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Satânia – Novelas

de Judith Teixeira
editor: E-primatur, maio de 2019
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RECOMENDADO PELO PLANO NACIONAL DE LEITURA
Os livros de Judith Teixeira foram acusados - como a sua autora - de serem imorais, obscenos, degradantes.

Juntamento com obras de António Botto e Raúl Leal, foram apreendidos e queimados. Enquanto Fernando Pessoa e outros contemporâneos defenderam os seus correligionários, Judith, uma mulher à parte dos modernistas, não teve defesa e foi atacada pelos seus pares, pelas instituições civis e pela Igreja.

Satânia, único volume de prosa ficcional da autora, reúne duas novelas onde as temáticas da sensualidade feminina são, como na restante obra da autora, exacerbadas. Judith Teixeira é a única escritora modern(ist)a portuguesa a fazer a ligação de um ultra-romantismo carregado de erotismo latente (A vestal Álvaro do Carvalhal, por exemplo) passando pelo simbolismo, decadentismo e outros movimentos até chegar ao modernismo propriamente dito.

A censura calou esta voz inconformada e, um ano depois da publicação desta obra, até à sua morte em 1959, Judith Teixeira não mais se ouviu ou fez ouvir.

Esta é a primeira edição deste livro originalmente publicado em 1927 ao qual se junta a conferência De Mim na qual Judith Teixeira se procurou defender das críticas com que foi amordaçada.
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Feliz Mês do Orgulho!

Talvez a sigla ainda não fosse tão inclusiva, no tempo em que se escreveram estes livros. O mais certo é que não houvesse bandeira, sequer. Mais uma razão para serem corajosos, estes autores e autoras que falaram abertamente sobre homossexualidade, num tempo em que o tema era um absoluto tabu. Sinais de Fogo À medida que avançamos na leitura de um dos romances maiores da literatura portuguesa, vamos pensando como foi capaz o seu autor de escrever com tamanha clareza e arrojo sobre tantos temas controversos. Bem sabemos que o livro foi publicado após a sua morte, e já num tempo em que a democracia dava os seus primeiros passos em Portugal. Mas não lhe tira o mérito, até porque o respeito pela identidade sexual de cada um não surgiu como um relâmpago após a revolução de abril. Jorge de Sena, neste romance de construção de identidade, fala abertamente de uma sexualidade muito fluida entre os rapazes veraneantes no ano de 1936 na Figueira da Foz. Nada é estanque, nada é preto no branco, e o desejo impera, numa época em que se ouvem os estilhaços da Guerra Civil Espanhola, mas onde a praia, as aventuras de Verão e os namoros parecem sobrepor-se a tudo isso. QUERO LER!








  Maurice «És a única pessoa bela que vi na vida. Adoro a tua voz e tudo o que tem a ver contigo, até as tuas roupas ou a divisão onde estás sentado. Adoro-te.» Perdão, mas não resistimos a repetir esta belíssima frase do livro de Forster. É o caso de outro belíssimo romance que foi apenas publicado a título póstumo, já que o autor acreditava que nenhuma editora iria aceitar esta história de amor entre Maurice e Clive. Os dois rapazes vivem na conservadora Inglaterra dos inícios do século XX, altura em que a homossexualidade era vista como uma doença e um crime, levando ora para o manicómio, ora para a prisão. Ou, em alguns acasos, para ambos os lugares. Maurice é uma história, ainda assim, de uma leveza surpreendente, dados os temas que contém e a época em que foi escrito. Leveza no bom sentido, a fazer lembrar o amor adolescente, o sonho de uma vida feliz e a ideia de que o amor, venha ele de onde vier, é o melhor sentimento do mundo. QUERO LER!

  Satânia Mantemo-nos no início do século XX, mas agora vamos falar de amor no feminino. Esta obra, de uma autora muito cancelada pelos seus contemporâneos, é de uma coragem extrema, ao falar sobre a atração sexual entre mulheres. É certo que o faz de forma velada, nada é explícito e podemos sempre discordar de uma interpretação que nos diga que nem Margarida, na primeira novela, nem Clara, na segunda, demonstram mais do que uma leve sombra do desejo. Mas, quanto mais não seja pela forma explícita como fala da sexualidade feminina, Judith Teixeira eleva o desejo da mulher a um nível que não era, de todo, comum para a época. QUERO LER! Diário do Ladrão Avançamos algumas décadas e vamos para um dos mais rebeldes autores franceses. Jean Genet era uma personagem por si só: vivia no limite da lei, nas franjas da sociedade, arriscamos a dizer que no limite, também, da própria realidade. Diário do Ladrão poderia bem ser autobiográfico, uma vez que Genet esteve preso por roubo. O protagonista do livro entrega-se ele próprio a uma vida de vício, imergindo num mal total, alheio à sociedade a que não quer pertencer, numa decadência que é ela própria a cara da Europa no pós-guerra. Aqui, o sexo surge como pulsão a que não se consegue resistir, voz de instinto, cena de prostituição, pederastia, imerso em locais de passagem, sem terreno para se fixar. Genet, o “Anjo Caído”, é considerado por muitos como uma das principais vozes deste amor sórdido e clandestino. QUERO LER!

Satânia – Novelas

de Judith Teixeira

Propriedade Descrição
ISBN: 9789898872265
Editor: E-primatur
Data de Lançamento: maio de 2019
Idioma: Português
Dimensões: 119 x 209 x 6 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 112
Tipo de produto: Livro
Coleção: Livro B
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Outras Formas Literárias
EAN: 9789898872265
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Judith Teixeira

Luís

Uma escritora à frente do seu tempo, que lutou contra o preconceito dos seus pares e da sociedade. Foi criticada até por Fernando Pessoa. Uma mulher que sozinha fez a sua defesa. Um livro obrigatório para qualquer leitor que defende a diversidade e abertura de consciência humana.

e e e e E

Recomendo.

Mário Correia

Um regresso de um grande programa editorial português, os livros B. Em Satânia temos uma janela importante para a obra desta tão esquecida escritora portuguesa. Escrita reflexiva onde o erotismo representa muitas vezes o eixo. Recomendo.

SOBRE O AUTOR

Judith Teixeira

Judith Teixeira (1888-1959) alcançou notoriedade em março de 1923 no seguimento da publicação da sua primeira coletânea de poesia, Decadência, quando foi alvo de uma polémica sobre a (i)moralidade da arte, a qual envolveu também António Botto e Raul Leal. Antes disso, Judith já havia publicado em vários jornais, sob o pseudónimo de Lena de Valois, e contribuído para a Contemporânea, conceituada revista modernista. Apesar do escândalo, publicou mais dois livros de poesia, Castelo de Sombras (1923) e Nua. Poemas de Bizâncio (1926), e duas novelas publicadas sob título de Satânia (1927). Caso altamente invulgar para uma mulher desse período, Judith foi diretora da revista Europa em 1925 e escreveu uma palestra, intitulada De mim. Em que se explicam as minhas razões sobre a Vida, sobre a Estética, sobre a Moral (1926), provavelmente o único manifesto artístico modernista de autoria feminina no início do século XX em Portugal. Morreu quase desconhecida e permaneceu injustamente expurgada da memória coletiva e da história literária até recentemente, seguramente por causa do subtexto lésbico presente em vários dos seus poemas.

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