Judith Teixeira
Judith Teixeira (1888-1959) alcançou notoriedade em março de 1923 no seguimento da publicação da sua primeira coletânea de
poesia, Decadência, quando foi alvo de uma polémica sobre a (i)moralidade da arte, a qual envolveu também António Botto e Raul
Leal. Antes disso, Judith já havia publicado em vários jornais, sob o pseudónimo de Lena de Valois, e contribuído para a
Contemporânea, conceituada revista modernista. Apesar do escândalo, publicou mais dois livros de poesia, Castelo de Sombras
(1923) e Nua. Poemas de Bizâncio (1926), e duas novelas publicadas sob título de Satânia (1927). Caso altamente invulgar para uma
mulher desse período, Judith foi diretora da revista Europa em 1925 e escreveu uma palestra, intitulada De mim. Em que se
explicam as minhas razões sobre a Vida, sobre a Estética, sobre a Moral (1926), provavelmente o único manifesto artístico
modernista de autoria feminina no início do século XX em Portugal. Morreu quase desconhecida e permaneceu injustamente
expurgada da memória coletiva e da história literária até recentemente, seguramente por causa do subtexto lésbico presente em
vários dos seus poemas.
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bibliografia
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Satânia – NovelasE-primatur05-20190,00€
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Poesia e ProsaDom Quixote03-20150,00€
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Poemas& Etc.04-19960,00€