Portugal Atlântico

Colectânea de cerca de 60 ensaios, de diferente alcance, de José Enes, um dos mais importantes filósofos portugueses do século XX. Prefácio do Professor Carlos E. Pacheco Amaral (Universidade dos Açores) e Nota introdutória de Maria Fernanda Diniz Teixeira Enes (Universidade Católica).
Portugal Atlântico aborda temas como a "Atlanticidade de Portugal e relações internacionais" (primeira Parte), em que têm lugar temas como "O Mediterrâneo e o Atlântico: génese histórica", "A cultura portuguesa e a projecção de Portugal no mundo", "O estudo da estratégia e das relações internacionais: projecto universitário", "Relações internacionais - soberania e segurança", "Prospecção histórica de Portugal: Estado Atlântico?", "A atlanticidade de Portugal e os Açores", "Complexo sebastianista no comportamento político". Os Açores dominam grande parte dos ensaios (Enes nasceu na Ilha do Pico), como na segunda parte do livro: "Os Açores e a autonomia regional", que se desobra em capítulos como a "Atlanticidade e interacção dos sistemas societais no processo autonómico", "Considerações sobre a história económica dos Açores", "O 25 de Abril e a autonomia regional dos Açores", "A autonomia regional dos Açores e a teoria do Estado", "A autonomia regional na viragem da década 1980-1990", "O primeiro discurso autonómico dos Açores", "Açores: que autonomia para o século XXI?", "A autonomia universitária e os desafios dos anos 90 para os Açores", "Universidade insular", "Universidade e desenvolvimento regional e Universidade dos Açores - obra dos açorianos em autonomia".
A obra é completada com Bibliografia e Índice de Nomes.

«Os Açores foram, desde muito cedo, uma preocupação central na vida e pensamento de José Enes. Começou pela literatura, mas depressa passou para um todo cultural, com ênfase nas vertentes social, política e mesmo económica. Depois veio o seu enquadramento no alargado espaço do Portugal Atlântico. Nos seus escritos, elevou a um patamar de excelência a reflexão sobre o arquipélago e o seu lugar. Nela, o passado ilhéu é assumido como base fundamental para se projectar o futuro e descobrir possibilidades transformadoras e de longo alcance.»

Onésimo Teotónio Almeida