Um Homem Chamado Ove

Não sejam rezingão, mas no fundo és um querido e com o tempo, passamos a adorar este avozinho. Achei hilariante o suicídio, quer dizer, as tentativas frustradas deixavam-no mais rezingão e mal disposto e a mim mais divertida. Um pensamento também sobre a solidão a solidariedade e vizinhos incomodam. E sim, o livro supera o filme.

Ove é o exemplo máximo de que o amor não precisa ser dito para existir. As sua demonstrações constantemente o evidenciam. A sua história de amor com Sonja, e a incapacidade de projetar a sua vida para lá daquela que lhe deu cor, é de um enternecimento que desfez o meu coração em pedaços. Mas Ove é também um Homem que nos brinda com as situações mais caricatas do dia-à-dia, em vizinhança e em sociedade. Com Ove dei sonoras gargalhadas, e com Ove senti, pela primeira vez, os meus olhos humedecer com o virar de algumas páginas. Um Homem Chamado Ove. História e protagonista absolutamente inesquecíveis e tão, mas tão marcantes. Ao longo de todo o livro senti uma vontade imensa de abraçar Ove. E, através da leitura, sentia-me também alguém com a missão de agarrar Ove à vida. Em vez disso, fica Ove permanentemente agarrado à minha. Não sei se há livros perfeitos. Mas este, para mim, está muito próximo da ideia de perfeição. Quase me atrevo a dizer: Façam o favor a vocês mesm@s... Não deixem de conhecer "Um Homem Chamado Ove".

Ao ler este livro certamente terão sensações de “deja vu”, mas daquelas boas… A mim, veio-me à memória o Carl Fredricksen de “Up Altamente”, o Vicent, protagonizado por Bill Murray em St. Vicent, entre outros…Todos eles são resmungões, mal humorados e sozinhos. Ove, tem 59 anos e foi “convidado” a aceitar uma reforma antecipada. Solitário, sem ter com o que se ocupar, apenas tenta voltar para junto da sua mulher Sonja. Enquanto não consegue, continua a fazer as duas rondas no condomínio e a arranjar sarilhos com os vizinhos. Esta é uma história deliciosa, que tanto nos arranca uma gargalhada como nos aperta o coração. O Ove conquista-nos a cada página, assim como os personagens que o rodeiam. A escrita do autor é muito cativante, misturando a narrativa com reflexões importantes. Confesso que senti uma certa melancolia ao ler este livro, pensei muitas vezes em quantos de nós têm o cuidado de dar atenção àquele vizinho que está sozinho. Às vezes só uma palavra, um pequeno gesto, um sorriso já faz a diferença. Mas quantos de nós fazemos isso? Precisamos de mais Parvaneh’s neste mundo, de mais compaixão, talvez até, de mais amor. É uma história comovente, sobre seguir em frente e encontrar novos propósitos, sobre luto e amizade. Um livro que aconselho muito, vão adorar o Ove e vão aprender imenso com ele.

Sabe aquela leitura que você termina e não consegue parar de chorar, não porque o livro é triste, mas sim por ele ser PERFEITO! Essa é uma obra de arte, muito bem escrito é muito lindo, Ove tem um coração enorme e nos faz rir, rir muito e chorar intensamente. Um livro cheio de sentimentos, gentileza, amor e amizade, que nos dá uma verdadeira lição sobre o real significado de família; mesmo não sendo por laços sanguíneos. Com certeza já foi uma das minha melhores leitura desse ano e será muito difícil superar! Como queria abraçar Ove! E agora estreiou o filme, que com certeza vou assistir e já estou preparando meu coração!

Todos conhecemos o Ove: mal disposto, intransigente, solitário. As partidas que a vida nos prega, também conhecemos algumas. O Ove não; a vida dele é a vida dele e ninguém tem nada com isso! Mas a vida encarrega-se de pôr tudo de pantanas... e às vezes corre bem. "Um homem chamado Ove" é um livro cheio de espírito, de tropeços e recomeços. O autor sabe ensopar a escrita com humanidade, é com perspicácia que revela as fraquezas, mas fá-lo com uma ternura enorme que nos deixa completamente desarmados. E é tão bom.