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O Último Cabalista de Lisboa

de Richard Zimler

Livro eBook
editor: Porto Editora, setembro de 2013
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Em abril de 1506, durante as celebrações da Páscoa, cerca de dois mil cristãos-novos foram mortos num pogrom em Lisboa e os seus corpos queimados no Rossio. Reinava então D. Manuel, o Venturoso, e os frades incitavam o povo à matança, acusando os cristãos-novos de serem a causa da fome e da peste que flagelavam a cidade.

Berequias, sobrinho e discípulo de Abraão Zarco - iluminador e membro respeitado da célebre escola cabalística de Lisboa -, vai encontrar o tio e uma jovem desconhecida mortos na cave que servia de templo secreto desde que a sinagoga fora encerrada pelos cristãos-velhos. Um valioso manuscrito iluminado também desapareceu do seu esconderijo. Estarão os dois incidentes relacionados? Terá sido um cristão ou um judeu, como os indícios fazem crer, a assassinar o tio? Quem será a rapariga morta?

Publicado originalmente em Portugal, O Último Cabalista de Lisboa é um extraordinário romance histórico, que catapultou o seu autor para um sucesso internacional, tendo sido publicado em toda a Europa, nos Estados Unidos e Brasil, onde depressa se tornou um bestseller.

«Richard Zimler tem um fulgor de génio que todos os romancistas ambicionam mas poucos alcançam.»

The Independent

«Zimler usa a literatura para lembrar as terríveis abominações que levam o ser humano a destruir e a humilhar outros seres humanos […] e para apontar um caminho de redenção, de expiação e de ação jubilatória.»

Público

«Richard Zimler é um romancista de uma erudição extraordinária.»

The Literary Review

«Richard Zimler é um escritor emblemático e de indispensável leitura.»

Helena Vasconcelos

«O dom que Zimler possui de pôr a descoberto o horror das injustiças humanas e ainda assim encontrar verdades universais e poesia na existência do dia a dia […] faz dos seus livros uma leitura indispensável.»

The Jerusalem Post

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À conversa com Richard Zimler, o escritor das vidas que transcendem o tempo [Com Vídeo]

Richard Zimler mudou a nossa visão da História de Portugal, devolvendo-lhe uma dimensão muitas vezes esquecida. Com grande parte da sua obra literária dedicada ao judaísmo português, este escritor, que nasceu em Nova Iorque e se mudou para cá há mais de 30 anos, tem um fascínio profundo pelos aspectos menos conhecidos do nosso passado.
Sente que tem uma perspectiva cada vez mais europeia do mundo, e é com ela que continua a escrever obras como A Aldeia das Almas Desaparecidas (com 2 volumes), a mais completa da sua série de romances do «ciclo Sefardita» – são viagens no tempo, que acompanham a família Zarco ao longo de gerações e em diferentes partes do mundo.
Tão observador quanto instrospetivo, Zimler fala abertamente, nesta conversa e nos seus livros, sobre o seu passado, as suas perdas e medos, mas também sobre futuros possíveis. Da publicação de O Último Cabalista de Lisboa, há 28 anos, até ao presente, já publicou 12 romances, uma coletânea de contos e sete livros para crianças. Diz-nos que só consegue escrever sobre aquilo que o fascina, e isso nota-se bem na forma como, continuamente, nos surpreende com narrativas profundas e personagens que «vivem uma vida plena».
«Eu quero ser continuamente surpreendido ao longo do processo de escrita. » Há quem diga que é um escritor com centelha de génio. O que pensa disso?
Acho que é um exagero chamar génio a alguém, porque isso dá a ideia de que escreve com um dom tão natural que não exige qualquer esforço. Não é assim comigo. Trabalho muito, quatro a dez horas por dia, para criar um universo paralelo que é o meu livro. É um processo muito duro que me leva quatro ou mais anos. Faço muitas revisões, continuamente, até me sentir totalmente satisfeito antes de apresentar o manuscrito à Porto Editora.

Quando começa a escrever um novo livro, já tem uma estrutura dorsal do enredo?
Não, começo a escrever sabendo o que vai acontecer no primeiro capítulo e depois não faço a mais pequena ideia. É o primeiro capítulo que determina o segundo, e assim por diante, o que é um problema quando estou a escrever um policial, porque tudo tem que se encaixar muitíssimo bem. Mesmo assim, prefiro trabalhar sem saber o que vai acontecer no fim. Se eu tivesse já uma estratégia para todos os capítulos, por que escreveria? O livro já existiria. Eu quero ser continuamente surpreendido ao longo do processo de escrita. Veja também o vídeo desta entrevista exclusiva do Wookacontece. O Último Cabalista de Lisboa, o romance que lançou a carreira de escritor de Richard Zimler. E os personagens, também os vai descobrindo?
Quando acabo a última versão do livro, conheço muitíssimo melhor o personagem, os seus pais, os seus filhos, vizinhos. Então, tenho que voltar ao início para corrigir os diálogos, por exemplo. Outro facto curioso é que os personagens surgem do nada. Às vezes estou a escrever uma cena e ouço muito claramente a voz de um personagem que eu não tinha previsto – um cozinheiro, um amigo ou vizinho – e tenho de decidir mantê-la ou “matá-la”. Mas adoro a sensação de realização de conseguir um bom romance, porque tudo era uma surpresa. Às vezes sinto que estou a canalizar uma história que já existe algures no Universo, porque todo o processo é um mistério. É como a nossa vida: casamos com alguém, e passados dez anos não estamos satisfeitos e decidimos separar-nos; ou conhecemos outra pessoa numa viagem e ficamos a pensar por quê. A vida é de facto imprevisível, e para mim o romance tem essa mesma característica.

A sua passagem de jornalista a escritor foi uma decisão consciente, mas não sem dificuldades. Como conseguiu ultrapassá-las?
Ah, foi difícil. Quem quer escrever um bom livro ou criar canções maravilhosas vai enfrentar dificuldades. O meu primeiro romance, que me levou um ano de pesquisa e dois de escrita, foi rejeitado por 24 editoras norte-americanas. Todas diziam: «O livro é fantástico, com personagens maravilhosas, situações dramáticas, mas não vai vender».
As editoras americanas pensavam que uma história que decorre em Portugal em 1506, O Último Cabalista de Lisboa, era impossível de vender aos leitores americanos. Tudo isto levou cinco anos da minha vida, eu estava super deprimido e pensava: «Bom, nunca vou ser escritor. Escrevi o melhor livro possível, não é perfeito, mas nenhuma obra de arte é perfeita, e ninguém está interessado». Tive a ideia louca de mostrar o manuscrito a uma editora portuguesa, Maria do Carmo Ferreira, que o leu e adorou, e a minha carreira começou. E começou completamente de pernas para o ar, porque o meu romance de estreia, escrito em inglês, saiu primeiro em Portugal, numa língua que para mim era estrangeira. « Quem quer escrever um bom livro ou criar canções maravilhosas, vai enfrentar dificuldades.» Passaram-se 28 anos desde a primeira edição d’ O Último Cabalista de Lisboa. Disse que não é a mesma pessoa de antes desse livro. Porquê?
Todos nós sofremos uma evolução ao longo da vida, e ainda bem. Quem gostaria de ser a mesma pessoa aos 50 anos que era aos 20? Seria horrível, significaria que a sua personalidade, o seu desenvolvimento pessoal, íntimo e espiritual parou. Tenho 68 anos agora. Quando escrevi O Último Cabalista de Lisboa, tinha quase 40. Sou uma pessoa super diferente. Vivi momentos trágicos e outros maravilhosos, alegrias inesperadas. Como escritor, acho que o que perdi em relação à minha inocência e à minha energia física, ganhei em termos de experiência e qualidade da escrita.

O que despertou em si o interesse pela Inquisição Portuguesa?
A Inquisição é um interesse pessoal. O sofrimento das outras pessoas, a perseguição religiosa, sexual, qualquer situação de discriminação interessa-me imenso. Talvez por ser judeu, primeiro, e sabemos que há muito antissemitismo no mundo. Sou homossexual e isso era um tabu quando cresci. Era impossível alguém sair do armário sem ter consequências graves. Quando o fiz, perdi amigos, empregos e leitores, provavelmente, porque tenho personagens homossexuais nos meus livros. E sou americano. Curiosamente, sofri imensas dificuldades quando vim viver para Portugal nos anos 90, porque ainda havia muitos preconceitos contra os EUA nessa altura. Era um “país imperialista horrível” que dominava o mundo inteiro. Fui insultado várias vezes em público por pessoas que diziam que os EUA não têm cultura nem História nenhuma, são um país miserável, e como podia eu responder? Não sou embaixador americano.
Tenho muito interesse na Inquisição, porque foi um período de ditadura religiosa em que dezenas de milhares de pessoas foram presas e torturadas durante quase 300 anos, simplesmente por terem uma fé diferente. Infelizmente, essas histórias ainda são muito relevantes no nosso mundo, porque, em muitos países, continua a haver perseguição de mulheres, homossexuais e até de crianças. Temos de estudar a nossa História portuguesa para não repetirmos esses erros do passado.

A Aldeia das Almas Desaparecidas, que Zimler considera a sua obra mais completa. Afirmou que, quando veio para Portugal, não havia preconceito contra os judeus, apenas ignorância. Mas o preconceito não vem da ignorância também?
Sim, é verdade. Está de mãos dadas com a discriminação e a perseguição. Quando cheguei a Portugal, lembro-me de um aluno me perguntar: «Mas como é que sabe que é judeu?», ao que eu disse: «Como é que sabe que é católico?». A ignorância era tão profunda que as pessoas não sabiam da História da Inquisição. Pensavam que os judeus portugueses vinham todos de Espanha, mas temos judeus em Portugal desde a época romana, que falavam português e eram portugueses. Então, insisto em dizer que a História judaica portuguesa é a História portuguesa, não é diferente.

Sente que o seu trabalho contribuiu para essa perceção?
Sim, há mais pessoas que já têm essa noção. Mais pessoas visitam o sítio em frente à Igreja de Santo Domingos, onde começou o massacre de Lisboa de 1506, em que 2000 cristãos-novos foram mortos e queimados. Muito mais gente está a visitar a sinagoga em Tomar, ou a judiaria de Castelo de Vide. Através dos meus livros e de outros livros, estão a conhecer o que era a vivência dos judeus em Portugal antes da Inquisição e depois. O reconhecimento da nossa História judaica em Portugal é muito maior hoje em dia, mas ainda temos uma distância a percorrer na nossa missão de informar os leitores e as pessoas. «A História judaica portuguesa é a História portuguesa, não é diferente.» A Aldeia das Almas Desaparecidas, em dois volumes, é a sua obra mais completa sobre esta temática, dentro da série do Ciclo Sefardita, com cinco romances anteriores. Vai continuar a explorar esta temática com novas perspectivas e através da história de mais famílias?
Não sei. A Aldeia das Almas Desaparecidas é o meu livro mais completo. São mais de 1000 páginas, deu-me a oportunidade de seguir o narrador Isaac Zarco até ao fim, não tive que cortar nada, nem tive que apressar-me; é uma história muito emocional. Mas quando acabo um romance, não faço ideia de como vai ser o próximo. Simplesmente, certo dia surge-me uma ideia que não me deixa, fico fascinado, começo a ter insónias ao pensar nas possibilidades para os personagens e as cenas dramáticas…

Consegue imprimir beleza em cada recanto das suas narrativas, nos cenários e nos personagens multifacetados. Procura um equilíbrio entre ódio e amor, ignomínia e humanidade?
Sim, acho que os meus personagens vivem uma vida plena, não são simplesmente vítimas. Não estou interessado em escrever sobre pessoas que são “vítimas profissionais”. Isaac Zarco, Baruch Zarco ou Eric Cohen são pessoas que têm uma vida emocional plena, que vai desde momentos traumáticos e horríveis até paixão, amor e uma vivência de beleza espetacular. E são-no, possivelmente, porque a minha vida é assim. Tenho momentos eufóricos de amor, de paixão, de beleza, de entusiasmo, e também momentos de trauma, que nunca vou ultrapassar. Nunca vou conseguir ultrapassar completamente a morte do meu irmão de SIDA em 1989 – não quero sofrer, mas quero continuar a lembrá-lo e não esqueço a maneira trágica como ele morreu com 35 anos. [Mas] Não quero criar livros deprimentes. Espero que quem leia os meus livros fique com mais energia, mais entusiasmo e garra para mudar a sua vida e tornar o mundo mais belo e com mais compaixão e entendimento. «Os meus personagens vivem uma vida plena, não são simplesmente vítimas. [Têm] desde momentos traumáticos e horríveis até (…) uma vivência de beleza espetacular. » Insubmissos, um livro profundo e de autoficção em que o autor reflete sobre o processo de perda do seu irmão. A certa altura, no livro Insubmissos, o narrador diz que lhe pareceu que o tempo entre a infância e a morte do irmão Harold ficou encurtado. Sente que envelheceu preocemente com o trauma da perda do seu irmão?
Através dessa frase, faço uma análise da nossa perceção da vida. Acho que sim, que envelheci precocemente com o trauma da morte do meu irmão. Não sou a mesma pessoa, há um antes e um depois. Ver alguém com 35 anos, cheia de possibilidades, ficar doente no hospital e depois morrer, transforma uma pessoa. O aspeto positivo disso é que eu valorizo muito mais todos os dias tranquilos e calmos. Qualquer dia em que não tenho que ir ao hospital visitar um amigo ou familiar é um bom dia. Estou grato por todos estes dias bonitos da primavera e do verão, pelo céu azul, por poder ficar em frente ao meu computador a escrever. É uma bênção enorme, porque já conheço o outro lado da vida, muito mais duro.

Meio milénio depois, ao usar nomes e datas de prisão reais, quis homenagear as vítimas da perseguição aos judeus – trazer para o presente um passado (Inquisição) que não se pode esquecer? As pessoas agradecem-lhe por isso?
Sim, curiosamente recebi mensagens de muitos leitores da Beira Alta, de Castelo Rodrigo a dizerem que os seus avós eram de lá e que não sabiam da história associada à região. Acho que A Aldeia das Almas Desaparecidas representa uma possibilidade para os leitores criarem ligações mais fortes com os seus antepassados. Muitas pessoas dizem-me que o livro despertou nelas a necessidade de procurarem mais informações sobre os seus bisavós, o que eu adoro.

O que sentiu quando, em 2019, foi impedido de falar em vídeo, na Igreja de S. Domingos, em Lisboa, sobre o massacre judaico de 1506?
Ainda há pessoas com muito poder político e económico que preferem esquecer ou branquear os crimes contra a Humanidade cometidos não só em Portugal. Infelizmente, essas pessoas controlam organizações, igrejas, ministérios, e temos que lutar contra o branqueamento e esquecimento. Quando o Cardeal-Patriarca de Lisboa recusou deixar-me entrar na Igreja de Santo Domingos em Lisboa e falar do massacre de 1506, fiquei muito desapontado, mas depois senti-me satisfeito, porque isso prova que algumas pessoas com poder têm medo de mim, têm medo de escritores, e têm medo dos bons professores de História que temos em Portugal. E isso é bom, porque vivemos numa democracia, não tenho qualquer receio de falar e vou continuar a escrever sobre os assuntos que me interessam. Se forem inconvenientes para as pessoas com poder, tudo bem comigo. «Só consigo escrever sobre aquilo que me fascina. Não sei como é possível os escritores escreverem conforme a moda.» É libertador escrever só sobre aquilo que o fascina?
Sim, é a única maneira de proceder. Como é que eu posso escrever durante anos em casa, todos os dias em frente ao computador, a sofrer fisicamente nas pernas, nas costas, e criar uma narrativa que não me interessa? É impossível. Eu sei que há pessoas que tentam enquadrar a sua escrita nas modas, e escrevem sobre vampiros ou sobre conspirações no Vaticano. A minha agente francesa disse-me recentemente que as editoras francesas só estão a comprar fantasia feminista. Não tenho nada contra, mas não me interessa o feminismo fantasiado. Não sei como é possível os escritores escreverem conforme a moda.

Um profundo e revelador romance histórico passado entre o Porto e os EUA no início do século XIX. É cidadão português desde 2002 e vive cá há mais de 30 anos. Sente-se mais português do que americano?
Cada vez mais, curiosamente. Estive recentemente em Nova Iorque, onde cresci, e tive consciência de que talvez já não seja o meu país. Nos EUA, a sociedade é muito focada na juventude; as publicidades na televisão são quase todas de medicamentos para a pessoa se tornar mais bela e saudável, e eu penso: «Já não é o meu mundo».
É muito possível que a minha perspectiva seja cada vez mais europeia e portuguesa. Penso em português e em inglês, sinto-me totalmente confortável em Portugal, conheço muitíssimo bem certos períodos da História portuguesa, e ainda tenho um fascínio profundo pelos seus aspectos menos conhecidos. Já escrevi romances sobre os EUA, como Meia-Noite ou o Princípio do Mundo, mas neste momento estou cada vez mais focado em Portugal. Sinto-me completamente português.

Nas suas obras, agradece a Alexandre Quintanilha, a sua leitura prévia. Ele lê todos os seus livros?
Sim, eu digo sempre aos escritores principiantes que é muito útil ter a perspectiva de outra pessoa, mas tem que ser 100% de confiança. É muito fácil destruir a auto-confiança de um escritor dizendo barbaridades, criticando coisas que são perfeitamente aceitáveis. Eu dou os manuscritos ao Alexandre porque tenho completa confiança na inteligência e sensibilidade dele. O que eu lhe peço é para identificar as cenas ou os capítulos que não funcionam. Ouço-o com atenção e faço muitas modificações – posso acreditar num personagem, mas se o leitor não acreditar, é um problema. «É muito útil ter a perspectiva de outra pessoa, mas tem que ser 100% de confiança.» Pode dar-nos uma antevisão do seu próximo romance?
Sim, é um projeto muito diferente para mim. Estou a escrever sobre um futuro longínquo, daqui a alguns milhares de anos, depois de uma destruição quase total do mundo, talvez causada por uma guerra nuclear. O mundo voltou a uma época quase medieval, a tecnologia foi toda destruída. A ação decorre num Portugal muito diferente, em que até a língua evoluiu. É sobre como as pessoas vão conseguir viver e criar um ambiente saudável nesse mundo que foi destruído por uma catástrofe total, recuperando o que lhes for possível.

Por que decidiu abordar esse tema?
Talvez porque estamos a viver esse retrocesso civilizacional e porque, pela primeira vez na minha vida, penso que uma guerra nuclear é de facto possível, com líderes como os da Coreia do Norte e da China, com Trump, se fosse eleito outra vez. A destruição, pelo menos da Europa, da América, e da China, é de facto possível. Então, como será este mundo daqui a mil anos, se isso acontecer? Não sabemos.

O que o faz mais feliz?
Sou pouco exigente, hoje em dia. O meu marido, Alexandre, passou seis semanas no hospital em 2023, foi um período muito difícil para ele, as seis piores semanas da minha vida. Ele chegou a casa muito fragilizado, não sabia se ele ia recuperar. Felizmente, recuperou e está ótimo agora. A minha felicidade, hoje em dia, é estar em casa com ele, a escrever, a preparar um jantar ou a fazer planos para jantar fora com um amigo. Não ter necessidade de viajar, de convencer alguém que os meus livros são bons, de provar alguma coisa. Sou menos ambicioso. Evidentemente, quero ter leitores, quero continuar a escrever, mas mais do que isso, só quero uma vida muito tranquila com o Alexandre. Se conseguir isso, terei uma vida feliz.

O Último Cabalista de Lisboa

de Richard Zimler

Propriedade Descrição
ISBN: 978-972-0-04491-4
Editor: Porto Editora
Data de Lançamento: setembro de 2013
Idioma: Português
Dimensões: 152 x 235 x 23 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 352
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 978972004491420
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
e e e e E

Gostei e recomendo

Arnaldo Gonçalves

Gostei muito do livro de Richard Zimler que tinha ouvido boas referências. Retrata com fidedignidade os horrores da perseguição aos judeus no reinado de D. Manuel I e o ambiente tenso entre a maioria cristã e as minorias. Toca de forma interessante na Cabala e deixa algumas pistas para essa forma de misticismo judaico que ganhou os favores de muita gente fora do judaísmo tradicional. Como estudioso da matéria acho faz algumas simplificações por exemplo acentuando a importância de Abulafia que representa uma via muito particular no misticismo judaico. Pode ser que o livro seduza os editores a publicarem mais sobre a Cabala por autores mais sérios que os habituais comerciantes da auto-ajuda. Contam-se numa mão os livros de Cabala que vale a pena ler em português.

e e e e E

O último cabalista

Sara

Tal como o título, está história reporta-nos para o horror exportado pela Inquisição, demonstrando detalhadamente os horrores vivênciados pelos judeus. Através da escrita do autor, conseguimos situarmo-nos tal e qual um judeu. Uma das últimas frases do livro ("A matança mal começou") alude bastante bem ao desafios que irão ser apresentados à religião judaica, perseguida e morta durante milhares de anos. Adorei e já comprei mais dois livros deste autor.

e e e e e

Cabalistas e cristãos-novos no séc. XVI em Portugal

Mariana Santos

Neste livro fantástico, assistimos ao horror que viveram os judeus em Lisboa, morrendo queimados em fogueiras ou assistindo à morte de amigos e familiares. Simultaneamente, decorre o suspense e o mistério da descoberta do assassino do último cabalista de Lisboa. É um livro impressionante de horror e mistério (s).

e e e e e

Richard Zigler

The Newsletter Downtown

Ele é mesmo profundo, entrando dentro da nossa mente e fazendo-nos imaginar as coisas que a humanidade consegue injustisar. Parabéns ao autor e sem dúvida um dos meus livros favoritos. - The Newsletter Downtown

e e e e E

Envolvente e rigoroso nos detalhes

AnaMaria77

Foi o primeiro livro deste autor que li. Fiquei com bastante vontade de ler outras obras do mesmo autor, pois considerei a história envolvente e com muita atenção ao detalhe. Fiquei também a saber que este livro faz parte da lista de recomendações de leitura no ensino secundário.

e e e e E

Tocante

Paula Farias

Rigoroso nos detalhes. Tocante na análise de época. Enriquecedor.

e e e e e

Excelente livro

João Martins

Adoro o escritor e o homem que está por trás do escritor. Livro envolvente e que espelha de uma forma absolutamente extraordinária aquilo que também é uma das facetas da nossa Humanidade.

e e e e E

Muito bom

deliciasalareira.blogspot.pt

Apesar de o livro já estar na wishlist, comprei-o à pressa quando soube que o autor ia estar pela minha terra e não podia perder a oportunidade de pedir um autógrafo. Logo no dia seguinte a ter encomendado, já o carteiro me batia à porta :) Quanto ao livro, uma história chocante e muito empolgante. Adorei e espero repetir em breve.

e e e e e

Sempre...Zimler…

silvia

Ainda o estou a ler, mas não é fácil deixar de o fazer.... empolgante!! As perseguições religiosas e a tolerância étnica, um livro com conteúdo histórico mas tão atual.

e e e e E

Complemento de cinema

Martingo

Se gostam de filmes com enredo etnico ou mesmo com perseguições religiosas aconselho a ler este livro,pois,tem tudo que nos prende á leitura. Pena que nenhum argumentista de Hollywood não o transforme em um filme,seria sem duvida um exito. Imoerdivel

e e e e E

O último cabalista de Lisboa

Carla Fernandes

Muito bom! Recomendo. É de notar a forma fantástica como é descrita esta obra, pelas palavras de Zimler.

e e e e e

Comentário à obra -O ultimo cabalista de Lisboa

Ana Rute Raposo

Adorei o livro, Richard Zimler escreve com alma, objectividade e clareza. Pegou numa situação verídica da história para dela fazer um enredo empolgante, com enredo, vida e movimento. Foi muito complicado largar o livro pois as páginas sucedem-se umas às outras e o leitor vai querendo saber sempre mais um pouco,

e e e e E

Bom

Teresa Pereira

Creio que o ponto forte do livro é o seu início em que há a narração do ataque aos judeus baseada em documentação da época. Com descrições bastante cruas ao ponto de nos conseguir levar para dentro da história e quase presenciar todas as cenas descritas pelo personagem principal. Impressionou-me bastante! Um livro carregado de simbolismo judaico, tal como o autor adverte no início, cuja narrativa se vai desprendendo aos poucos dos fatos históricos que ocorreram em Lisboa na época e avançando para a ficção terminando no desfecho do livro.

e e e e E

Gostei

António Francisco Baixinho

Muito bom livro que retrata as perseguições religiosas em quinhentos. Um senão é o caso de homossexualidade de um muçulmano, coisa ainda hoje muito pouco tolerável em semelhante religião.

e e e E E

Ler para conhecer...

Luís Guia

Talvez o livro indicado para conhecer o autor... e fala da nossa Lisboa.

e e e e e

O último cabalista de Lisboa- muito bom

Maria Benedita Raínho

Estou a ler o livro e não é fácil largá-lo para ir fazer o jantar! descrições realistas, narrativa fluente, imagens fortes. A ler,sem dúvida.

Richard Zimler

Richard Zimler nasceu em 1956 em Roslyn Heights, um subúrbio de Nova Iorque. Fez um bacharelato em Religião Comparada na Duke University e um mestrado em Jornalismo na Stanford University. Trabalhou como jornalista durante oito anos, principalmente na região de São Francisco. Em 1990 foi viver para o Porto, onde lecionou Jornalismo, primeiro na Escola Superior de Jornalismo e depois na Universidade do Porto. Tem atualmente dupla nacionalidade, americana e portuguesa. Desde 1996, publicou doze romances, uma coletânea de contos e oito livros para crianças.
A sua obra encontra-se traduzida para 23 línguas.
Para mais informações sobre o autor, visite o site www.zimler.com

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