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Difel, abril de 2001
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Olhos Azuis Cabelo Preto é um texto nos limites do confessável. O mais irredutivelmente durasiano que Duras publicou. Por isso mesmo o mais notável: simultaneamente misterioso e de uma terrível clareza.
Ao ler-se, pode sempre pensar-se que é um texto demasiado pessoal para dever ser escrito e que coloca o leitor na posição desconfortável de estar a ler um diário secreto que não lhe diz respeito. No fundo, é precisamente o contrário que acontece; não há aqui nada que seja comum passar-se entre duas pessoas, nenhuns sentimentos e nenhumas declarações vulgares de paixão.
Inevitavelmente, um texto sobre Olhos Azuis Cabelo Preto acaba por resultar periférico. Acontece quando se trata de um livro que se ocupa das duas únicas questões de que vale a pena qualquer livro ocupar-se: o amor e a morte, na sua mais desconfortável estranheza. Quase nunca se consegue dizer que o resto não tem importância sem se ser ao mesmo tempo ridiculamente pretensioso.
Duras consegue, sem pompa nem circunstância, fazer-nos perceber que chegar ao último dia não tem nada de tragicamente muito importante. Como ela diz, daqui por mil anos terão passado, dia por dia, mil anos que esse dia existiu. Daqui a séculos, o último dia será um dia datado, apenas isso. Tornar essa única verdade inteligível de uma forma não dolorosa é a primeira versão da existência deste livro, é a diferença central que o torna um livro desesperadamente feliz. É por isso que deve ser lido...
Ao ler-se, pode sempre pensar-se que é um texto demasiado pessoal para dever ser escrito e que coloca o leitor na posição desconfortável de estar a ler um diário secreto que não lhe diz respeito. No fundo, é precisamente o contrário que acontece; não há aqui nada que seja comum passar-se entre duas pessoas, nenhuns sentimentos e nenhumas declarações vulgares de paixão.
Inevitavelmente, um texto sobre Olhos Azuis Cabelo Preto acaba por resultar periférico. Acontece quando se trata de um livro que se ocupa das duas únicas questões de que vale a pena qualquer livro ocupar-se: o amor e a morte, na sua mais desconfortável estranheza. Quase nunca se consegue dizer que o resto não tem importância sem se ser ao mesmo tempo ridiculamente pretensioso.
Duras consegue, sem pompa nem circunstância, fazer-nos perceber que chegar ao último dia não tem nada de tragicamente muito importante. Como ela diz, daqui por mil anos terão passado, dia por dia, mil anos que esse dia existiu. Daqui a séculos, o último dia será um dia datado, apenas isso. Tornar essa única verdade inteligível de uma forma não dolorosa é a primeira versão da existência deste livro, é a diferença central que o torna um livro desesperadamente feliz. É por isso que deve ser lido...
«O amor louco de uma mulher por um homossexual que não lhe toca é uma vivência marginal? Não, diz Marguerite Duras. É o modelo mesmo do impossível de toda a paixão, conhecido por todos os homens e por todas as mulheres. Só conhecemos o normal através do que dele se afasta. Duras expõe-se, novamente, sem nada preservar. Escrever continua a ser, para ela, um salto sem rede.»
Diário de Lisboa
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789722900904 |
Editor: | Difel |
Data de Lançamento: | abril de 2001 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 144 x 225 x 15 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 112 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Literatura Estrangeira |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789722900904 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
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