História das Superstições
Livro 1
de Jean - Claude Schmitt
Sobre
o Livro«A palavra superstição continua a pertencer à nossa linguagem: ainda hoje, são considerados supersticiosos aqueles que parecem estabelecer uma relação de causalidade entre um acto ou um facto julgados significativos - treze convivas à mesa, o saleiro que se entorna, um espelho que se quebra, etc.- e um acontecimento, situado geralmente no futuro, que se espera ou que se receia e deseja afastar. Tais afirmações, comportamentos e crenças podem coexistir, na mesma sociedade, até num mesmo indivíduo, com uma abordagem científica e técnica dos fenómenos: pode bater-se na madeira antes de embarcar num avião, embora sabendo que este voará conforme as leis da aerodinâmica.(...)
As superstições são hoje, em geral, toleradas: o seu espectáculo suscita a alguns um sorriso irónico, a outros uma curiosidade prudente. Não são novas na sua forma: o temor dos presságios é universal […] As superstições não se deparam já com os imperativos da fé enunciados por uma Igreja: em contrapartida, são geralmente opostas à racionalidade científica que o Ocidente forjou, sobretudo a partir do século XVIII. Mas esta substituição de um sistema de referências por outro efectuou-se muito progressivamente, e decerto que ainda não se encontra hoje totalmente concluída.»
Detalhes
do ProdutoLivros em Português > História > História em Geral