Uma Questão de Conveniência
de Sayaka Murata
Sobre
o LivroKeiko foi sempre estranha - e os pais perguntam-se onde encaixará ela no mundo real. Por isso, quando a rapariga resolve ir trabalhar para uma loja de conveniência, a notícia é recebida com entusiasmo, até porque na loja ela encontra um mundo bastante previsível, que domina com a ajuda de um manual e copiando os colegas até na forma de falar.
Mas aos 36 anos é ainda na mesma loja de conveniência que trabalha, e além disso nunca teve um namorado, frustrando as expectativas da sociedade… Embora Keiko não se importe com isso, sabe que a família e os amigos estão mais ou menos desesperados. Um dia, porém, é contratado para a loja um rapaz com o qual Keiko tem algumas afinidades. Não será então aconselhável para ambos um relacionamento?
Sayaka Murata, uma das vozes mais originais e talentosas da ficção contemporânea japonesa, capta brilhantemente a atmosfera de uma loja de conveniência e satiriza as obsessões que regem a sociedade contemporânea e a pressão exercida sobre as mulheres no sentido de cumprirem expectativas alheias, com o pretexto de terem uma vida normal.
Uma Questão de Conveniência, que venceu o prémio Akutagawa e foi traduzido em mais de vinte países, é o retrato de uma heroína deliciosa que promete ser tão memorável como Amélie Poulain.
The Guardian
talvez porque a cultura é tão diferente da nossa, não achei que o livro fosse interessante. as personagens são muito planas e sem qualquer tipo de caracter o que acabou por fazer com que a historia se tornasse demasiada aborrecida.
(...)...É uma fascinante crítica social, cómica e dramática, que apesar de ter sido uma leitura estranha, também gostei precisamente dessa vertente, lá original é este livro, esta forma de narrativa, lê-se mesmo muito bem, sempre com algo interessante e curioso a acontecer, é uma leitura leve e divertida, recomendo para quem anseia por uma leitura original e diferente.(...)
Quando vi este livro não percebi que era um romance. Depois, vi uma crónica sobre o mesmo e soube que tinha de o ler. Num instantinho. A sociedade não aceita bem a diferença. Todos têm de encaixar num padrão. Keiko era estranha. Durante 18 anos sentia que fazia parte de algo até que um dia alguém entrou na sua vida. Se não fosse japonês poderia ter outro enredo. Mas, não seria especial. Ou subtil e encantador. Ou comovente e divertido. Não seria tão bom.