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Sonetos

de Florbela Espanca
editor: Porto Editora, agosto de 2021
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Escritos nas primeiras décadas do século XX, os sonetos de Florbela são a expressão poética da paixão sensual e da confissão feminina. Simultaneamente pujante e frágil, a poetisa revela, por vezes de forma egocêntrica e narcisista, uma feminilidade intranquila e insatisfeita, imersa na Dor e no Amor.
Influenciada por poetas como António Nobre ou Antero de Quental, Florbela revelou-se pouco permeável aos grupos e movimentos literários da época e construiu uma estética própria, pautada por um discurso poético veemente, descomplexado e livre de constrições sociais.
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Viva o livro português!

Para assinalar o Dia do Livro Português, celebrado a 26 de março, lembrámo-nos de três livros que lemos na escola secundária… e gostámos. Nem sempre acontece, mas estas leituras obrigatórias correram bem. Regressamos ao Álvaro e ao Ludgero do liceu e vamos lá recordar como foi a experiência de leitura destes três livros.

  Sermão de Santo António aos Peixes Podem não acreditar, mas o Ludgero de dezasseis anos vibrou com este Sermão de Santo António aos Peixes. Trata-se de uma obra emblemática do Padre António Vieira, proferida em 1654, em São Luís do Maranhão. Neste sermão, o autor utiliza uma abordagem inusitada, pregando não para a congregação humana, mas para os próprios peixes. Vieira usa essa metáfora para criticar os vícios e a corrupção da sociedade da sua época, especialmente os pecados dos colonos portugueses no Brasil. Além disso, denuncia a injustiça social, a ganância e a hipocrisia, e exorta à conversão ao catolicismo e à justiça. O que terá cativado o pequeno Ludgero? Talvez a sua retórica eloquente e poderosa, que torna esse sermão uma peça fundamental da literatura e da oratória barroca. O texto revela a genialidade e a coragem de Vieira ao desafiar os poderosos da sua época e ao defender os mais vulneráveis.
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  Eurico, o Presbítero O Álvaro adolescente era um romântico. E, como tal, não é de estranhar que a obra máxima de Alexandre Herculano o tenha apanhado na curva dos seus anos da inocência. Ambientada na Península Ibérica durante a ocupação dos visigodos, a história acompanha Eurico, um jovem presbítero que se vê envolvido em tramas políticas e amorosas. O romance retrata os conflitos entre os povos visigodos e os ocupantes romanos, explorando temas como honra, lealdade e religião. O autor tece uma narrativa repleta de intrigas e reviravoltas, enquanto explora os dilemas morais enfrentados pelas personagens. Eurico, o Presbítero é uma obra-prima da literatura portuguesa, mas poucas vezes referidas entre os grandes romances nacionais. O livro, no entanto, fascinou o Álvaro do décimo segundo ano pela sua riqueza histórica e profundidade emocional.
QUERO LER! Sonetos, de Florbela Espanca Deste gostámos os dois. É impossível não ficarmos rendidos à poesia de Florbela Espanca. Os seus Sonetos representam uma expressão sublime da sensibilidade feminina e da alma humana. Publicados postumamente em 1934, esses poemas revelam a intensidade emocional e a melancolia características da autora, cuja vida se mistura com as letras que escreve. Florbela utiliza a forma clássica do soneto para explorar temas como amor e a solidão, o desejo não correspondido e a morte. Marcada pela introspeção e por uma busca constante pela transcendência, a linguagem destas obras de arte traz-nos imagens que transcendem os versos e conseguem transmitir a complexidade das emoções humanas. Os Sonetos de Florbela Espanca cativaram-nos enquanto adolescentes, mas continuamos a abrir o livro de cada vez que queremos mergulhar no mundo desta poetisa.
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Sonetos

de Florbela Espanca

Propriedade Descrição
ISBN: 978-972-0-04977-3
Editor: Porto Editora
Data de Lançamento: agosto de 2021
Idioma: Português
Dimensões: 128 x 198 x 14 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 192
Tipo de produto: Livro
Coleção: Clássicos Porto Editora
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Poesia
EAN: 978972004977300
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável

abrangente

luis riscado

envolve o leitor com uma subtileza bastante absorvente

Sonetos

o.lopes

Podem ser considerados também um pouco depressivos, mas são sonetos com alma, com técnica, alguns são belos.

Muito bom

Maria Augusta Aguiar

este libro proporciona os melhores sonetos de Florbela Espanca

SOBRE O AUTOR

Florbela Espanca

Poetisa e contista. Depois de concluir os estudos liceais em Évora, frequentou a Faculdade de Direito de Lisboa. A abordagem crítica da sua obra poética, marcada pela exaltação passional, tem permanecido demasiado devedora de correlações, mais ou menos implícitas, estabelecidas entre o seu conturbado percurso biográfico - uma existência amorosa e socialmente malograda que culminaria com um suicídio aos 36 anos de idade -, e uma voz poética feminina, egotista e sentimental, singularmente isolada no contexto literário das primeiras décadas do século. Na verdade, a leitura mais imparcial das suas composições, entre as quais se contam alguns dos mais belos sonetos da língua portuguesa, permite posicioná-la quer na matriz de uma poesia finissecular que, formalmente, cruza caracteres decadentistas, simbolistas (são várias as referências na sua poesia a autores simbolistas) e neorromânticos (acusando a admiração por certos autores da terceira geração romântica, como Antero de Quental), "à maneira de um epígono de António Nobre" (cf. PEREIRA, José Augusto Seabra - prefácio a Obras Completas de Florbela Espanca, vol. I, Poesia, Lisboa, D. Quixote, 1985, p. IV), quer, ainda, pela forma como a vivência do amor promove, a cada passo, uma mitificação do eu, na senda de certos autores do primeiro modernismo como Sá-Carneiro, Alfredo Guisado ou António Botto. Por outra via, a da literatura mística, Florbela Espanca reata conscientemente ("Soror Saudade") com a tradição da literatura claustral feminina que recebera, no período de maior florescimento, uma marca conceptista, mantida na poética de Florbela por certa propensão para a exploração das antíteses morte/vida, amor/dor, verdade/engano. A imagem da mulher que sofre de ilusão em ilusão amorosa, que reitera até ao desespero a sua fatalidade, que dá expressão a uma existência irremediavelmente minada pela ansiedade e pela incompreensão, acabou por, na receção alargada da sua poesia, sobrepor-se a outros nexos temáticos com igual pertinência, como a dor de pensar e a aspiração à simplicidade ("Quem me dera voltar à inocência / Das coisas brutas, sãs, inanimadas, / Despir o vão orgulho, a incoerência: / - Mantos rotos de estátuas mutiladas!" ("Não Ser"); ou a forma como a busca do amor se volve essencialmente em busca de si mesma através dos estilhaços de um ser que não sabe ser sozinho: "Ó pavoroso mal de ser sozinha! / Ó pavoroso e atroz mal de trazer / Tantas almas a rir dentro da minha!" ("Loucura", in Sonetos). Florbela Espanca.

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