísticos entre a Inglaterra e a Península Ibérica dos séculos XII a XV, abarcando análises de casamentos régios e alianças políticas, assim como exames das interacções literárias, artísticas e religiosas. Estes ensaios demonstram a importância das relações anglo-ibéricas tanto pelo seu valor intrínseco como extrínseco, encaradas num contexto mais abrangente no âmbito dos desenvolvimentos que a Europa Medieval conhece. Sugerem, ainda, linhas de pesquisa numa área de estudos que merece mais atenção por parte dos eruditos. Eruditos e estudantes interessados na Inglaterra e na Península Ibérica ou nos estudos comparativos no âmbito da Europa Medieval vão querer ler este livro. MARIA BULLÓN-FERNÁNDEZ é professora associada de Inglês na Universidade de Seatle e autora de vários livros. Também publicou ensaios e artigos sobre o Confessio Amantis de Gower, Pearl, teatro medieval e sobre os Contos de Cantuária de Chaucer.
O Confidente das Damas - O bidé do século XVII ao XX - História de uma intimidade

de Fanny Beauprée e Roger Henry Guerrand

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 Eis, por fim, o famoso bidé, que todos pensamos ser uma invenção tão francesa quanto a boina e a baguete de pão. Temos sem dúvida razão na atribuição desta criação maior! Se não se conhece nem o nome do seu inventor nem a data da sua invenção, o bidé é, indiscutivelmente, uma obra dos carpinteiros parisienses do século de Luís XV; nessa época de libertinagem, irá desempenhar o papel de Confidente das Damas antes de se tornar, após várias atribulações, no objecto indispensável da moderna higiene diária. Associado às coisas do sexo, à nudez e à intimidade, às terapias venéreas e aos segredos funestos das famílias, o bidé continua no entanto a ser, desde da sua criação, o objecto de todos os fascínios e de todas as desconfianças. Porque evoca um pequeno cavalo e o acto de o montar, permanecerá, apesar da sua importante difusão, um objecto trivial de nome impudico de se pronunciar. A história deste indizível violino estava por escrever, pois ninguém ainda tinha tido a coragem de o fazer. É este o mérito desta obra pioneira, obra de dois investigadores que não temeram as dificuldades de tal empreendimento; entre o inventário técnico e a tentação de propósitos ligeiramente levianos, ganharam a aposta feita com base num trabalho simultaneamente documentado e divertido.
História Politica de Portugal - 1910 a 1926

de Douglas L. Wheeler

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 No breve espaço de tempo entre a monarquia constitucional (1834-1910) e o regime emergente da Revolução Nacional, em 1926, Portugal teve quarenta e cinco governos sucessivos. A primeira República foi o regime parlamentar mais instável da Europa Ocidental. As hipóteses da sua sobrevivência eram poucas. O país sofreu com a desorganização económica e social sem precedentes, com a violência pública e com os constantes pronunciamentos militares-revolucionários. A desvalorização da moeda e a inflação foram, de longe, as piores dos tempos modernos. Por volta de 1926, restavam à República muito poucos apoiantes. É sobre este período turbulento que o Prof. Douglas L. Wheeler se debruça, nesta edição de História Politica de Portugal — 1910-1026, que inclui um novo e extenso prefácio e uma bibliografia actualizada e que pretende, assim, juntar-se ao centenário da implantação da República.
Tratado do Requinte

de Malek Chebel

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 Geralmente pouco conhecidas, as inovações da civilização árabe no que toca à arte de bem viver são, no entanto, uma das mais belas ilustrações de uma cultura de forte personalidade. De facto, muito cedo, o requinte no Islão representou o ideal de um grupo social privilegiado cuja originalidade e talento iriam impregnar duradouramente a sociedade de corte em Bagdade no tempo do seu esplendor, em Córdova, no Magrebe ou no Egipto. Esta sociedade brilhante entregou-se com igual alegria à filosofia, à moral, ao desporto, aos jogos, à gastronomia, ao ócio e à amizade feliz que não desdenha o vinho nem os prazeres proibidos. Este Tratado foi concebido como uma exploração do requinte no universo árabe. Mas veremos que, depois de ter sido espelho de elegâncias e um emblema do bom gosto, onde se projectava uma sociedade ociosa, despreocupada e rica, esta arte delicada se iria transformar numa concha vazia, maneirista, afectada. Antropólogo e psicanalista de formação, Malek Chebel revela-se aqui um verdadeiro historiador das mentalidades do mundo árabe e do Islão. Devemos-lhe uma dezena de obras sobre a matéria, assunto em que tem vindo a tornar-se especialista.
A Sociedade Celta

de Christian J. Guyonvarch e Françoise Le Roux

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 A presente obra apresenta-nos, com clareza e concisão a que os autores nos habituaram, a sociedade celta, os seus princípios de organização e funcionamento, a sua estrutura ternária indo-europeia, que regula e equilibra as capacidades e as competências de cada um: os druidas, que administram o sagrado; os guerreiros, que detêm uma força brutal canalizada e comandada pelo rei para a defesa e a tranquilidade de todos; os artesãos e produtores, que garantem a subsistência da comunidade. São estes os fundamentos e as articulações das três classes sociais indo-europeias - sacerdotal, guerreira e produtora -, aqui examinados minuciosamente, por referência e comparação com o arquétipo indiano inflexível e imóvel do sistema de castas, definitivas e estanques. Da análise conclui-se que a sociedade celta não era tão primitiva, cruel e grosseira como foi descrita preconceituosamente por alguma historiagrafia; era, pelo contrário, na opinião dos autores, perfeitamente equilibrada e próspera. Numa época em que a cultura celta suscita o maior interesse, é inteiramente oportuno conhecer o seu legado social e civilizacional, desfazendo equívocos e mitos, numa tentativa de restituir a verdade à História.
As Províncias Romanas da Europa Ocidental e Central - De 31 a.C. a 235 d.C.

de Jean-Pierre Martin

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 Fruto das mais recentes pesquisas de História Militar e das Instituições e de investigações arqueológicas da Antiguidade Clássica, a presente obra debruça-se sobre o período compreendido entre 31 a.C. e 235 d.C. - a época áurea do Império. E analisa de forma rigorosa todo o sistema político, administrativo, jurídico e militar de interacção entre Roma e as suas províncias, graças ao qual aquela dominou territórios imensos da Europa Ocidental e Central. Este estudo divide-se em duas partes. A primeira trata das conquistas, consolidação e defesa da área considerada. Cada capítulo corresponde a um período fulcral do Império e escrutina as resistências ou formas locais de aceitação do domínio romano. A segunda parte mostra como, para cada caso específico regional, se aplicavam categorias diferentes de administração - províncias senatoriais ou imperiais, à frente das quais se poderiam encontrar pretores ou cônsules - e como as carreiras de magistrados e de militares dependiam dos seus percursos pelas mais remotas ou próximas áreas do Império. Também a sua vida municipal e local é minuciosamente descrita, enquanto resultado de um hábil cruzar de influências, indígenas e romanas. Por fim, ao longo do livro é sempre individualizado o caso da Hispânia e, dentro desta, o da Lusitânia, sendo este um factor de interesse adicional para os leitores portugueses.
A Civilização Islâmica

de Joseph Burlot

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 O mundo muçulmano está diariamente presente e os acontecimentos mais em destaque nos meios de comunicação social inserem-se com grande frequência nos mesmos temas: conflitos internos, golpes de Estado, revolução e petróleo. O mundo ocidental interpreta quase sempre mal estes problemas, devido a um profundo desconhecimento dos traços mais marcantes da civilização islâmica, tão próxima e ao mesmo tempo tão longínqua da nossa. Esta obra é, simultaneamente, uma história do mundo islâmico e dos principais aspectos da sua civilização, e um guia do mundo árabe-muçulmano que, graças à sua organização interna e aos apêndices, pode ser utilizado como um verdadeiro manual.
A Idade Média à Mesa

de Bruno Laurioux

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 Nesta obra, Bruno Laurioux, um reputado especialista em alimentação na Idade Média, propõe-se abordar um dos aspectos mais característicos da vida quotidiana desta época dita obscura. Em oposição a uma imagem que, segundo ele, se encontra incorrectamente vulgarizada, o autor procura mostrar como na Idade Média se elaborou uma verdadeira civilização dos prazeres da mesa e uma refinada arte culinária. Um trabalho de síntese rigorosa e informada - complementado por um conjunto de receitas da época - que interessará, certamente, não apenas aos estudiosos da História mas também aos amantes da gastronomia.

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Introdução à História dos Descobrimentos Portugueses -

de Luís de Albuquerque

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 Na presente Introdução à História dos Descobrimentos Portugueses procura-se expor os principais fundamentos do carácter histórico, cultural e científico em que se radica o fluxo das navegações portuguesas dos séculos XV e XVI. Trata-se, naturalmente, de um estudo de síntese em que se entrelaçam dados diferentes mas igualmente relevantes, segundo a óptica do autor; assim, se o texto possui, sem dúvida, uma certa unidade, imposta pelos objectivos que se propõe atingir, é também inevitável que proponha pistas de trabalho e levante questões controversas ou, até, possa ser acusado de falhas mais ou menos significativas. A este respeito deve ser recordado que se trata de uma quarta edição e que o autor não pretendeu escrever obra nova; nem o devia fazer, porquanto os seus pontos de vista sobre os temas versados não sofreram alterações significativas depois da primeira edição, publicada em 1959. Sobre a História dos Descobrimentos, domínio em que é um reputado especialista, o Professor Luís de Albuquerque publicou até hoje largas dezenas de comunicações, ensaios e pequenos estudos, além de cerca de uma vintena de livros; colaborou ainda em várias obras colectivas, como, por exemplo, no Dicionário de História de Portugal (mais de duzentas entradas), na History of Cartography e no Lexicon des Mittelaltèrs.
O Erotismo na Idade Média - O corpo, o desejo, o amor

de Arnaud de La Croix

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 Idade Média e erotismo: dois conceitos contraditórios? Nada podia estar mais longe da verdade. Aquele período que, durante séculos, foi considerado obscurantista revela-se afinal como extremamente criativo nos domínios do desejo e da sexualidade. Em finais do século XI, os primeiros trovadores cantam a sensualidade, a mulher, o adultério, numa nova concepção do amor em ruptura com a herança da Antiguidade; religiosas místicas celebram escaldantes esponsais místicos com o divino; os fabulários, onde o sexo se exibe com crueza, as canções dos goliardos, a obscenidade de numerosas esculturas, os ritos carnavalescos evocam uma sexualidade impulsiva, ligada a tradições populares muito pouco cristãs. Em suma, o erotismo medieval, rico e contrastado, não cessa de nos surpreender e de nos questionar. Esta é a sua história, nunca antes escrita.

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Lucy - Crónicas da Pré - História

de Ivonne Rebeyrol

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 Apelido: austhalopithecus afarensis; Nome: Lucy; Idade: cerca de 20 anos; Altura: 1,20 m; Residência: Hadar (no nordeste da Etiópia); Antiguidade: cerca de três milhões de anos. A descoberta, em 1974, de 40‰ do esqueleto de Lucy, o mais primitivo dos Australopitecos e o primeiro hominídeo conhecido a manter-se de pé, assim como vários outros achados arqueológicos, confirmam a hipótese de que a África oriental foi o berço da humanidade. Este é apenas um dos episódios da história do surgimento do Homem na Terra, que é apresentação pela autora numa obra que acompanha o decorrer de vinte cinco anos de descobertas paleontológicas. Ao apresentar os trabalhos de investigadores consagrados como André Leroi-Gourhan, Louis Leakey, Yves Coppens e muitos outros, é uma verdadeira iniciação à evolução da humanidade que somos convidados por estas Crónicas da Pré-História. O especialista reencontrará aqui as grandes etapas das descobertas contemporâneas e o não iniciado terá o prazer de… as descobrir.
O Ouro e a Moeda na História

de Pierre Vilar

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 Figura destacada da vulgarmente chamada Nova História, Pierre Vilar apresenta na presente obra um dos mais aprofundados estudos alguma vez realizados sobre a relação entre o movimento dos preços e a exploração mundial de metais preciosos, nomeadamente do ouro e da prata. Pondo em confronto teorias quantitativas e teorias não monetaristas, o autor aborda, entre outras, as relações entre os Descobrimentos, o comércio colonial, a industrialização, o crescimento demográfico, a exploração mineira e o movimento dos preços, fenómenos que, desde o século XV até às primeira décadas do século XX, marcaram historicamente o progresso da economia mundial. Ao procurar contribuir para a clarificação dos difíceis problemas suscitados pela moeda ao longo dos tempos e apesar de não ser, como o próprio autor o afirma, «a obra de um perito em questões monetárias, nem mesmo de um economista», O Ouro e a Moeda na História é, sem dúvida, um livro de leitura obrigatória para professores, estudantes e todos aqueles que, de uma maneira geral, se preocupam com os grandes temas da economia internacional.
Sexualidade no Confessionário - Um Sacramento Profanado

de Stephen Haliczer

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 Em Sexualidade no Confessionário: Um Sacramento Profanado, Stephen Haliczer situa o presente debate sobre o sexo, o celibato e a Igreja Católica num contexto histórico baseando-se numa série de casos reais e testemunhos de julgamentos para documentar de que forma a transgressão sexual predominou consideravelmente no Sacramento da Penitência. Tentando reafirmar o seu controlo moral e social sobre os fiéis, a Igreja da Contra-Reforma sublinhou o significado da comunhão e da confissão. Era exigido aos sacerdotes que fossem exemplos de celibato e médicos de almas, e a Inquisição estava lá para punir os transgressores. Ao relacionar as histórias destes sacerdotes bem como das suas penitentes, o autor, aproveitando as provas deixadas pelos tribunais da Inquisição, apresenta um retrato vivo dos comportamentos sexuais impróprios durante e após a confissão e dos castigos a que os sacerdotes desobedientes tinham de submeter-se. Entretanto, lança uma nova luz sobre a Igreja da época, as vidas reprimidas dos sacerdotes, e as vidas das suas congregações, chegando a uma conclusão tão surpreendente quanto acertada. Na sua opinião, tanto a Inquisição como a Igreja devem arcar com igual culpa pela erotização do confessionário. O cada vez maior controlo sobre o celibato do clero e a função disciplinar e consolatória do Sacramento, criaram e intensificaram tensões sexuais, ansiedade e culpa tanto dos sacerdotes como das penitentes, atribuindo uma carga sexual ao confessionário e lançando as bases para a profanação do sacramento. Baseado numa investigação exaustiva dos casos da Inquisição que envolviam as propostas sexuais dos confessores bem como de inúmeros manuais dos confessores, esta obra constitui um contributo significativo para a história da sexualidade, a história das mulheres e a sociologia da religião.
História das Superstições -

de Jean - Claude Schmitt

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 «A palavra superstição continua a pertencer à nossa linguagem: ainda hoje, são considerados supersticiosos aqueles que parecem estabelecer uma relação de causalidade entre um acto ou um facto julgados significativos - treze convivas à mesa, o saleiro que se entorna, um espelho que se quebra, etc.- e um acontecimento, situado geralmente no futuro, que se espera ou que se receia e deseja afastar. Tais afirmações, comportamentos e crenças podem coexistir, na mesma sociedade, até num mesmo indivíduo, com uma abordagem científica e técnica dos fenómenos: pode bater-se na madeira antes de embarcar num avião, embora sabendo que este voará conforme as leis da aerodinâmica.(...) As superstições são hoje, em geral, toleradas: o seu espectáculo suscita a alguns um sorriso irónico, a outros uma curiosidade prudente. Não são novas na sua forma: o temor dos presságios é universal […] As superstições não se deparam já com os imperativos da fé enunciados por uma Igreja: em contrapartida, são geralmente opostas à racionalidade científica que o Ocidente forjou, sobretudo a partir do século XVIII. Mas esta substituição de um sistema de referências por outro efectuou-se muito progressivamente, e decerto que ainda não se encontra hoje totalmente concluída.»
Falsificações da História -

de Marc Ferro

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 A história levanta os problemas do seu tempo mais ainda do que os da época cujo estudo ela se propõe. Ninguém se pode iludir: a imagem que temos de nós próprios e a que fazemos dos outros povos do globo está intimamente associada à história que nos contaram quando erámos pequenos. Ela marca-nos, assim, para o resto da vida. A partir das narrativas, das festas, dos manuais escolares e dos filmes, Marc Ferro, director de estudos na École des Hautes Études en Sciences Sociales, examina as variantes e restitui a cada sociedade a sua múltipla identidade, num estudo ao mesmo tempo descritivo e crítico. Nos Estados Unidos, há uma história dos colonizadores e há uma história dos índios; na URSS, publicaram-se sucessivas edições de manuais corrigidos em que os heróis de ontem são os renegados de hoje; em África, existe a história dos Brancos e a história dos Negros. Era urgente proceder a uma confrontação naquilo que essas histórias têm de real e de ilusório, antes de os poderes dominantes - Estados ou Igrejas, interesses privados ou partidos políticos - nos apresentaram a todos, na era dos mass media, um passado falsificado, limpo, manipulado, uniforme. Porque, mais do que o direito à História, temos o direito à verdade da História.

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Em Busca do Passado - A descodificação do registo arqueológico

de Lewis R. Binford

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 Como era a vida dos nossos antepassados primitivos? Como podemos interpretar e decifrar os padrões observados nos vestígios arqueológicos? E por que é que a humanidade efectuou a transição de um modo de vida de caçador-recolector para o de agricultor, e subsequentemente para a vida civilizada, no espaço de apenas alguns milhares de anos? É com estas questões em mente que o Professor Binford - um dos maiores teóricos do nosso tempo no campo da arqueologia e um dos fundadores da Nova Arqueologia nos EUA - examina o modo como olhamos o passado, fazendo ao mesmo tempo uma reavaliação de todo o percurso da evolução cultural da humanidade, desde o seu início, há milhões de anos, até às primeiras civilizações.

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